O Paquistão teve a primeira Parada do Orguho Trans em toda a sua história, quando ativistas LGBTs tomaram as ruas de Lahore, capital da província do Panjabe. O motivo foi celebrar o reconhecimento que a comunidade adquiriu ao longo de 2018 pelo governo paquistanês e, paralelamente, exigir que o Transgender Persons (Protection of Rights) Act (‘Ato de Proteção dos Direitos das Pessoas Trans’, em tradução livre) fosse implementado.
Em maio de 2018, a lei foi aprovada pelo Parlamento do Paquistão, permitindo que pessoas transgêneras se autoidentificassem como dos gêneros masculino, feminino ou não-binário, e tivessem esse registro em documentos oficiais como RGs e passaportes. Ela também proíbe qualquer discriminação em espaços públicos, como escolas, hospitais e meios de transporte. Entretanto, ativistas agora têm lutado para que as diretrizes sejam implementadas, uma vez que a população T continua sendo alvo de preconceito no país.
A visibilidade e representatividade trans tem aumentado consideravelmente no Paquistão ao longo dos últimos anos. Em maio, Marvia Malik se tornou a primeira âncora de notícias abertamente transexual a apresentar um jornal no país. Já em julho, um total de 13 candidatas trans concorreram a uma vaga no Parlamento do Paquistão, algo inédito nas eleições paquistanesas.
Apesar dos avanços, o Paquistão ainda mantém a mesma lei colonial que proibia a homossexualidade na Índia e prevê pena de até 10 anos para quem mantiver “relações carnais contra a ordem da natureza”. Lá, entranto, o artigo 377 foi banido em setembro do ano passado.
Abaixo, veja mais fotos da 1ª Parada do Orgulho Trans do Paquistão: