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As maiores estrelas LGBTQ+ da Copa do Mundo Feminina

As maiores estrelas LGBTQ+ da Copa do Mundo Feminina de 2023

A Copa do Mundo Feminina começa nesta quinta-feira (20) e vai reunir as maiores estrelas do esporte em uma das edições mais disputadas da história. Pela primeira vez, o palco da principal competição do futebol será a Oceania, com sede dupla na Austrália e na Nova Zelândia. Do total de jogadoras, pelo menos 94 das que vão participar do torneio são abertamente LGBTQIA+.

O número acima representa cerca de 13% das atletas que estarão na Copa do Mundo Feminina, de acordo com um levantamento feito pelo site Outsports. São números impressionantes em comparação a qualquer outra competição esportiva de alto rendimento.

A Austrália é o país com mais jogadoras publicamente LGBTQIA+ com um total de dez atletas, seguido por Brasil (9), Irlanda (9) e Suécia (8). No total, 22 dos 32 países têm alguma atleta da comunidade no elenco.

Entre tantas, a Híbrida escolheu 5 craques que vão participar da Copa do Mundo Feminina e terão a chance de brilhar com suas seleções para levantar a taça: Sam Kerr, Alexia Putellas, Lucy Bronze, Megan Rapinoe e a brasileira Marta.

Aos 29 anos, a atacante é considerada a chave mestra da Austrália para tentar conquistar a Copa do Mundo em casa. Atualmente no Chelsea, Kerr se tornou a primeira mulher a ser capa do game FIFA, na edição 23.

Dentro de campo, Sam Kerr é uma artilheira nata. É simplesmente a maior goleadora da história da seleção australiana, seja masculina ou feminina, com mais de 50 gols marcados com as Matildas, como é conhecida a equipe das mulheres.


Em agosto de 2021, Kerr revelou publicamente sua sexualidade ao postar uma foto com a também jogadora Kristie Mewis, com quem mantém um relacionamento até hoje.

Não existe ninguém na atualidade que jogue mais bola que Alexia Putellas. A espanhola de 29 anos já conquistou duas vezes a Bola de Ouro e o prêmio FIFA The Best de Melhor Jogadora do Mundo, ambas por suas atuações com a camisa do Barcelona nos últimos anos.

Mas é com a Espanha que Alexia vem ao Mundial para conquistar seu primeiro título oficial com a seleção profissional, depois de ficar de fora da Eurocopa de 2022 devido a uma grave lesão no joelho direito.

A meia-atacante esteve nas Copas de 2014 e de 2019, mas parou nas quartas de final nas duas ocasiões. Mas agora Alexia vive seu auge no esporte, e por isso é a peça principal da seleção espanhola no torneio.


Por ser a melhor do mundo atualmente, Alexia Putellas se tornou também uma das jogadoras mais bem pagas do futebol e rosto de grandes marcas como Nike e Visa. Apesar de nunca ter revelado abertamente sua sexualidade, Alexia já foi vista várias vezes na companhia de Olga Ríos, uma conhecida representante de famosos e influenciadoras digitais na Espanha.

Aos 31 anos, Lucy Bronze é a jogadora inglesa com mais vitórias na atualidade, considerando homens e mulheres. Venceu quatro vezes a Champions League com Lyon e Barcelona, além dos títulos com a Inglaterra: a Eurocopa 2022 e a Finalíssima 2023, a última conquistada em cima do Brasil. Atualmente no Barcelona, foi jogando pelo Lyon que ela levou o prêmio The Best de Melhor Jogadora do Mundo, em 2020.

Apesar de já ter ganho todos os títulos possíveis como jogadora, ainda falta o mais importante: a Copa do Mundo. Em 2015 e 2019, a Inglaterra surpreendeu ao chegar nas semifinais. Agora, as Lionesses vêm de um ciclo forte e são uma das favoritas na competição.


Lucy evita falar sobre a vida pessoal, mas os tabloides ingleses reportam há algum tempo o relacionamento da lateral-direita com a companheira de seleção Keira Walsh. Além disso, ela é uma referência na comunidade e criticou duramente a repercussão negativa nas redes sociais quando o ex-jogador espanhol Iker Casillas fez uma “piada” em que se declarava gay sem realmente o ser. Na época, ela disse: “Acho que isso mostra que ainda falta muita educação e muita conversa para tornar o mundo e as mídias sociais lugares melhores e mais confortáveis quando essas declarações forem reais”.

É impossível fazer uma lista de maiores jogadoras LGBTQIA+ sem citar Megan Rapinoe. Aos 38 anos, a americana anunciou que vai se aposentar ao final da temporada e, independente do resultado nesta Copa, Rapinoe já fez história com os EUA: são dois títulos Mundiais e uma medalha de ouro nas Olimpíadas.

Por sua atuação na conquista de 2019, Rapinoe foi eleita a Melhor do Mundo pela FIFA, e ainda se tornou uma das mais importantes ativistas pelos direitos LGBTQIA+, recusando o tradicional convite à Casa Branca em protesto ao então presidente Donald Trump.


Em 2020, Rapinoe ficou noiva da ex-jogadora de basquete Sue Bird. Juntas, elas lançaram no final de 2022 uma produtora de conteúdo, a Touch More, que promove a diversidade focando em narrativas de minorias. Em abril deste ano, elas também assinaram uma carta junto com outros atletas olímpicos e paralímpicos contra a proposta de lei do Partido Republicano de banir atletas mulheres trans de competirem em ligas esportivas escolares.

A maior jogadora de todos os tempos terá sua última chance de conquistar uma Copa do Mundo na Austrália e na Nova Zelândia. Chegando para sua 6ª participação em Mundiais, Marta já é uma lenda do esporte com grandes feitos: única mulher a conquistar seis vezes o prêmio de Melhor do Mundo, também a maior artilheira em Copas, entre homens e mulheres, com 17 gols marcados entre as edições de 2003, 2007, 2011, 2015 e 2019.

Durante quase um ano, a Rainha do Futebol ficou afastada da Seleção Brasileira por causa de uma cirurgia para tratar uma lesão no joelho esquerdo. Em virtude disso, não vai ser surpreendente ver que ela não figura no time titular nos treinos, talvez nem mesmo nos primeiros jogos. No entanto, a presença de Marta continua sendo essencial na equipe comandada por Pia Sundhage, principalmente para a geração que está chegando em busca da primeira estrela do Brasil no futebol feminino.

Bastante discreta em relação à vida pessoal, Marta namora a jogadora americana Carrie Lawrence. O relacionamento com a companheira do time Orlando Pride foi revelado em junho do ano passado.


É importante ressaltar que o legado de Marta é maior do que qualquer título que possa vir ou não na Oceania. A alagoana de 38 anos mudou a história do esporte no Brasil, brigou por mais investimento, e continuará sendo uma voz incontestável na luta pelos direitos de todas as mulheres.

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