No último domingo (14), Pete Buttigieg tornou-se oficialmente o primeiro homem abertamente gay a se candidatar para a presidência dos Estados Unidos. Aos 37 anos, o prefeito democrata de South Bend, no estado de Indiana, é também um dos candidatos mais jovens a disputar o cargo em 2020.
Veterano da guerra no Afeganistão, Pete é casado com o professor Chasten Glezman desde o ano passado. Em 2015, ele assumiu sua homossexualidade em um artigo para o jornal South Bend Tribune, tornando-se o primeiro prefeito gay na história do estado. “Eu estava no meio da vida adulta antes de estar preparado para reconhecer o simples fato de que sou gay. Foram anos de luta e crescimento para aceitar que isso é apenas um fato da minha vida e de quem eu sou, como ter cabelo castanho”, escreveu.
Nas últimas pesquisas, Pete tem surgido como o terceiro candidato mais votado entre democratas, atrás apenas de Bernie Sanders e Joe Biden, ex-vice presidente na gestão de Barack Obama. Abaixo, confira seis visões políticas de Pete Buttigieg:
Direitos LGBT
Uma das ações defendidas por Pete é o Ato de Igualdade Federal, uma emenda aos direitos civis norte-americanos que daria proteção federal à população LGBT contra discriminações em locais públicos ou de trabalho. Além disso, ele também se opõe fortemente à medida de Trump para banir transexuais das Forças Armadas, além de defender o acesso da população trans carcerária à cirurgia de readequação sexual.
Religião
Batizado e criado no catolicismo, Pete tornou-se anglicano durante os anos de faculdade, em Oxford. Ainda assim, ele é contra a mistura de política e religião: “Eu não teho problema com religião, também sou religioso. Meu problema é com a religião sendo usada como justificativa para machucar as pessoas, especialmente pessoas LGBTs”, declarou em entrevista ao programa da Ellen DeGeneres.
Aquecimento global
Pete considera catástrofes naturais como um aviso de que o aquecimento global “não é apenas um problema do Pólo Norte, mas de todas as comunidades”. Medidas apoiadas por ele incluem o subsídio de energia solar pelo governo americano e o Acordo de Paris, firmado em 2015 para reduzir a emissão de gases, mas quebrado em 2017 por Donald Trump.
Porte de armas
Através de South Bend, Pete integra o grupo Prefeitos Contra Armas Ilegais, que busca reforçar a legislação contra o porte de armas a níveis estadual e federal, além de se opor à presença de armas de fogo em escolas.
Imigração
Pete defende políticas que facilitam o acesso de imigrantes ilegais à permissão de trabalho, quando levados aos EUA ainda crianças. Ele também se opõe fortemente às medidas de Trump na fronteira do país, e diz que deslocar o exército americano para aquela área é um “desperdício de tempo”.
Afeganistão
Como veterano de guerra, Pete defende que é hora de os Estados Unidos retirarem suas tropas do Afeganistão, ao mesmo tempo que defende a ideia de que o Irã é a maior ameaça para Israel no Oriente Médio. Ele também tem criticado as decisões de Trump fazer diplomacia internacional via Twitter e de retirar o exército americano da Síria.