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Festival Mix Brasil: confira 15 destaques da programação em 2023

31ª edição do Festival Mix Brasil acontece em novembro [Foto: Festival Mix Brasil/Divulgação]

Começa nesta quinta-feira (9), em São Paulo, a 31ª edição do Mix Brasil, o maior festival de cinema LGBTQIA+ da América Latina e um dos maiores eventos de diversidade do mundo. Sob o tema A gente nunca foi tão Mix, a programação deste ano vai contar com 119 filmes nacionais e internacionais, reunindo títulos de 35 países – incluindo estreias inéditas e longas que já percorreram grandes festivais pelo mundo.

Além das atrações cinematográficas, o evento também vai contar com espetáculos multimídia; instalações de experiências XR; uma seleção especial de novos jogos que celebram a diversidade; encontro com o crítico literário francês Mathieu Lindon; shows de talento drag e canto, com Silvetty Montilla; e, é claro, o já tradicionalShow do Gongo”, sob o comando de Marisa Orth.

A atriz, roteirista, dramaturga, diretora e ativista Renata Carvalho será a grande homenageada desta edição com o prêmio Ícone Mix, já entregue a nomes como Gus Van Sant, João Nery, Marina Lima, Marcia Pantera e Linn da Quebrada.

O Festival Mix Brasil vai até o próximo dia 19, ocupando sete espaços culturais da capital paulista, além de programação online disponível nas plataformas do Sesc DigitalSpcine Play e Itaú Cultural Play.

Abaixo, confira 15 destaques imperdíveis na programação do 31º Festival Mix Brasil:

MIXGAMES

Celebrando a diversidade e a inclusão, este ano o Mix Brasil vai contar com a seleção especial de games inéditos lançados no festival, como o Lipsync Killers, jogo musical com elementos de RPG e luta, inspirado nas famosas batalhas de dublagens das drags; My True Self, visual novel em que o jogador guia um menino trans em sua jornada para encontrar um novo nome e descobrir a si mesmo; Pivot of Hearts, uma segunda chance para o amor numa visão não-monogâmica; e Hands of Timber, abordando de forma sensorial a solidão de um homem negro e gay através de polaroids.

O jogo "Lipsync Killers", presente no MixGames [Foto: Festival Mix Brasil/Divulgação]
O jogo “Lipsync Killers”, presente no MixGames [Foto: Festival Mix Brasil/Divulgação]

EXPERIÊNCIAS XR

Este ano, 9 instalações XR de realidades estendidas com temáticas LGBTQIA+ vindas da França, Finlândia, Chile, EUA e Brasil serão exibidas no MIS para que os visitantes vivam experiências de diferentes linguagens e recursos tecnológicos, incluindo Queer Utopia, Tom House the VR Experience, Secret ID, Labirinto Imersivo, dentre outros.

A instalação “Queer Utopia” [Foto: Festival Mix Brasil/Divulgação]

ESPETÁCULOS MULTIMÍDIA 

O 31º Mix Brasil também vai contar com espetáculos multimídias, incluindo a première nacional de O Futuro, performance teatral francesa considerada uma ode à necessidade de desaceleração do nosso mundo; Labirinto Feminino, com Wallie Ruy, Gabriela Gama e Shirtes Filho, onde monólogos intensos exploram o ciclo da violência doméstica com mulheres trans e cis; e Desiries’Series #1, inspirado na obra do artista e fotógrafo brasileiro Fabio Motta. Entre os dias 9 e 18 de novembro no Teatro Sérgio Cardoso, com disponibilização nas plataformas digitais do #Mix e #CulturaEmCasa.

A performance teatral francesa “O Futuro” [Foto: Festival Mix Brasil/Divulgação]

20.000 ESPÉCIES DE ABELHAS

Estreia da diretora Estibaliz Urresola Solaguren, o espanhol 20.000 Espécies de Abelhas traz à cena a discussão sobre crianças trans com sensibilidade e emoção, ressaltando questões pertinentes sobre identidade de gênero. Sofia Otero, a atriz que vive a protagonista Lucía, recebeu o Urso de Prata de Melhor Performance na Berlinale deste ano.

“20.000 Espécies de Abelhas” [Foto: Festival Mix Brasil/Divulgação]

ASSEXYBILIDADE 

Em AssexybilidadeDaniel Gonçalves (de Meu nome é Daniel) explora um assunto ainda pouco debatido no audiovisual, procurando desmistificar tabus e pré-conceitos: as histórias e vivências sobre sexualidade de pessoas com deficiência.

