16 set 2024

POR QUE A GERAÇÃO Z TEME O SEXO NO CINEMA?

NAS REDES SOCIAIS E SALAS DE AULA, JOVENS TÊM DEMONSTRADO INSATISFAÇÃO COM O CONTEÚDO SEXUAL NO AUDIOVISUAL, SUGERINDO BOTÕES DE “PULAR CENA” E A VOLTA DA CENSURA. QUAL O PROBLEMA POR TRÁS DESSE COMPORTAMENTO?

por MARIA EUGÊNIA GONÇALVES

Você tem percebido que o cinema anda com menos tesão? Que muitos filmes recentes têm evitado cenas de sexo, principalmente aquelas que fogem do teor romântico e situações padrão? Se sua resposta foi sim, você não está sozinho. Uma pesquisa recente da The Economist revelou que o conteúdo sexual no audiovisual caiu quase pela metade ao longo dos últimos 20 anos. 

O estudo examinou os 250 filmes de maior sucesso comercial dos Estados Unidos, lançados entre 2000 e 2023. Segundo o analista de dados Stephen Follows, observou-se uma redução de 40% nas cenas de sexo nesses títulos, com tal tendência não se restringindo apenas aos campeões de bilheteria.

Há alguns anos, especialistas têm questionado se o audiovisual não estaria ficando mais pudico. Para alguns, o desaparecimento do teor sexual não choca; para outros, pode ser até motivo de celebração. Mas o que estaria por trás desse comportamento?

Aqueles cronicamente online podem ter notado que os mais jovens vêm manifestando incômodo com cenas de nudez e sexo em diversas produções. “Eu odeio nudez em séries de TV. Nada mais estranho do que sentir que você entrou em uma sala cheia de pessoas fazendo sexo. Isso nunca faz com que a história siga adiante e é desconfortável, independente se você está com seus pais, namorado ou amigos”, escreveu a empresária Brittany Martinez em seu Twitter/X. Outros usuários parecem concordar.

Esse puritanismo não se limita às redes sociais. Um levantamento feito no ano passado e organizado pela Universidade da Califórnia revelou que a Geração Z prefere assistir a relacionamentos platônicos e considera o conteúdo sexual “desnecessário” para o desenvolvimento de uma narrativa.

O comportamento extrapola as telas e chega, inclusive, às próprias experiências pessoais. No livro iGen, a psicóloga Jean Twenge aponta como jovens desta geração têm menos conversas sobre conteúdos eróticos e praticam menos atos sexuais que os jovens de gerações anteriores. Especialistas já criaram até um termo para identificar o fenômeno: “apagão sexual”.

Entre as soluções propostas para contornar o “incômodo”, há desde a criação de um botão para pular as temidas cenas de sexo nas plataformas de streaming até medidas mais drásticas, como o retorno do Código Hayscensura que vigorou nos Estados Unidos por três décadas no século XX.

Estaria, então, a Geração Z, tão associada ao futuro, realmente presa, comportamental e moralmente, ao passado?

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Professor na Escola de Comunicação Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO-UFRJ), Denilson Lopes utiliza filmes como ferramenta didática para estimular o diálogo entre os alunos. Docente desde 1997, ele testemunhou ao longo dos anos uma série de mudanças comportamentais entre os jovens, dentro e fora da instituição. 

“O que me surpreende atualmente é que há uma certa tranquilidade acerca da transitividade, do masculino, do feminino, não-binarismo, etc., mas, curiosamente, ainda há resistência em relação aos temas ligados à sexualidade, incluindo a nudez”, observa.

Em uma aula recente, ele propôs a exibição da cinebiografia dos The Doors, de Oliver Stone, lançada em 1991. O objetivo era discutir o mundo do entretenimento e as dinâmicas sociais das tumultuadas décadas de 1960 e 1970. O resultado, porém, foi um tanto inesperado. A primeira reação que recebeu em sala de aula foi: “Tem mulheres nuas demais, fora de contexto”.

Em outro episódio ilustrativo sobre o consumo atual de mídia, alunos relataram ter assistido a Morte em Veneza (1971), de Luchino Visconti, em velocidade acelerada para tornar a experiência mais “produtiva”. “Acredito que, devido à imposição do digital, as pessoas estão cada vez mais fragmentando suas experiências de assistir às coisas”, teoriza. 

Essa prática, argumenta o professor, aliada à visão mais moralista sobre cenas e narrativas, obviamente acaba comprometendo a compreensão das obras como um todo.

“Uma questão crucial na forma como não apenas meus alunos, mas nossa época percebe a obra de arte, é estimando que ela seja exemplar, que os personagens sejam exemplares e que haja uma explicação e um ‘lado certo’. Isso é complicado porque, no campo da arte, nem sempre estamos lidando com a norma ou com o que é aceito moralmente. O fato de um filme ter uma cena de estupro não significa, necessariamente, que o diretor esteja endossando o ato”, observa.

