A população LGBTI+ de Sydney, na Austrália, teve um gostinho de normalidade no último sábado (6), com a 43ª edição do Mardi Gras de Gays e Lésbicas, um festival fora de época, similar ao carnaval brasileiro e que celebra a comunidade com desfiles, festas, shows e marchas políticas. Sob o tema Rise (“levante”), o evento reuniu 36 mil pessoas no Sydney Cricket Ground, em uma edição que foi considerada histórica.
Mesmo com o país há mais de 70 dias sem nenhuma morte pelo coronavírus, o festival sofreu adaptações por causa da pandemia. Ao invés do tradicional desfile pelas ruas de Sydney, o público se reuniu no estádio para a atração principal da noite: Rita Ora. Uma marcha menor com 5 mil pessoas pelo trajeto tradicional na cidade, com placas que pediam pelos direitos de transexuais e profissionais do sexo.
Ao todo, 120 carros alegóricos desfilaram durante o festival, que foi transmitido em rede nacional. Mais de 30 pontos espalhados pela Austrália firmaram parcerias oficiais com o Mardi Gras, organizando festas temáticas para exibir o evento.
“O Mardi Gras continua sendo uma celebração de quem somos e o que conquistamos, assim como um momento para advogarmos pela mudança que precisamos ver no futuro”, disse Albert Kruger, CEO do evento. “Em meio às fantasias coloridas e à música pulsante, o espírito de protesto esteve forte como sempre. Porque, apesar de Austrália ter dado passos largos desde 1978, ainda não atingimos a igualdade.”
Além do show de Rita Ora, dos desfiles e dos protestos, o evento também serviu como palco para apresentar as 10 drag queens que farão parte da 1ª edição do RuPaul’s Drag Race Down Under, versão australiana do reality show. Conheça o elenco aqui.
E confira na galeria abaixo como foi o Sydney Gay and Lesbian Mardi Gras Parade: