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SAÚDE

Pesquisa da Universidade Oxford identifica nova variante do vírus HIV

Pesquisa da Universidade Oxford identifica nova variante do vírus HIV

Pesquisa da Universidade Oxford identifica nova variante do vírus HIV

Um estudo liderado por uma equipe de cientistas da Universidade de Oxford e publicado na revista científica Science, na última quinta-feira (3), identificou uma nova cepa do vírus da imunodeficiência humana adquirida (HIV). Batizada VB, a variante circulava na Holanda entre o final da década de 1980 e início dos anos 1990, e foi identificada em 109 pessoas que participaram da pesquisa.

Segundo o artigo, a nova variante é um subtipo B do HIV-1, considerado o mais comum, encontrado em grande parte nos Estados Unidos e na Europa Ocidental. Além de mais transmissível, ela faz com que as células de defesa T-CD4 do corpo diminuam mais rapidamente.

No entanto, não é necessário criar tanto alarde sobre seus efeitos: o estudo também demonstrou que o tratamento antirretroviral realizado nos indivíduos positivos para a cepa VB funcionou da mesma maneira que naquelas diagnosticadas com outras variantes, mantendo a mesma estabilização na contagem de células brancas e menores chances de morte.

De acordo com hipóteses levantadas pelos autores da pesquisa, isso acontece porque os indivíduos identificados com a variante VB iniciam o tratamento rapidamente, logo após o diagnóstico. Além disso, estipula-se que a cepa recém-descoberta tenha atingido seu pico nos anos 2000 e, desde então, entrado em declínio.

“Nossa descoberta enfatiza a importância da orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre indivíduos com risco de contrair o HIV, para que eles possam ter acesso a testagens regulares, permitindo então um diagnóstico precoce, seguido pelo tratamento imediato. Isso limite a quantidade de tempo que o HIV pode danificar o sistema imunológico de um indivíduo e comprometer sua saúde. Também garante que o HIV seja suprimido o mais rápido possível, o que impede a transmissão para outros indivíduos”, disse o professor Christophe Fraser, em nota.

Torçamos para que este avanço científico incentive novas campanhas de testagem, a descoberta de tratamentos mais eficazes contra o HIV e sua disponibilização às populações vulneráveis.

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