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Carnaval 2025: Roteiro LGBTQIA+ de festas e blocos em São Paulo

Guia de blocos e festas LGBTQIA+ para curtir o carnaval 2025 em São Paulo

Guia de blocos e festas LGBTQIA+ para curtir o carnaval 2025 em São Paulo

Do emo ao sertanejo, da eletrônica à MPB, o Carnaval de 2025 chega em São Paulo com a mesma pluralidade de estilos e opções pela qual a cidade é conhecida em todos os seus aspectos. Paulista honorário e figura fixa nos melhores rolês da capital, o Pedro Castilho indica abaixo as melhores dicas pra quem não quer ficar de fora da melhor folia na locomativa do Brasil.

Sexta-feira – 28/02

São 400 mulheres musicistas que abrem o carnaval de São Paulo com uma saudação à ancestralidade e um pedido de benção e proteção aos Orixás. É pra entrar no feriado com o axé lá em cima.  

Bloco Ilú Obá De Min (Foto: Fernando Eduardo/Facebook)
Bloco Ilú Obá De Min (Foto: Fernando Eduardo/Facebook)

Sábado – 01/03

Quem quiser encontrar a galera paulista da Híbrida só precisa ficar atente ao Manada, um bloco de bandinha/fanfarra tocando os maiores clássicos dos anos 90. Também já é um bloco que se aperta na estreitas ruas da Barra Funda, então chegue cedo.

Um dos mais tradicionais no carnaval de rua de São Paulo, o Tarado Ni Você homenageia Caetano Veloso, arrastando uma multidão pelo coração da cidade cantando clássicos como “Tieta” e “Chiquita Bacana”. Este ano o bloco homenageia os 50 anos dos álbuns Tudo Jóia e Qualquer Coisa.

Bloco Tarado Ni Você (Foto: Paulo Peixoto/Facebook)
Bloco Tarado Ni Você (Foto: Paulo Peixoto/Facebook)

Ao som de muita MPB, axé e brasilidades, o rebuceteio é sinônimo de caos organizado e muita folia no bloco delas.

Aqui é o bloco para quem quer ouvir “Abracadabra” on repeat, non stop e com refrão acompanhado ao som de muitos leques. Um dos maiores blocos de música pop da cidade, o Minhoqueens com certeza vai puxar uma multidão disposta a bater cabelo e fazer coreografia pelas ruas da cidade.

O bloco que fez história quando tocou Ariana Grande e motivou uma gay a subir no teto de um ônibus é sempre um programa que arrasta muita gente em suas festas e cortejos. Este ano não será diferente. 

Aqui a fantasia é lycra, polayna e maiô. Puxando todo mundo para uma malhação ao ritmo da dance music dos anos 2000 e clássicos do funk, o Bunytos é onde parte da nossa comunidade celebra o fim do primeiro dia de Carnaval.

Bloco Minhoqueens (Foto: Facebook)

Domingo – 02/03

Aqui é para quem curte algo mais tranquilo, mas com muito samba. O bloco que também tem sua versão infantil, procure saber. Percorre as ladeiras de Perdizes.

Bloco para quem gosta dos clássicos do pagode, samba e axé, mostra que muita gente vai, sim, no domingo, animando uma multidão pelo centro de São Paulo no segundo dia de farra. 

Domingo Ela Não Vai (Foto: Facebook)

Esse aqui traz o brilho e o drama de rainha Maria Bethânia para o nosso domingo de carnaval. O bloco sai na sequência do Domingo Ela Não Vai e já ajuda os mais preguiçosos a concentrar essa primeira fase do domingo ali pela Praça da República.

Esse é para quem gosta de marchinhas e da região dos Pinheiros. Um dos blocos de banda mais tradicionais da cidade, sempre está bem cheio. 

Não é bloco, é festa, mas vale a atenção principalmente de quem gosta de música eletrônica. A festa que terá mais de 12h de duração acontece na Praça das Artes, um dos prédios mais interessantes do centro de São Paulo. O lineup traz nomes da cena nacional de House e Funk e alguns convidados gringos que vêm cair na folia. 

Ingressos: a partir de R$ 130 (aqui).

