Revista Híbrida
Saúde

Remédio usado para tratar HIV/Aids tem efeito positivo contra coronavírus

Atazanavir positivo contra coronavírus (Foto: Divulgação)

Atazanavir positivo contra coronavírus (Foto: Divulgação)

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) têm investigado os efeitos do atazanavir, um antirretroviral usado desde 2003 no tratamento do HIV/Aids no Brasil, no combate ao novo coronavírus. Até o momento, os estudos iniciais já apontaram que o medicamento foi capaz de inibir a replicação viral da Covid-19, além de reduzir a produção de proteínas ligadas ao processo inflamatório nos pulmões e, portanto, ao agravamento da doença.

Os efeitos observados pela equipe brasileira ainda apontaram que, mesmo no estágio inicial das pesquisas, o efeito do atazanavir contra o coronavírus já é mais eficiente do que o da cloroquina, principal solução defendida pelo presidente Jair Bolsonaro. A combinação do medicamento com o ritonavir, outro antirretroviral utilizado no combate o HIV, também se mostrou mais eficaz do que a cloroquina.

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“A análise de fármacos já aprovados para outros usos é a estratégia mais rápida que a Ciência pode fornecer para ajudar no combate à Covid-19, juntamente com a adoção dos protocolos de distanciamento social já em curso”, aponta Thiago Moreno, pesquisador da Fiocruz. Líder da iniciativa, ele também reforça o alerta sobre os riscos da automedicação.

Caso a pesquisa indique um resultado satisfatório dos antirretrovirais no combate ao coronavírus e a droga seja futuramente adotada no tratamento da Covid-19, o Brasil estaria seguro do ponto de vista da produção. O medicamento é produzido nacionalmente pela própria Fiocruz, através do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos).

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Essa, entretanto, não é a primeira vez que cientistas tentam identificar remédios usados no tratamento do HIV/Aids que também possam ser aplicados no combate ao coronavírus. Ainda em março, pesquisadores do Reino Unido, dos Estados Unidos e da China descartaram o uso de ritonavir e lopinavir contra à covid-19, após testarem a combinação das drogas em 99 pacientes infectados. Desses, 13 ainda precisaram interromper a medicação por causa dos efeitos colaterais.

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