“Assexybilidade” [Foto: Festival Mix Brasil/Divulgação]

BIRDER

No erotic thriller Birder, de Nate Dushku, Kristian Brooks (Michael Emery) é um apreciador de pássaros que invade um acampamento de nudismo queer em New Hampshire. Lá, ele usa o que precisa para prender os moradores locais em seu fetiche sombrio.

“Birder” [Foto: Festival Mix Brasil/Divulgação]

KOKOMO CITY: A NOITE TRANS DE NOVA YORK 

Neste documentário, D. Smith reuniu as histórias de quatro mulheres trans e negras (Koko Da Doll, Daniella Carter, Liyah Mitchell e Dominique Silver) que trabalham como profissionais do sexo nas noites de Nova York e Georgia, nos Estados Unidos. O filme foi elogiado pela maneira como explora a vida de suas protagonistas, sem perder o otimismo mesmo em frente aos dados alarmantes sobre a realidade da violência contra pessoas transgênero.

“Kokomo City” [Foto: Festival Mix Brasil/Divulgação]

LEVANTE

Premiado em Cannes pela Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci), o nacional Levante, de Lillah Halla, conta o dilema de Sofia, uma jovem jogadora de vôlei que engravida e decide fazer um aborto fora do país. Ayomi Domenica Dias, Loro Bardot, Onna Silva e Lorre Motta são alguns dos nomes no elenco.

“Levante” [Foto: Festival Mix Brasil/Divulgação]

M DE MÃES

Fazendo sua estreia nacional nesta 31ª edição do Mix Brasil, o novo documentário de Lívia Perez (Quem Matou Eloá? e Lampião da Esquina) mostra a realidade da maternidade lésbica com o casal Marcela e Melanie.

“M de Mães” [Foto: Festival Mix Brasil/Divulgação]

MUTT

Primeiro filme do diretor Vuk Lungulov-Klotz, Mutt estreou este ano no Festival de Sundance e fez história ao ganhar o Prêmio Especial do Júri para Lío Mehiel, primeiro ator trans a vencer a categoria. Na história, Feña (Mehiel) reencontra seu pai, seu ex-namorado e sua irmã após ter perdido contato com eles quando iniciou seu processo de transição.

“Mutt” [Foto: Festival Mix Brasil/Divulgação]

ORLANDO, MINHA BIOGRAFIA POLÍTICA

Em 1928, Virginia Woolf escreveu Orlando, o primeiro romance em que o personagem principal muda de identidade de gênero no meio da história. Um século depois, o escritor e ativista Paul B. Preciado decide enviar uma carta filmada a ela, explorando como a narrativa saiu da sua ficção e agora vive uma realidade que nem mesmo Wolf poderia imaginar. Orlando, Minha Biografia Política conta com um elenco de 25 pessoas diferentes, trans e não binárias, e venceu o Prêmio Teddy de Melhor Documentário na Berlinale deste ano.

“Orlando, Minha Biografia Política” [Foto: Festival Mix Brasil/Divulgação]

REMENDO

Eleito o melhor curta-metragem na última edição do Festival de Gramado, Remendo, de Roger Ghil, traz a história de Zé (Elídio Netto), um homem negro de meia-idade que tem uma oficina de eletrodomésticos na periferia e está em busca de amor.

“Remendo” [Foto: Festival Mix Brasil/Divulgação]

SISSI E EU

Protagonizado por Susanne Wolff e Sandra Hüller, Sissi e Eu mostra a amizade da imperatriz austríaca Elizabeth com sua última dama de companhia, Irma Condessa von Sztáray. O filme estreou no Festival de Berlim e foi dirigido pela cineasta alemã Frauke Finsterwalder.

“Sissi e Eu” [Foto: Festival Mix Brasil/Divulgação]

TODA NOITE ESTAREI LÁ

Suellen Vasconcelos e Tati Franklin debatem transfobia e religião no documentário Toda Noite Estarei Lá, que acompanha a rotina e luta da cabelereira trans Mel Rosário, impedida de frequentar a igreja evangélica Assembleia de Deus.

“Toda Noite Estarei Lá” [Foto: Festival Mix Brasil/Divulgação]

TUDO O QUE VOCÊ PODIA SER

Vencedor dos troféus de Melhor Direção na mostra Première Brasil Novos Rumos e o Prêmio Especial do Júri na mostra Felix, ambos do Festival do Rio, este documentário de Ricardo Alves Jr. acompanha a saga de Aisha em seu último dia em Belo Horizonte, se despedindo das melhores amigas Bramma, Igui e Will.

“Tudo O Que Você Podia Ser” [Foto: Festival Mix Brasil/Divulgação]
Para maiores informações, acesse o site oficial do Festival MixBrasil e as redes sociais Facebook, Instagram, Twitter/X e Youtube.

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