Para a antropóloga e crítica de cinema Isabel Wittmann, a relação utilitarista estabelecida com a arte pode ajudar a explicar por que, para alguns, tudo o que não contribui diretamente para a ação principal dos personagens se torne “descartável”, incluindo as cenas de sexo.

“Estar duas horas diante de uma tela, completamente imerso, requer uma atenção específica que muitas vezes é interrompida pela competição com o celular e as redes sociais”, aponta Isabel. “Isso, aliado à possibilidade proporcionada pelas plataformas de streaming de assistir aos conteúdos em velocidades aceleradas, distorce a experiência da obra.”

O professor Denilson Lopes (Foto: Giovanna Duarte)

A antropóloga e crítica Isabel Wittmann (Foto: Reprodução)

“Hoje, as pessoas assistem para descobrir a história que está sendo contada, não para ter uma experiência audiovisual ligada à percepção da linguagem cinematográfica”, ressalta Isabel.

Além de fragmentar a experiência audiovisual, o streaming também parece ter contribuido para um viés mais higienizado da produção artística, naturalizando a repressão ao sexo.

Para Denilson, “devido à sua penetração internacional, há um certo medo e receio quanto à presença excessiva da sexualidade” pelas plataformas.

Não restam dúvidas, portanto, de que o cinema hollywoodiano estaria passando por uma crise em relação à abordagem da sexualidade. A questão é: o mesmo pode ser dito do cinema nacional e queer?

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Ocinema queer é uma expressão artística que transcende as fronteiras tradicionais de gênero e sexualidade, desafiando as normas através de narrativas que celebram a diversidade e a complexidade das experiências LGBTQIA+.

“Os cinemas com propostas feministas e/ou queer questionam hierarquias de poder, desconstroem noções limitadas do que configura um ato sexual, descortinam o corpo como um espaço sócio-histórico de experimentação, questionam performatividades rígidas de gênero e, de uma maneira geral, abrem espaço para refletir (e visionar) prazeres e afetos muitas vezes contra-hegemônicos”, define Wittmann.

Essa liberdade criativa também carrega uma vulnerabilidade: ao reconhecer e explorar as dimensões de sujeitos não normativos, o cinema queer acaba se tornando um alvo mais fácil para ataques intolerantes. Ao mesmo tempo, é precisamente por desafiar esses padrões que ele continua a resistir.

Wittmann explica: “Por circularem frequentemente à margem e com menor visibilidade, embora ocasionalmente sejam admitidos ao mainstream, esses filmes são afetados por movimentos que buscam suprimir sua existência. No entanto, a própria proposta, frequentemente subversiva, é o que garante sua continuidade”.

No Brasil, o movimento começou a se destacar no final da década de 1960 e início dos anos 1970, com a colaboração de artistas como Neville D’Almeida, João Silvério Trevisan e Sandra Werneck. Porém, foi apenas após a redemocratização que o “gênero” se expandiu, ganhando novas vozes, incluindo a de Marcelo Caetano.

Em 2017, Corpo Elétrico, seu primeiro longa-metragem como diretor, chegou aos cinemas do país. Nele, Caetano não se intimidou quanto à exibição do corpo do protagonista Elias (Kelner Macêdo), tratando o sexo e, consequentemente, a nudez, como aspectos naturais do nosso cotidiano.

Sete anos depois, tendo já colaborado em obras como Bacurau (Kléber Mendonça Filho, 2019) e Notícias Populares (co-criação com André Barcinski, 2023), o mineiro radicado em São Paulo retornou à direção com Baby, estrelado por João Pedro Mariano, Ricardo Teodoro e Bruna Linzmeyer.

João Pedro Mariano e Ricardo Teodoro em “Baby”, de Marcelo Caetano (Foto: Divulgação)

Na obra, Wellington (Mariano), depois de deixar um centro de detenção juvenil, se vê sozinho e perdido nas ruas de São Paulo, sem notícias dos familiares e sem recursos para recomeçar a vida. Após visitar um cinema pornô, ele conhece Ronaldo (Teodoro), um garoto de programa experiente que lhe ensina novas maneiras de sobreviver.

O filme estreou no prestigiado Festival de Cannes e foi destacado em várias listas de melhores títulos exibidos na edição, garantindo a Teodoro o prêmio de Ator Revelação da Semana da Crítica.

As manifestações positivas não se limitaram à premiação. Segundo Caetano, sua caixa de entrada também foi inundada por mensagens de agradecimentos, elogiando-o por “finalmente” levar um filme com cenas de sexo e nudez para Cannes – algo que, aliás, não deverá sumir tão cedo de sua cinematografia. 

