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Banda Uó anuncia nova turnê; veja datas e relembre 5 músicas do trio

Após hiato de 6 anos, Banda Uó anuncia retorno e turnê nacional (Foto: Divulgação)

Após hiato de 6 anos, Banda Uó anuncia retorno e turnê nacional (Foto: Divulgação)

Eles estão de volta! A Banda Uó anunciou nesta sexta-feira (12) seu retorno após seis anos de um hiato longo e doloroso para os fãs e para a música. Formada pelos amigos Candy Mel, Mateus Carrilho e Davi Sabbag, o grupo de Goiânia vai rodar os palcos do país com a turnê O Reencontro, que começa ainda este ano.

Formada em 2010, a Banda Uó se manteve em atividade por quase uma década, período em que ficou conhecida por todo o Brasil com sua mistura única de música pop com tecnobrega, entregando hits como “Shake de Amor”, “Arregaçada” e “Búzios do Coração”, além de parcerias com Preta Gil, Luiz Caldas, Diplo e Karol Conká. O trio é notoriamente citado pelos maiores artistas LGBTQIA+ brasileiros como uma referência essencial no cenário nacional.

Mas para além da música, a Banda Uó também marcou toda uma geração de fãs LGBTQIA+ com sua estética ousada, clipes cativantes e letras debochadas. E foi desse jeitinho também que o trio anunciou seu retorno, com toda a sua criatividade em um vídeo nas redes sociais de cada integrante.

A primeira apresentação da Banda Uó já tem data marcada: será no dia 20 de abril, no Hopi Pride Festival, evento dedicado aos artistas LGBTQIAPN+ que acontece anualmente no parque Hopi Hari, em Vinhedo. O grupo também já confirmou presença no Festival Sensacional, em Belo Horizonte, e prometeu divulgar mais datas em breve.

O retorno da Banda Uó foi muito comemorada nas redes, uma vez que os fãs já pediam há tempos um comeback do grupo. Como disse o próprio Davi Sabbag: “Vai dar para matar a saudade!”.

Desde que o grupo anunciou uma pausa nas atividades com o single de despedida “Tô na Rua”, seus integrantes investiram nas próprias carreiras como artistas solo. Em 2018, a Híbrida falou com Candy Mel nos bastidores de um show no qual ela se apresentou com Liniker e Diego Moraes como parte da programação do 26º Festival Mix Brasil.


À época, Mel tinha recém-lançado o videoarte “Cabelo” e dava os primeiros passos de sua carreira solo. “Esse é um processo que leva a gente. E ele está me levando para lugares que eu não pensava antes, porque dentro da Banda Uó tudo foi muito específico, muito direcionado. Nada era de ninguém específico, tudo era dos três. Agora, eu vejo tudo caindo sobre mim e é uma responsabilidade muito grande”, afirmou (leia a entrevista completa aqui).

Já Davi Sabbag lançou naquele mesmo ano “Tenho você”, sua primeira música como artista solo e que, mais tarde, se tornaria seu primeiro EP, Quando, recheado de pops minimalistas e melodias R&B e também lançado em 2018. “O mais importante nesse processo era o desafio de fazer algo que eu gostasse de ouvir, que me identificasse de verdade, pois a ideia era colocar o meu coração naquilo. Ainda tô encontrando meu som, mas posso dizer que são muitos!”, disse sobre sua jornada como artista solo (a entrevista tá aqui). “É impagável o real valor de colocar o que você está sentindo no seu trabalho. Passo muito tempo sozinho compondo, tendo idéias e fazendo um refúgio que é necessário para ter foco e me imergir no trabalho.”

Desde então, ele lançou Ritual, seu primeiro disco com participações de Urias, Jaloo e Kafé. No último ano,Davi assumiu ainda a alcunha de DJ Anjo para o projeto [(entre)mixtape], que entrou na nossa lista de melhores lançamentos do último ano pela maestria no uso de diferentes vertentes da música eletrônica.

Mateus Carrilho, por sua vez, conseguiu certa relevância no mainstream se lançando de cara em “Corpo Sensual”, um dos primeiros sucessos nacionais de Pabllo Vittar. Na sequência, ele emendou colaborações com Jaloo, Duda Beat, Potyguara Bardo, Gloria Groove e MC Tha.

“Sem dúvida, alguns medos voltaram. É tudo uma novidade na minha cabeça. Com a banda, nós dividíamos tudo. Agora, sinto que tem mais responsabilidade sobre mim”, disse Mateus à Híbrida, em seu primeiro ano como artista solo. “Mas eu tô pronto, já queria isso há muito tempo.”

Apesar de todo o sucesso e conquistas em suas carreiras solo, lembre abaixo 5 músicas da Banda Uó que marcaram o auge do grupo e que vale a pena conhecer antes de marcar presença na turnê de retorno:

Presente em Motel, álbum de estreia do grupo, “Faz Uó” resume todas as característica que fizeram o Brasil se apaixonar pelo som do trio: uma mistura de pop descarado, produção equilibrada entre o tecnobrega e a eletrônica e um refrão chiclete de coreografia e versos fáceis que eram irresistíveis.

Willow Smith tinha apenas 11 anos quando lançou “Whip my hair”, uma música que por si só chegou apenas a um nicho muito específico da internet de 2010 e, ainda assim, fez sucesso entre esse público. Mesmo longe do mainstream, a pré-adolescente cativou pessoas suficientes para ser sampleada (ou adaptada?) pela banda mais descolada do Brasil, rendendo tanto um de seus maiores hits como um dos versos mais lembrados de sua discografia (“Vou me vingar de você”).

Como toda adaptação brasileira de um hit, “Arregaçada” leva o sucesso “U Can’t Touch This”, de MC Hammer para o tecnobrega, com muita coreografia e Mel flertando com versos rápidos e ousados. Presente no segundo disco do grupo, Veneno, a música era inescapável e se tornou presença certeira em qualquer balada de pop daquela época.

Acostumada a incendiar pistas de dança, a Banda Uó chegou mais romântica e apaixonada em “Búzios do Coração”, uma espécie de forrozinho pra dançar abraçado e com passo marcado na seresta. Foi um lado diferente do trio que, em retrospectiva, fez sentido dentro da identidade que o grupo construiu (tipo referências a abadá, Alcione e um bar de garagem com sinuca e o colchão largado no chão de taco).

A música de “despedida” (ou “até logo”) da Banda Uó ganhou um clipe gravado principalmente pelos pontos do Minhocão, em São Paulo, onde o trio conseguiu difundir seu nome e impulsionar a carreira do grupo e de seus integrantes. Não é a música mais marcante ou genial que eles lançaram, mas para muitos fãs ela ficou marcada como o fim de uma era – ou, pelo que tudo indica, a interseção até um retorno.

 

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