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15 filmes LGBTQIA+ imperdíveis no Festival do Rio 2023

"Cassandro", "All of Us Strangers" e "Meu Nome é Gal" são alguns dos destaques do Festival do Rio [Foto: Reprodução]

O tradicional Festival do Rio retorna a partir do próximo dia 5 para a sua 24ª edição, ocupando as salas de cinema da capital fluminense até 15 de outubro. A programação deste ano traz novamente alguns dos principais filmes nacionais e internacionais que foram premiados mundo afora ou começam agora seus ciclos de exibição. Além de aguardadas estreias do cinema brasileiro, há também a seleção especial de longas e curtas-metragens LGBTQIA+ que concorrem ao Prêmio Félix.

Abaixo, selecionamos 15 títulos LGBTQIA+ imperdíveis que serão exibidos no Festival do Rio 2023 e vão de dramas sobre transição de gênero, biografias documentais ou ficcionais, romances calientes e até um samurai queer. Confira abaixo.

20.000 ESPÉCIES DE ABELHAS (Espanha)

Estreia da diretora Estibaliz Urresola Solaguren, o espanhol 20.000 Espécies de Abelhas traz à cena a discussão sobre crianças trans com sensibilidade e emoção, ressaltando questões pertinentes sobre identidade de gênero. Sofia Otero, a atriz que vive a protagonista Lucía, recebeu o Urso de Prata de Melhor Performance na Berlinale deste ano.

"20.000 Espécies de Abelhas", de Estibaliz Urresola Solaguren [Foto: Divulgação]
“20.000 Espécies de Abelhas”, de Estibaliz Urresola Solaguren [Foto: Divulgação]

ALL OF US STRANGERS (Reino Unido)

Inspirado num romance de Taichi Yamada, All of Us Strangers, de Andrew Haigh, já ganhou o público antes mesmo de sua estreia, por trazer Andrew Scott (o padre de Fleabag) e Paul Mescal (o pai de Aftersun) como o casal principal em cenas que prometem chocar a geração Z. Na trama, Adam (Scott) é um escritor que tem a vida abalada após encontrar seu misterioso vizinho (Mescal). À medida que se aproximam, Adam é levado de volta à sua casa de infância, onde descobre que os pais falecidos estão vivos e com a mesma aparência de 30 anos atrás. Claire Foy e Jamie Bell também integram o elenco.

“All of Us Strangers”, de Andrew Haigh [Foto: Divulgação]

ASSEXYBILIDADE (Brasil)

Em AssexybilidadeDaniel Gonçalves (de Meu nome é Daniel) explora um assunto ainda pouco debatido no audiovisual, procurando desmistificar tabus e pré-conceitos: as histórias e vivências sobre sexualidade de pessoas com deficiência. O documentário estreia como parte da programação do Panorama Brasil e concorre ao Prêmio Félix.

“Assexybilidade”, de Daniel Gonçalves [Foto: Divulgação]

CASSANDRO (México / EUA)

Cinebiografia sobre o lutador gay de luta livre (ou “lutador exótico”) Saúl Armendáriz, considerado um ícone mexicano, Cassandro é o primeiro filme não-documental de Roger Ross Williams e traz Gael García Bernal no papel principal. Lá fora, o ator foi elogiado por sua performance, que de acordo com os críticos já figura entre as melhores de sua carreira. Quem não estiver pelo Rio de Janeiro, já pode conferir o filme no catálogo do Prime Video.

“Cassandro”, de Roger Ross Williams [Foto: Divulgação]

KOKOMO CITY: A NOITE TRANS DE NOVA YORK (EUA)

Neste documentário, D. Smith reuniu as histórias de quatro mulheres trans e negras (Koko Da Doll, Daniella Carter, Liyah Mitchell e Dominique Silver) que trabalham como profissionais do sexo nas noites de Nova York e Georgia, nos Estados Unidos. O filme foi elogiado pela maneira como explora a vida de suas protagonistas, sem perder o otimismo mesmo em frente aos dados alarmantes sobre a realidade da violência contra pessoas transgênero.

“Kokomo City: A Noite Trans de Nova York”, de D. Smith [Foto: Divulgação]

KUBI (Japão)

Inspirado no o Incidente de Honnou-ji, o filme samurai queer (é isso mesmo que você leu) de Takeshi Kitano, um dos nomes mais memoráveis do cinema japonês, estreou este ano no Festival de Cannes, mais de 30 anos após o início de sua concepção. O longa foi comparado aos filmes sobre a organização criminosa Yakuza e até mesmo à série da HBO Succession.

“Kubi”, de Takeshi Kitano [Foto: Divulgação]

LEVANTE (Brasil)

Premiado em Cannes pela Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci), o nacional Levante, de Lillah Halla, conta o dilema de Sofia, uma jovem jogadora de vôlei que engravida e decide fazer um aborto fora do país. Ayomi Domenica Dias, Loro Bardot, Onna Silva e Lorre Motta são alguns dos nomes no elenco.