No entanto, o diretor enfatiza que, para ele, as cenas de sexo devem ir além do mero voyeurismo, desempenhando uma função significativa na narrativa: “Assim como qualquer elemento do filme, o sexo deve ser pensado no contexto. Como o personagem entra na cena e como ele sai dela? O que o sexo comunica sobre isso? O sexo deve convidar o espectador a compreender o seu significado na vida”, argumenta em entrevista à Hibrida.

“O sexo é uma parte fundamental da beleza humana, que envolve encontro, troca e a imersão no abismo do outro. Ele desfaz qualquer reivindicação individualista. É a forma mais pura e maravilhosa de entrega ao outro”, declara, acrescentando que a supressão do ato sexual é uma prática característica de sociedades dominadas pelo individualismo.

É claro que o Brasil não escapou ao domínio econômico e social do neoliberalismo, que tem transformado o senso de coletividade em anomalia. Ainda assim, Caetano acredita que, de alguma forma, o puritanismo seja menos prevalente por aqui. Evidências se manifestam em diversos campos do audiovisual, indo “desde a sensualidade presente na videografia de divas pop como Anitta, Luísa Sonza e Marina Sena até o papel da Globo ao testar os limites da família em relação ao erotismo e à nudez”.

“Na cultura brasileira, essa discussão é abordada de forma mais direta”, reflete.

João Pedro Mariano, Marcelo Caetano, Bruna Linzmeyer, Ana Flavia Cavalcanti e Ricardo Teodoro em Cannes (Foto: Soraya Ursine)

O diretor Marcelo Caetano na Semana da Crítica do Festival de Cannes (Foto: Soraya Ursine)

Como exemplo de resistência, outro filme brasileiro causou alarde este ano na riviera francesa por retratar a sexualidade com menos reservas. Motel Destino, de Karim Aïnouz, participou da competição pela Palma de Ouro e foi descrito como “ousado” – tanto por seus defensores, quanto pelos detratores.

De acordo com Caetano, o longa foi mais um acerto do cearense, que homenageou um gênero ainda subestimado na história de nossa rica cultura: “O filme é de uma intensidade erótica e corporal encantadora, que remete à pornochanchada brasileira. Acho que Karim naquela competição era um ponto fora da curva. Você sente isso pela recepção ao filme, porque as pessoas não estão sabendo mais se posicionar perante narrativas eróticas”, diz.

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Há exatamente dez anos, uma obra do próprio Karim foi alvo de manifestações intolerantes. Quando Praia do Futuro chegou aos cinemas, houve relatos de pessoas que abandonaram a sessão por se sentirem desconfortáveis com as cenas de sexo protagonizadas por Wagner Moura e Clemens Schick.

“Em pouco tempo, vi três cenas de sexo e me senti constrangido. Levantei com a minha namorada e saímos. Neste momento, quase todos que estavam na sala também saíram. Não esperava ver o Wagner se relacionado com outro homem. O capitão Nascimento, interpretado por ele em Tropa de Elite, marcou muito e não tem como não fazer a associação”, disse à época um espectador que preferiu não ser identificado, em entrevista ao G1. 

O momento era simbólico: 2014 marcou um período de transição no Brasil. Enquanto conquistas sociais, incluindo as da comunidade LGBTQIA+, pareciam consolidadas, elas logo passariam a ser cada vez mais ameaçadas por uma série de mudanças políticas, que culminaram no impeachment da presidenta Dilma Rousseff e na subsequente eleição de Jair Bolsonaro. O cinema nacional refletiu essas transformações a partir da redução de recursos para o setor cultural e da crise na Agência Nacional do Cinema (Ancine).

“Não é fácil levantar, produzir e financiar projetos LGBTQIA+ no Brasil. É muito difícil. Fiquei sete anos entre um filme e outro. Enfrentamos grandes problemas de financiamento durante os governos Temer e Bolsonaro”, relata Marcelo sobre o período que separou Corpo Elétrico de Baby.

A ascensão das direitas com suas agendas pautadas em “moral e bons costumes” impactou não só a produção audiovisual, mas também seu consumo. “No Brasil, nos últimos anos, observamos um cerceamento da educação sexual nas escolas, o que certamente afeta a maneira como os jovens abordam o tema”, comenta Wittmann.

Marcelo Caetano (Foto: Divulgação)

Para Caetano, a resposta é não se curvar perante esses desafios: “Quando se trata do campo da arte, não podemos permitir que o conservadorismo dite os termos. Existe uma tendência de mercado, de financiadores e até de outros artistas extremistas, de desconsiderar essas obras que abordam temas LGBTQIA+ e incluem cenas eróticas. Não podemos permitir que essas pessoas dominem a discussão”.

O diretor ainda destaca que a suposta demanda por restrições à representação corporal no audiovisual talvez seja mais uma tentativa de capturar a discussão para o conservadorismo do que um movimento coeso e vocal.

