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BRASIL

29ª Parada do Orgulho LGBTI+ do Rio colore a Praia de Copacabana

Mais de 800 mil pessoas estiveram na Parada do Orgulho LGBTI+ do Rio (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Em uma bela tarde de sol, as cores do arco-íris coloriram a Praia de Copacabana neste domingo (24). A 29ª Parada do Orgulho LGBTI+ do Rio de Janeiro, cujo tema deste ano foi “Somar para Fortalecer”, reuniu 800 mil pessoas para uma festa de amor e luta, que além das bandeiras tradicionais da diversidade e cidadania, ressaltou a importância da sustentabilidade ambiental e da responsabilidade com o planeta.

De acordo com a organização, cerca de 800 mil pessoas acompanharam os shows e discursos nos 10 trios elétricos que desfilaram na Av. Atlântica, mostrando a relevância da Parada, que é a mais tradicional do Brasil. Presidente do Grupo Arco Íris, responsável pela festa, Cláudio Nascimento pediu mais uma vez que as autoridades invistam na Parada do Orgulho LGBTI+ como um dos eventos chave do calendário da Cidade Maravilhosa.

“Temos benefícios econômicos para a cidade. Dados da Escola Superior de Propaganda e Marketing apontam que, em média, ficam para a cidade entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões com a arrecadação de impostos”, destacou Nascimento. “Logo, a parada forma também o orçamento público. Queremos só o pedaço do nosso próprio investimento. Não estamos pedindo esmola a ninguém. Nós queremos ser tratados com dignidade e sermos reconhecidos”, emendou.

Em 2024, a Parada do Orgulho LGBTI+ do Rio contou com diversas atrações como Duda Beat, Diego Martins, WD, Unna X, Reddy Allor, Nick Cruz, Gael Vicci e Pedro Mussum. Na abertura do desfile, o Hino Nacional Brasileiro foi interpretado mais uma vez pela atriz, cantora, DJ, escritora e performer Valéria Barcellos.

10 trios elétricos desfilaram na Avenida Atlântica durante a 29ª Parada do Orgulho LGBTI+ do Rio (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
10 trios elétricos desfilaram na Avenida Atlântica durante a 29ª Parada do Orgulho LGBTI+ do Rio (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Um esquema especial foi preparado para atuar na segurança do público presente, com 1448 agentes da Polícia Militar e mais 430 guardas municipais. A Parada também contou com um helicóptero para o monitoramento aéreo, além de 200 câmeras instaladas na orla de Copacabana e nas demais vias do bairro, e que fazem parte do Centro de Operações Rio. Uma estrutura semelhante ao que foi preparado para o Ano Novo e o show de Madonna.

“Imagina o terceiro maior evento da cidade em nível de organização e de suporte. A gente só não é maior do que o Carnaval e o Réveillon”, pontuou Carlos Nascimento, que ainda destacou o pedido por mais assistência ao prefeito reeleito Eduardo Paes. “A gente pediu a ele (Paes) que, no ano que vem, isso não se repita, nós precisamos de apoio realmente para estruturar uma parada que receba com dignidade e suporte todo mundo que chega aqui.”

Nos últimos anos, a Parada do Orgulho LGBTI+ do Rio tem enfrentado dificuldade para colocar os trios na rua pela falta de patrocinadores. Na última edição, Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, que fundou a parada carioca há 29 anos, precisou de apoio financeiro da Parada de São Paulo e também do Governo Federal, através da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), que atualmente é presidida por Marcelo Freixo.

As cores da Parada do Orgulho LGBTI+ na Praia de Copacabana. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Parlamentares pedem valorização da Parada do Orgulho LGBTI+ do Rio

A deputada federal Jandira Feghali (PC do B) esteve mais uma vez presente e defendeu a inclusão da Parada do Orgulho no calendário oficial da cidade do Rio de Janeiro, para ajudar a levantar recursos para a realização do evento

“Essa parada arrecada milhões. Ela gasta um pouco e arrecada muito. Então, é muito importante que nós parlamentares, que aqui estamos, exijamos dos nossos governos que ela esteja no calendário oficial, com financiamento, valorização, reconhecimento, para que possamos deixar de passar pires para que aconteça. É necessário reconhecimento”, afirmou Jandira.

Já a vereadora Mônica Benício (PSOL), viúva de Marielle Franco, revelou que vai apresentar um projeto de lei para tornar a Parada do Orgulho LGBTI+ do Rio um marco de interesse cultural e histórico para a cidade, oferecendo mais visibilidade ao evento e sua organização.

“Não damos passos atrás nem para pegar impulso. A gente não está pedindo nenhum favor para esta cidade ou para o governo. Estamos dentro do orçamento, movimentando a cidade, então vamos seguir reivindicando por Marielle, por David Miranda e por tantos e tantas outras”, completou.

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