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#Clarena: “Vai Na Fé” empolga fãs LGBTQIA+, mas corta beijo lésbico

Regiane Alves e Priscila Sztejnman vivem o casal Clara a Helena em "Vai Na Fé" (Foto: Divulgação)

Regiane Alves e Priscila Sztejnman vivem o casal Clara a Helena em "Vai Na Fé" (Foto: Divulgação)

Vai Na Fé, atual novela das 19h da Rede Globo, tem dado o que falar nas redes sociais. Estrelada por Sheron Menezes, Samuel de Assis e Carolina Dieckmann, o folhetim de Rosane Svartman tem conquistado o público, incluindo a comunidade LGBTQIA+, graças ao relacionamento lésbico/bissexual formado por Clara e Helena (ou o casal #CLARENA), vividas pelas atrizes Regiane Alves e Priscila Sztejnman. No capítulo desta quarta-feira (10), internautas criticaram a edição por ter censurado um beijo do casal e retirado a cena da exibição que foi ao ar.

Na trama, a ex-modelo Clara (Alves) larga o vilão Theo (Emílio Dantas), que a humilhava, e se apaixona pela personal trainer Helena (Sztejnman) quando começa a frequentar a academia do prédio. A evolução do relacionamento entre elas tem mobilizado uma base leal de fãs LGBTQIA+, especialmente lésbicas e bissexuais, que já produziram uma porção de fancams do casal e divulgam exaustivamente todas as cenas protagonizadas por elas.

O primeiro selinho entre as duas, exibido ao final do último mês, levou a hashtag #BeijoClarena aos assuntos mais comentados nas redes sociais e aumentou ainda mais a ansiedade dos fãs por um verdadeiro beijo do casal, que, de acordo com o roteiro e os resumos disponibilizados pela própria Globo, estava marcado para ir ao ar nesta semana.

O primeiro selinho entre Clara e Helena em "Vai Na Fé" [Foto: Reprodução]
O primeiro selinho entre Clara e Helena em “Vai Na Fé” [Foto: Reprodução]
Porém, a cena que estava prevista, e o diálogo que a seguiria foram censurados pela emissora. O corte gerou indignação dos fãs nas redes sociais e as próprias atrizes acabaram se manifestando. “Devagar e sempre… um passo de cada vez para a construção de um futuro onde todas as formas de amor possam ser aceitas e celebradas”, escreveu Regiane Alves.

Uma fã comentou: “Era só um beijinho sabe, nem isso é possível nessa realidade que a gente vive”. A atriz respondeu: “Pois é”.

Sem mencionar a remoção da cena, Priscila Sztejnman publicou uma foto ao lado da parceira de cena, na qual comemora o ship do casal ter chegado novamente aos assuntos mais comentados do dia: “Estamos muito felizes com o tanto de carinho que estamos recebendo de vocês! Obrigada! Que novela linda estamos fazendo! Que história linda estamos contando! Feliz de fazer parte disso tudo!”.

Esta não é a primeira vez que uma cena de afeto LGBTQIA+ não é exibida em uma novela da emissora. América, de Gloria Perez, ganhou fama, na metade dos anos 2000, por ter tido o aguardado beijo entre Júnior (Bruno Gagliasso) e Zeca (Erom Cordeiro) censurado. A cena, de acordo com os atores, foi gravada diversas vezes e cortada na edição final.

O primeiro beijo LGBTQIA+ a ser exibido em um folhetim no Brasil foi em 2011, com Amor e Revolução, do SBT. Dali em diante, a Globo reparou os erros do passado: em Amor à Vida (de 2013), com o casal Félix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso); Babilônia (2015), com Teresa (Fernanda Montenegro) e Estela (Nathália Timberg); e com a primeira cena de sexo em Liberdade, Liberdade (2016), envolvendo os atores Caio Blat e Ricardo Pereira.

“Amor e Revolução”, “Vai Na Fé”, “Babilônia” e “Liberdade, Liberdade” [Foto: Reprodução]
Em comunicado enviado à imprensa, a emissora afirmou: “Toda novela está sujeita a edição. Uma rotina que atende às estratégias de programação ou artísticas. Isso, inclusive, é sinalizado nos resumos de capítulos divulgados pela Globo”.

Resta agora torcer para que surjam outras oportunidades de exibir o tão esperado beijo entre as personagens Clara e Helena em Vai Na Fé, além de outros personagens LGBTQIA+ em cenas de amor, sem cortes e sem censura.

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