“A ideia de ter um botão para pular cenas de sexo e esse debate meio incel vêm de uma minoria na internet, com pouca sociabilidade e pouco contato com o mundo real. Não devemos deixar que eles guiem a conversa”, afirma. “Não podemos nos deixar ser aprisionados por essa minoria conservadora.”

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Seja movimento de massa ou uma exceção minoritária, o conservadorismo em relação ao sexo associado à Geração Z suscita estratégias semelhantes de combate entre os entrevistados: é crucial não apenas fomentar a produção audiovisual, mas também expandir a educação artística.

“Há discussões sobre a alfabetização em questões raciais e de gênero. Acredito que há uma alfabetização prévia necessária, que é a alfabetização em mídia. É saber ver e entender que um produto audiovisual não se resume à narrativa ou à história. Ele inclui imagem, som e muitos outros elementos”, defende Denilson, destacando que uma das principais particularidades do puritanismo vem da literalidade no consumo das obras artísticas. “Essa compreensão enriquece a nossa interpretação das histórias.”

Segundo o professor, “parece que quando lidamos com arte, há uma tendência à literalidade. Esquecemos que a arte é uma representação que lida com metáforas, não é necessariamente a realidade”, observa. “A maneira como as pessoas veem os filmes hoje é enxergando uma verdade absoluta, algo literal. Existe uma dificuldade em lidar com a ficção, mesmo quando se sabe que se trata de ficção.”

Nesse sentido, ele defende ainda a importância de analisar quais corpos são benquistos e quais encontram maior resistência pelo público. “Você vai ver uma novela atualmente e a quantidade de atores negros, por exemplo, é surpreendente para a questão brasileira, o que é ótimo. Mas seus corpos podem ser exibidos? E se sim, devem ser corpos mais jovens? Que tipo de fisicalidade é aceita?”, indaga.

 João Pedro Mariano em “Baby” (Foto: Divulgação)

 João Pedro Mariano em “Baby” (Foto: Divulgação)

Para Isabel, os questionamentos sobre todo o processo de produção cinematográfica, tão proeminentes nas discussões recentes e, por vezes, cooptados equivocadamente para justificar a censura das representações sexuais, têm o potencial de enriquecer o debate.

“É claro que os questionamentos são válidos. Movimentos feministas, por exemplo, têm refletido há décadas sobre o poder na construção de imagens, dinâmicas de trabalho nos sets de filmagem, objetificação, sexualização e a experiência do espectador. Ou seja, como ‘digerimos’ essas imagens e como elas nos afetam, levando em conta nossas próprias experiências de gênero, sexualidade e raça, entre outras”, aponta. “No entanto, ao questionar os modos de produção de imagens, eliminar completamente cenas de sexo das narrativas audiovisuais parece um desperdício. Isso não resolve os problemas apontados, apenas ignora a questão central, especialmente considerando o quão importante a sexualidade é na formação de nossas identidades.”

Essas dinâmicas de trabalho no set de filmagem, aliás, são um fator indispensável na produção de Caetano. “O que a gente mais precisa discutir hoje é como realizamos esses processos trabalhando com corpos de atrizes e atores. É muito importante que a gente faça todo um processo de discussão coletiva das cenas de sexo. Como vamos filmar isso? Você se sente confortável ou não sente? Devemos ir para outro caminho? Qual? Essas discussões compartilhadas e trocadas com o elenco são fundamentais”, diz.

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Em junho deste ano, o governo Lula divulgou um investimento histórico de mais de R$1 bilhão no setor audiovisual. Junto ao incentivo, foi reintroduzida a cota de exibição de produções nacionais, que obriga salas de cinema a alcançar um número mínimo de sessões dedicadas aos títulos brasileiros até o final de 2033. A medida, que estava em desuso desde 2021, tem o potencial de revitalizar a indústria cinematográfica do país.

Lá fora, o sucesso de filmes como Saltburn (Emerald Fennell), Pobres Criaturas (Yorgos Lanthimos) e o mais recente Rivais (Luca Guadagnino), dentro e fora das plataformas de streaming, levou críticos e analistas a especular sobre o tão aguardado retorno do conteúdo erótico às telonas.

Se a política de incentivo e as previsões resultarão em mais produções que incluam cenas de nudez e sexo ainda é uma incógnita.. Também é difícil prever se a geração Z começará a ser mais receptiva a esse tipo de conteúdo. Qualquer que seja o cenário, uma coisa é certa: a arte, especialmente a queer e dissidente, continuará desempenhando seu papel fundamental na vanguarda da reflexão e de transformação da sociedade.

MARIA EUGÊNIA GONÇALVES

Bacharel em Ciências Humanas pela UFJF. Fã de cultura pop desde criança, encantada pelo cinema desde a adolescência e apaixonada por História e Estudos de Gênero na idade adulta.

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