Bloco Bastardo (Foto: Leandro Moraes/Facebook)

Segunda-feira – 03/03

O bloco onde sempre cabe mais um, mas que quase não está cabendo mais na Santa Cecília. A charanga sai bem cedo de frente a um dos mais tradicionais restaurantes do bairro. Esse é pra quem conseguir acordar com o galo cantando – ou consegue sair virado.

Dando sequência às homenagens aos deuses da MPB, segunda-feira é dia de homenagear Gilberto Gil! O bloco já é tradicional na programação paulista e uma boa chance de esquenta para a turnê de despedida do artista.  

Bloco Filhos de Gil (Foto: Flor de Azeviche/Facebook)

Mais um bloco que regata os clássicos dos anos 90, feito para quem já viveu muito, mas ainda acha que consegue vencer a dor na lombar logo no terceiro dia de carnaval (com esforço, consegue sim, basta acreditar!).

Talvez a maior que temos, nossa mãezinha Pabllo Vittar vai passar com seu Batidão Tropical pelo circuito do Ibirapuera, com as participações mais que especiais das Irmãs de Pau e de Sevdaliza, com quem divide a canetada do hit “Alibi”. Muito leke, muita jogação, muito brega e funk.

Será mesmo? Bem, esse é aquele bloco para a galera que curte brasilidades em bairros mais afastados do Centro, com uma banda impecável fazendo homenagem a Belchior

Bloco da Pabllo (Foto: X/Reprodução)

Terça-feira – 04/03

Bloco comandado por essa figura icônica que correu para que a nossa comunidade pudesse andar. Com muito bate cabelo, já é tradição a nossa Tchaka puxando foliões das antigas e das novas gerações.

Bloco de inclusão, empoderamento e entretenimento LGBTQIA+ fundado em 2014, é reconhecido pela militância, liderança ativista e engajamento em campanhas de inclusão e combate à LGBTfobia, aliando diversão, alegria e cores vibrantes à animação do Carnaval.

Bloco da Tchaka sai na terça-feira de Carnaval (Foto: Divulgação)

Mais um bloco para bater cabelo e cantar clássicos do pop mundial. Pra quem tiver no Bloco da Tchaka, é só emendar o circuito do centro a Santa Cecília. 

Mais um bloco comandado por quem veio antes e fez história. Comandado pela icônica drag queen Salete Campari, esse aqui também sempre arrasta multidões pelas ruas da cidade com sua energia contagiante e irreverência, assim como a dona.

Um dos maiores blocos que passa pelos bairros de Campos Elíseos e Barra Funda, com marchinhas que já fazem parte da história dos moradores. Aqui o dress code é bunda de fora com muito roxo e amarelo.

Bloco Salete Campari sai na terça-feira de Carnaval (Foto: Divulgação)

Sábado pós-Carnaval – 08/03

Organizado pelo pessoal do coletivo Os Satyros, o bloco mistura música e arte com animação para os foliões que não querem deixar o carnaval morrer. Um motivo a mais para comparecer é que a homenageada deste ano é o ícone Nany People

A Batekoo é um dos maiores movimentos culturais de empoderamento da comunidade negra e queer. Ao som de muito funk, eles levam uma multidão para dançar e rebolar muito no centro. 

Bloco Batekoo (Foto: Lucas Hirai/Batekoo)

Um bloco tradicional, liderado e puxado por mulheres lésbicas e bissexuais cantando os melhores hits da MPB e Axés. 

Um dos blocos precursores a trazer a música pop para o carnaval de São Paulo, já está há alguns anos com o desfila carvado no calendário do pós-carnaval paulista . 

Esse bloco, que faz referência a um dos tantos rios sufocados pelo crescimento de São Paulo, mistura militância ambiental e folia na medida certa. Inclusive, eu acho que é um dos blocos mais gostosos do pós-carnaval.

Bloco Siga Bem Caminhoneira [Foto: X/Reprodução]

Domingo pós-Carnaval – 09/03

Se você ainda não está com intoxicação alimentar, não foi parar na UPA, não teve seu celular furtado, não fraturou nenhum membro e ainda tem um pouco de brilho na pochete, esse é o único evento que importa no domingo. Prestigiar essa rainha que luta tanto pela gente e pela cultura é tarefa essencialdo folião LGBTQIA+, e nem exige muito esforço, já que o cortejo é repleto de hits e com o axé lá em cima.

Pipoca da Rainha com Daniela Mercury acontece no domingo pós-Carnaval (Foto: Divulgação)

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