Os 5 grandes destaques do VMAs 2023

Foi ao ar na noite desta terça-feira (12) mais uma edição dos Video Music Awards (VMAs), em Newark, Nova Jersey. A cerimônia, transmitida pela MTV, misturou gerações desde a celebração dos 50 anos do hip-hop, que incluiu apresentações de Diddy, Lil Wayne e Nicki Minaj, aos novos talentos como Olivia Rodrigo e o grupo de k-pop Stray Kids. Teve tempo até para uma breve reunião nostálgica do NSYNC* anunciando a categoria de Melhor Pop e consagrando mais uma vez Taylor Swift, que levou para casa nove astronautas de prata.

Apesar de longa e bastante convencional, a premiação ainda segue como uma grande reunião dos principais artistas de sua época e de novos nomes para os amantes da cultura pop, mesmo que os grandes momentos e as verdadeiras surpresas, aparentemente, tenham ficado no passado.

Abaixo, confira os principais destaques do VMA 2023:

ANITTA no topo 

Anitta apresentou um medley animado de “Used to Be” e “Funk Rave” no palco principal, recheada de cores, danças e com uma pitada de Brasil, incluindo passinhos de funk e uma cenografia inspirada nas nossas favelas. E não foi só isso: a carioca também levou para a casa, pelo segundo ano consecutivo, o prêmio de Melhor Videoclipe Latino, desbancando artistas como Bad Bunny, Shakira e Rosalía. Por aqui, ficamos felizes pela conquista da diva, mas sentimos falta de ao menos um “obrigada” em português durante o discurso, feito inteiramente em inglês e espanhol. Certamente, haverá outras oportunidades.

DEMI LOVATO em versão roqueira

Demi Lovato trouxe para o palco do VMAs algo semelhante ao que fez no The Town e que já tinha mostrado em sua passagem pelo Brasil no ano passado (contamos aqui): apresentou versões rock de seus principais singles, presentes no recém-lançado Revamped. Nem todas as canções funcionam no novo formato, mas a cantora manteve o gogó do começo até o final da performance, que incluiu “Heart Attack”, “Sorry Not Sorry” e “Cool for the Summer”. Destaque para Taylor Swift, com um copo inseparável da mão, dançando e recitando os versos da música na plateia.

O exorcismo de DOJA CAT

No topo dos charts, Doja Cat, que está inaugurando uma nova era este ano com a promessa de seguir uma linha menos pop que as anteriores, apresentou um medley de seus três singles mais recentes: “Attention”, “Paint the Town Red” e “Demons”. Ao lado das dançarinas, vestidas todas de vermelho, ela caminhou pelo Prudential Center e, em seguida, subiu ao palco, numa performance que contou com visuais cinematográficos. Poderia ter tido um momento a mais: talvez, uma troca de figurino (seu look do tapete vermelho era muito mais interessante) ou uma participação inesperada, mas Doja tem carisma o suficiente pra sustentar um show da maneira como o fez.

KAROL G se joga no funk

Engana-se quem pensa que só Anitta trouxe o funk para o palco do VMAs. A colombiana Karol G provou, mais uma vez, por que foi a melhor adição ao remix do hit “Tá Ok”, de Kevin O Chris, apresentada na noite junto a “Oki Doki”. Dança sincronizada, envolvente e cheia de energia. Ela também venceu o prêmio de Melhor Parceria com Shakira por “TQG”.

SHAKIRA, o ícone da noite

Desde 2013, quando Justin Timberlake preparou um medley com algumas das principais canções de seu catálogo para o palco do VMAs, o prêmio Vanguarda se tornou um dos momentos mais esperados da premiação por permitir que os artistas homenageados servissem uma performance a nível de SuperBowl aos fãs. Este ano, foi a vez Shakira, que emendou hits como “She Wolf”, “Ojos Así”, “Hips Don’t Lie” e a mais recente “Bzrp Music Sessions, Vol. 53”. Assisti-la é como passar por uma viagem no tempo: as músicas continuam na ponta da nossa língua e seu requebrado segue incomparável. Sem dúvidas, o ponto alto da noite.

BÔNUS: REAÇÕES DA PLATEIA

Já faz parte do cânone do VMAs filmar as reações da plateia enquanto os artistas se apresentam e isso já gerou memes valiosos para a cultura pop: Justin Timberlake resignado assistindo a Madonna e Britney Spears se beijando (2003); Beyoncé chocada com Kanye West subindo ao palco para tirar o prêmio das mãos de Taylor Swift (2009); e Rihanna impassível vendo Miley Cyrus rebolando em Robin Thicke (2013).

Este ano, os momentos memoráveis ficaram por conta de Swift, que, como falamos acima, não desgrudou a mão do copo e dançou durante grande parte das performances; e Selena Gomez, que fez cara feia para o nome de Chris Brown e tampou os ouvidos quando o som de Olivia Rodrigo parecia ter estourado. Uma pena que a cantora tenha se levado a sério demais e postado hoje em seu Instagram que “nunca mais gostaria de ser um meme” e que preferia ter ficado quieta.