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Criticada por censura, Don’t Say Gay é aprovada na Flórida

O governador da Flórida, Ron DeSantis, aprovou a lei "Don't Say Gay" nesta segunda-feira (28) [Foto: Douglas R. Clifford/Tampa Bay Times/AP]

O governador da Flórida, Ron DeSantis, aprovou a lei "Don't Say Gay" nesta segunda-feira (28) [Foto: Douglas R. Clifford/Tampa Bay Times/AP]

O PL “Parental Rights in Education Bill” [Projeto de Lei Pelos Direitos dos Pais Sobre a Educação], popularizado como “Don’t Say Gay [“Nâo Diga Gay”], foi oficialmente aprovado pelo governador da Flórida, o republicano Ron DeSantis, na última segunda-feira (28). Agora lei, o projeto se assemelha ao brasileiro “Escola Sem Partido” e sua cruzada contra o que consideram “ideologia de gênero, visando proibir qualquer discussão relacionada ou sequer a menção a orientação sexual e/ou identidades de gênero nas escolas de ensino fundamental do Estado.

“Eu acho que os últimos anos realmente mostraram aos pais que eles têm sido amplamente ignorados em nosso País quando se trata da educação de seus filhos. Temos visto materiais de sala de aula abordando sexualidade e ideologia de gênero woke [como os conservadores costumam se referir a pautas progressistas de maneira pejorativa]. Temos visto bibliotecas que contém materiais pornográficos evidentemente inapropriados para crianças jovens”, alegou DeSantis durante a sessão.

A sanção aconteceu um dia após o Oscar, onde Jessica Chastain, ao ser entrevistada no tapete vermelho e as apresentadoras Amy Schummer, Regina Hall e Wanda Sykes, durante o monólogo de abertura da cerimônia, criticaram o então projeto de lei. O atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também já expressou descontentamento com o conteúdo da “Don’t Say Gay”, chamando-o de “odioso”.

Apesar da retaliação pública em Hollywood e na Casa Branca, autores ligados ao PL receberam doações milionárias da Walt Disney Company, de acordo com informações publicadas pelo site Popular Information. A notícia não foi negada por Bob Chapek, atual CEO da empresa, e diversos funcionários e até mesmo executivos se manifestaram publicamente, demonstrando problemas mais profundos quanto a questão de representatividade no histórico da companhia.

Em declaração feita após a homologação da lei, a Disney alegou que irá se comprometer em apoiar “organizações nacionais e estaduais que estão trabalhando” para revogar a Don’t Say Gay. “Nós estamos dedicados a apoiar os direitos e a segurança dos integrantes LGBTI+ da família Disney, assim como a comunidade LGBTI+ da Flórida e do restante do País”, afirmaram.

A lei deverá entrar em vigor a partir de 1º de Julho deste ano.

 

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