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“Alibi”: Pabllo Vittar estreia na Billboard Hot 100, a parada mais importante dos EUA

Yseult, Svedaliza e Pabllo Vittar no clipe de "Alibi"; segundo a Billboard, brasileira é a segunda drag queen na história a emplacar uma música entre as 100 mais ouvidas dos EUA (Foto: Divulgação)

Yseult, Svedaliza e Pabllo Vittar no clipe de "Alibi"; segundo a Billboard, brasileira é a segunda drag queen na história a emplacar uma música entre as 100 mais ouvidas dos EUA (Foto: Divulgação)

Pabllo Vittar foi longe demais – de novo e literalmente. A artista brasileira registrou nesta segunda-feira (29) a sua primeira entrada na Billboard Hot 100, a parada de músicas mais ouvidas dos Estados Unidos, com o bombadíssimo remix de “Alibi”, lançado originalmente por Sevdaliza. Em bom português online, Pabllo charteou com um hit viral e inegável.

Segundo a própria Billboard, Pabllo Vittar é a segunda drag queen na história da publicação a emplacar uma música nessa lista. A primeira foi RuPaul Charles, que conseguiu o feito três vezes: com “Supermodel (You Better Work)”, que chegou à 45ª posição em 1993; “Don’t Go Breaking My Heart”, numa versão em dueto com o próprio Elton John, que chegou à 92ª posição no ano seguinte; e “Snapshot”, que ficou no posto de 95, em 1996.

A lista semanal da Billboard é feita com base na quantidade de streams nas plataformas oficiais e nas redes sociais, no espaço de programação nas rádios e nas vendas digitais e físicas na terra do Tio Sam.

De acordo com a Billboard, o desempenho de “Alibi” se deve majoritariamente à massiva viralização da música no TikTok, onde acumula mais de 1,5 milhão de vídeos. Não à toa, o remix chegou até a 8ª posição do ranking baseado apenas nas músicas mais tocadas dentro da rede social chinesa.

Além das duas paradas mencionadas acima, o remix de “Alibi” também chegou à 9ª posição da parada global das 200 músicas mais ouvidas na última semana, sem contar o que tocou nos Estados Unidos; no ranking global em que o país é contabilizado, a música já está na 16ª posição.

O sucesso de “Alibi” também garantiu a primeira vez que Svedaliza entra para a lista de músicas mais ouvidas nos Estados Unidos. A artista iraniana tem dois álbuns lançados e mais de dez anos de carreira. Da mesma forma, marcou ainda a estreia da cantora, compositora e modelo francesa Yseult.

Esta, entretanto, não é a primeira vez que Pabllo Vittar aparece na Billboard. A primeira entrada que a drag queen fez nos charts gringos foi ainda em 2017, com “Sua Cara”, a parceria atemporal com Anitta e o Major Lazer que chegou à 26ª posição da parada específica de Música Dance/Eletrônica e à 22ª dentre as musicas mais vendidas digitalmente no mundo.

Pabllo depois voltou no início de 2021, com “Modo Turbo”, outra colaboração de peso com Anitta e Luísa Sonza. Daquela vez, o trio alcançou as posições 71 dentre as 200 mais tocadas no mundo, com exceção dos EUA; e 126, incluindo o país.

Pabllo Vittar x Chappell Roan

Coube à própria Billboard colocar um ponto final na discussão que tem consumido as redes sociais nas últimas semanas. Ao sinalizar que Pabllo é a segunda drag queen a entrar na Billboard Hot 100, a publicação deixou claro que não contabiliza Chappell Roan dentre as artistas desse nicho.

A cantora norte-americana, que é apontada como a nova e inescapável promessa do pop, aparece com seis músicas suas na parada desta semana: “Good Luck, Babe!” (#10), “HOT TO GO!” (#26), “Red Wine Supernova” (#47), “Pink Pony Cub” (#50), “Casual” (#79) e “Femininomenon” (#96).

A confusão entre os fãs de Pabllo Vittar e Chappell Roan começou quando “Alibi” atingiu a 47ª posição na parada global de músicas mais tocadas do Spotify, em 10 de julho. Na ocasião, a assessoria da brasileira comemorou o feito divulgando que ela seria a primeira drag queen do mundo a chegar tão longe na plataforma de streaming.

O problema que muitos apontaram é que Chappell Roan, mesmo sendo uma mulher cisgênera, também se declara como drag queen. O ponto central do embate então dividiu os fãs: a forma com que a norteamericana se apresenta pode, de fato, ser considerada como arte drag? Se sim ou não, cabe a quem decidir? É possível comparar os esforços e conquistas de uma artista nascida nos Estados Unidos com uma brasileira? Esses são fatores que sequer deveriam ser considerados ao analisar o impacto da arte? Quem veio primeiro, Chappell ou Pabllo?

Para muitas dessas questões, ainda não temos respostas. Mas pelo menos no que diz respeito à Billboard, o embate parece que foi encerrado por ora.

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