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TEATRO

Silvero Pereira faz apresentações gratuitas de ‘Pequeno Monstro’ no Rio

Silvero Pereira resgata as próprias experiências em espetáculo (Foto: Divulgação)

Após lotar apresentações em São Paulo e Fortaleza, o ator Silvero Pereira volta ao Rio de Janeiro com a peça Pequeno Monstro para uma curtíssima temporada gratuita no Espaço Cultural Municipal Sergio Porto, no Humaitá, zona sul carioca. O espetáculo foi escrito pelo próprio artista e tem direção de Andreia Pires, sua colega de faculdade de Artes Cênicas.

Pequeno Monstro é um espetáculo que promete provocar profundas reflexões sobre questões relacionadas à sexualidade, gênero, machismo e homofobia, e nasce de uma longa jornada de pesquisa e experiências pessoais do próprio Silvero, que nasceu em Mombaça, no interior do Ceará.

O projeto começou a ser idealizado há sete anos, quando ele passou a acompanhar histórias de crianças LGBTQIA+ e identificou nelas elementos semelhantes à sua própria infância. A partir desse ponto de partida, a peça ganha forma através de uma narrativa que mistura referências literárias, musicais e jornalísticas, além das memórias do ator e de diversas outras pessoas.

Em cena, Silvero revisita sua infância no Nordeste e uma juventude marcada por turbulências. Com ironia e denúncia, o artista de 42 anos revela as dores e traumas causados por esses comportamentos normalizados na sociedade. Pequeno Monstro segue a mesma linha dramatúrgica de seus trabalhos anteriores, construindo um panorama plural de influências.

'Pequeno Monstro' é dirigigo por Andreia Pires, colega de faculdade de Silvero (Foto: Divulgação)
‘Pequeno Monstro’ é dirigigo por Andreia Pires, colega de faculdade de Silvero (Foto: Divulgação)

O ator ressalta que, apesar da forte carga social, a peça não deve ser vista apenas como um manifesto. “Nossa função, como artistas, é trazer o tema com seriedade e a responsabilidade que ele exige, mas também atentar ao potencial estético e narrativo”, afirma Silvero. Entre os momentos de destaque da apresentação estão números musicais, como a interpretação de “Fera Ferida”, sucesso de Roberto e Erasmo Carlos.

A peça busca conectar-se ao público por meio da arte, ao mesmo tempo que reflete a dolorosa realidade brasileira em relação à violência contra a população LGBTQIA+, um problema que coloca o Brasil no topo do ranking mundial de assassinatos contra essa comunidade.

Pequeno Monstro terá suas últimas quatro apresentações da temporada carioca nos dias 20, 21 e 22 de setembro, sendo uma sessão na sexta, duas no sábado e outras duas no domingo. A entrada é franca e as senhas devem ser retiradas 1 hora antes do espetáculo.

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