I FEEL THE RUSH! O retorno de Troye Sivan à música chegou na última quinta-feira (13), com o lançamento da música “Rush”, que antes mesmo de estrear já tinha recebido uma série de teasers apimentados nas redes sociais. No clipe, dirigido por Gordon von Steiner, o artista aparece em uma festa apinhada de twinkies, jockstrap, gays de calcinha fio-dental, glory holes e muita pegação.
Em uma entrevista à GQ americana, ele confirmou que o título da música é uma alusão à marca mais famosa de poppers do mercado, além de dizer que o disco todo é inspirado em festas, sexo e diversão.
Segundo Troye, suas próximas músicas vão explorar o tipo de intimidade que só é encontrada fora de relacionamentos sérios e longos. “Seja uma transa casual, alguém que você conheceu por 10 minutos em uma balada ou uma pessoa com quem saiu por tipo, duas semanas”, disse.
No clipe “Rush”, Troye mostra vários homens com a bunda de fora, simula sexo oral e grupal, tudo no clima de pegação generalizada e casual. Em outro momento, um dos modelos aparece inalando uma substância semelhante a poppers, substância ilícita no Brasil e utilizada há décadas por parte dos homens gays, conhecida como “a droga do amor” por ajudar a relaxar a musculatura anal antes da penetração.
https://twitter.com/infotroye/status/1678441633648451585
O cantor revelou que a canção é, sem sombra de dúvidas, uma ode às pistas de dança, inspirada nas experiências que teve ao longo dos últimos dois anos e meio. “Comecei a ter crushes e percebi que não estava emocionalmente morto”, disse.
Nas redes sociais, os fãs já especulam que Troye preparou mais um hino para os passivos, nos moldes de “Bloom”, lançada há cinco anos e que traz letras sugestivas como “Diga-me logo antes de acontecer/Segure a minha mão se eu ficar com medo agora/Pare um pouco, querido, vai devagar/Você deveria saber que eu, você deveria saber que eu floresço só para você”.
I'm obsessed with Troye Sivan using bottom culture to promote his new era https://t.co/OWU54dsF0h
— tortured poet (@alangxbriel) June 14, 2023
Apesar disso, ele nunca chegou a confirmar se essa era, de fato, sua preferência sexual. Em 2019, quando questionado pela revista OUT sobre o tema, o cantor desviou da resposta e, logo depois, utilizou o twitter para reclamar sobre a pergunta indiscreta.
“Eu pensei em perguntar ao entrevistador sobre sua posição sexual preferida depois dessa última pergunta, mas aí eu lembrei o quão incrivelmente invasivo, estranho e inapropriado isso seria. Não impediu ele de fazê-lo”, escreveu.
“Rush” inaugura a era de divulgação de To Give Each Other, terceiro disco de estúdio de Troye, com lançamento marcado para 13 de outubro. O trabalho vem após os elogiados Blue Neighbourhood (de 2015) e Bloom (2018), além do EP In a Dream, lançado durante a pandemia.
“Esse álbum é algo meu para dar a vocês – um beijo na pista de dança, um date que virou um fim de semana, um crush, um inverno, um verão. Festa após festa, after após after. Coração partido, liberdade. Comunidade, irmandade, amizade. Tudo isso <3”, anunciou o artista em uma publicação nas redes sociais.
Ainda este ano, Troye também participou da polêmica série The Idol (HBO), criada por Abel Tesfaye (The Weeknd) e Sam Levinson sobre os bastidores da indústria da música e os perrengues vividos pela popstar fictícia Jocelyn (Lily-Rose Depp). Mesmo antes de estrear no Festival de Cannes, a produção foi amplamente criticada pela forma como explora e retrata a nudez feminina, assim como pelas cenas de abuso físico, psicológico e sexual vividas pela protagonista.
Em um dos teasers mais famosos da série, o personagem de Troye pergunta: “Quando foi a última garota do pop malvada e indecente?”. Ao que tudo indica, pode ser ele mesmo.