Neste sábado (29), a Canarinho Arco-Íris, coletivo que reúne 16 torcidas organizadas pelo Brasil, lança o Observatório Nacional da LGBTfobia no Futebol. Inspirada no Observatório Racial, a plataforma vai reunir denúncias de torcedores LGBTs e depois enviá-las para os órgãos jurídicos responsáveis nos locais de ocorrência.

O projeto quer levantar dados sobre o tema e levá-lo para o debate no futebol. Não coincidentemente, o projeto será lançado em um seminário online durante o Dia da Visibilidade Lésbica. A transmissão terá as participações do ator Eduardo Semerjian,  Marcelo Carvalho (Observatório da Discriminação Racial), a advogada desportiva Sher Brito, o pré-candidato a vereador de São Paulo Wiliam de Lucca, e representantes do Internacional e do Bahia.

“Como representante deste coletivo, sinto orgulho em dizer que neste dia tão importante para mulheres lésbicas, assim como eu sou, tenho a satisfação em dizer que lançaremos o Observatório da LGBTfobia, com o intuito principal de monitorar a LGBTfobia dentro dos estádios do futebol de maneira nacional, para que possamos tornar o futebol menos hostil para nós que fazemos parte da comunidade LGBTQIA+”, disse June Ellen, da Coral Pride, torcida do Santa Cruz.

“O objetivo é levantar números dessa violência no futebol e trazer o tema pra discussão”, afirmou Yuri Senna, do Marias de Minas.

A Canarinho Arco-Íris é um coletivo de torcedores LGBTQIA+ de futebol, formada pelas torcidas Marias de Minas (Cruzeiro), LGBTricolor (Bahia), Fiel LGBT (Corinthians), Coral Pride (Santa Cruz), Papão Livre (Paysandu), Vozão Pride (Ceará), Sport LGBTQ (Sport), Vasco LGBTQ+ (Vasco), Palmeiras Livre (Palmeiras), Orgulho Rubro Negro (Vitória), Paraná LGBTQ (Paraná), Furacão LGBTQ+ (Athletico Paranaense), Coxa LGBTQ+ (Coritiba), Frasqueira LGBT (ABC).

O evento de lançamento do Observatório da LGBTfobia acontece neste sábado, às 15h (horário de Brasília) em um evento online pelo Zoom com a participação das torcidas e convidados.

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