“Levante”, de Lillah Halla [Foto: Divulgação]

MAY DECEMBER (EUA)

May December traz a história de Gracie Atherton-Yoo (interpretada por Julianne Moore), duas décadas após ter se envolvido com o marido 23 anos mais jovem que ela. O relacionamento, que à época ganhou os tablóides, será relembrado em um filme biográfico estrelado pela atriz Elizabeth Berry (Natalie Portman), que viaja até a terra natal do casal para investigar sua vida privada. O longa estreou em Cannes e foi descrito como uma versão mais sombria de Carol, último filme de Todd Haynes, lançado em 2015.

“May December”, de Todd Haynes [Foto: Divulgação]

MEU NOME É GAL (Brasil)

A trajetória de uma das mais importantes vozes da música brasileira ganha as telonas em Meu Nome é Gal. Da infância, como Maria da Graça Costa Penna Burgos, passando pelo início da Tropicália até a truculência do período ditatorial, a cinebiografia estrelada por Sophie Charlotte é uma homenagem das diretoras Dandara Ferreira e Lô Politi a Gal Costa, quase um ano após sua partida. Camila Márdila, Fábio Assunção e George Sauma também fazem parte do elenco.

“Meu Nome é Gal”, de Dandara Ferreira e Lô Politi [Foto: Divulgação]

MONEYBOYS (China)

Na trama de Moneyboys, Liang Fei (Kai Ko) é um jovem que trabalha ilegalmente como lutador para manter sua família. No entanto, embora perceba que seu dinheiro é bem aceito pelos parentes, sua orientação sexual e estilo de vida não têm a mesma receptividade. A direção de C.B. Yi foi elogiada lá fora e comparada aos trabalhos de Hou Hsiao-hsien e Michael Haneke.

“Moneyboys”, de C.B. Yi [Foto: Divulgação]

MUTT (Chile)

Primeiro filme do diretor Vuk Lungulov-Klotz, Mutt estreou este ano no Festival de Sundance e fez história ao ganhar o Prêmio Especial do Júri para Lío Mehiel, primeiro ator trans a vencer a categoria. Na história, Feña (Mehiel) reencontra seu pai, seu ex-namorado e sua irmã após ter perdido contato com eles quando iniciou seu processo de transição.

“Mutt”, de Vuk Lungulov-Klotz [Foto: Divulgação]

ORLANDO, MINHA BIOGRAFIA POLÍTICA (França)

Em 1928, Virginia Woolf escreveu Orlando, o primeiro romance em que o personagem principal muda de identidade de gênero no meio da história. Um século depois, o escritor e ativista Paul B. Preciado decide enviar uma carta filmada a ela, explorando como a narrativa saiu da sua ficção e agora vive uma realidade que nem mesmo Wolf poderia imaginar. Orlando, Minha Biografia Política conta com um elenco de 25 pessoas diferentes, trans e não binárias, e venceu o Prêmio Teddy de Melhor Documentário na Berlinale deste ano.

“Orlando, Minha Biografia Política”, de Paul B. Preciado [Foto: Divulgação]

PEDÁGIO (Brasil) 

Neste longa de Carolina Markowicz, Suellen é uma cobradora de pedágio que percebe que pode usar seu trabalho para ganhar uma renda extra ilegalmente. A intenção?! Financiar a ida de seu filho a uma cura gay ministrada por um famoso pastor evangélico estrangeiro. Estreia na Première Brasil.

“Pedágio”, de Carolina Markowicz [Foto: Divulgação]

SEM CORAÇÃO (Brasil)

Verão de 1996, litoral de Alagoas. Tamara (Maya de Vicq) está aproveitando suas últimas semanas na vila pesqueira onde mora antes de partir para Brasília. Ao ouvir falar de uma adolescente apelidada de “Sem Coração” por causa de uma cicatriz que tem no peito, ela começa a sentir uma atração crescente pela menina misteriosa. Maeve Jinkings, Kaique Brito, Erom Cordeiro e Alaylson Emanuel integram o elenco do longa dirigido por Nara Normande e Tião.

“Sem Coração”, de Nara Normande e Tião [Foto: Divulgação]

TODA NOITE ESTAREI LÁ (Brasil)

Suellen Vasconcelos e Tati Franklin debatem transfobia e religião no documentário Toda Noite Estarei Lá, que acompanha a rotina e luta da cabelereira trans Mel Rosário, impedida de frequentar a igreja evangélica Assembleia de Deus. O filme é um dos concorrentes ao Prêmio Félix.

“Toda Noite Estarei Lá”, de Suellen Vasconcelos e Tati Franklin [Foto: Divulgação]

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