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Taylor Swift declara voto em Kamala Harris e cita comunidade LGBTQIA+

Taylor Swift declara voto em Kamala Harris e cita comunidade LGBTQIA+ (Foto: Instagram/Reprodução)

Taylor Swift declara voto em Kamala Harris e cita comunidade LGBTQIA+ (Foto: Instagram/Reprodução)

Taylor Swift declarou voto em Kamala Harris na disputa à presidência dos Estados Unidos. O apoio foi divulgado nas redes sociais da cantora, logo após o último debate eleitoral entre a candidata democrata e o republicano Donald Trump, exibido nesta terça-feira (10).

Em carta pública, a loirinha chamou Harris de “líder talentosa e com mão firme” e saudou a escolha do vice-presidente da chapa Tim Walz, “que tem defendido os direitos LGBTQIA+, a fertilização in vitro e o direito da mulher sobre seu próprio corpo há décadas'”.

Swift também manifestou espanto diante das imagens criadas com inteligência artificial que a colocavam como apoiadora de Trump. As montagens rodaram as redes sociais nos últimos meses, chegando a parar no site oficial do candidato republicano. “Isso realmente evocou meus medos em relação à IA e os perigos de disseminar desinformação. Cheguei à conclusão de que preciso ser muito transparente sobre meus planos reais para esta eleição como eleitora. A maneira mais simples de combater a desinformação é com a verdade”, escreveu.

Ao fim, assinou a carta como “Childless cat lady” [“Mulher dos gatos, sem filhos”, em tradução livre], fazendo alusão a um discurso de J.D. Vance, vice da chapa de Trump. Em 2021, Vance falou que o país, sob domínio democrata, estava sendo dirigido por “um bando de mulheres solteiras com gatos, infelizes com suas próprias vidas e as escolhas que fizeram, e por isso querem tornar o resto do país miserável também”.

O posicionamento político de Taylor Swift nas eleições 2024

“Como muitos de vocês, assisti ao debate esta noite. Se você ainda não fez isso, agora é um ótimo momento para pesquisar sobre as questões em pauta e as posições que esses candidatos assumem sobre os temas que mais importam para você. Como eleitora, faço questão de assistir e ler tudo o que posso sobre as políticas e planos que eles propõem para este país.

Recentemente, fui informada de que uma IA de ‘mim’ falsamente apoiando a candidatura presidencial de Donald Trump foi postada em seu site. Isso realmente despertou meus temores em relação à IA e os perigos de disseminar desinformação. Isso me levou à conclusão de que preciso ser muito transparente sobre meus planos reais para esta eleição como eleitora. A maneira mais simples de combater a desinformação é com a verdade.

Eu votarei em Kamala Harris e Tim Walz na Eleição Presidencial de 2024. Estou votando em @kamalaharris porque ela luta pelos direitos e causas que acredito precisarem de uma guerreira para defendê-los. Acho que ela é uma líder talentosa e equilibrada, e acredito que podemos alcançar muito mais neste país se formos guiados pela calma, não pelo caos. Fiquei muito animada e impressionada com a escolha dela de companheiro de chapa, @timwalz, que tem defendido os direitos LGBTQ+, FIV e o direito das mulheres sobre seus próprios corpos por décadas.

Eu fiz minha pesquisa e fiz minha escolha. Sua pesquisa é sua para fazer, e a escolha é sua para tomar. Também quero dizer, especialmente para os eleitores de primeira viagem: Lembre-se de que, para votar, você precisa estar registrado! Além disso, acho muito mais fácil votar antecipadamente. Vou compartilhar um link para registro e datas de votação antecipada nas minhas histórias.

Com amor e esperança,

Taylor Swift
Mulher dos gatos, sem filhos”

O histórico de Taylor Swift com relação à comunidade LGBTQIA+

Esta não é a primeira vez que Swift manifesta apoio à comunidade LGBTQIA+. Durante uma passagem da The Eras Tour por Chicago, no ano passado, a cantora interrompeu o show para alertar sobre a onda de leis anti-LGBTQIA+ dos Estados Unidos.

“Nós não podemos falar sobre o Mês do Orgulho sem falar sobre dor. Há agora, e nos anos mais recentes, tantos projetos de lei danosos, que colocam as pessoas das comunidade LGBTQ+ e queer em risco. Isso é doloroso para todo mundo, todos os aliados, todas aqueles que amamos e todas as pessoas nessas comunidades”, afirmou.

Em 2018, após sofrer severas críticas por não se posicionar, Swift falou abertamente contra Marsha Blackburn, então candidata ao Senado pelo Partido Republicano e contrária ao Equality Act (emenda do Ato dos Direitos Civis aprovada no Congresso americano para proibir a discriminação com base em identidade de gênero ou orientação sexual).

No documentário Miss Americana (2019), a cantora declarou: “Eu não consigo ver outro comercial dela [Blackburn] disfarçando essas políticas como ‘Valores Cristãos do Tennessee’. Eu moro no Tennessee. Eu sou cristã. Isso não é o que defendemos”.

“Quando você diz que certas pessoas podem ser expulsas de um restaurante por causa de quem amam ou como se identificam, e essas são medidas reais que alguns políticos endossam disfarçadas de valores familiares, isso é bizarro. Muito, muito sombrio”, concluiu.

A ameaça de mais uma administração Trump aos direitos LGBTQIA+

A corrida eleitoral de 2024 nos EUA segue competitiva. Embora Kamala tenha agrariado novos votos com a desistência de Joe Biden à reeleição, a disputa permanece acirrada, especialmente naqueles que são considerados estados-pêndulo.

Segundo ativistas, caso vença, Trump poderá por em risco muitos dos direitos conquistados nas últimas décadas pela comunidade LGBTQIA+, dando ainda mais força às pautas reacionárias no Senado e na Câmara do país.

“Nós podemos esperar que, se Donald Trump for reeleito, suas nomeações para o judiciário serão ainda mais ideologicamente extremistas do que foram no seu primeiro mandato, e seriam pessoas muito mais alinhadas a uma agenda trumpista”, afirma Michael Boucai, professor de direito da Universidade de Buffalo.

Além do retrocesso legislativo, uma reeleição de Trump também poderia indicar o aumento da violência política dos EUA. Boucai afirma que “na primeira administração Trump, crimes de ódio em geral cresceram 20%”. Para o professor, é preciso “ficar preocupado com os efeitos colaterais da crueldade e da toxicidade de Trump nas vidas cotidianas das pessoas”.

Saiba mais sobre os riscos de um segundo mandato Trump em matéria da nossa #9 edição, ASCENSÃO.

 

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