Revista Híbrida
Cinema & TV

Festival Mix Brasil: 15 filmes imperdíveis na programação

Linn da Quebrada será homenageada com o prêmio Ícone Mix na 30ª edição do Festival Mix Brasil [Foto: Wallace Domingues/Divulgação]

A 30ª edição do Festival Mix Brasil, tradicional festival cultural que celebra a diversidade LGBTI+, começou na última quarta-feira (9), em São Paulo. Sob o tema “Toda Forma de Existir”, o evento traz para a capital paulista 119 filmes nacionais e internacionais, experiências de realidade virtual (VR), shows, palestras, espetáculos teatrais, workshops e outras atrações até o próximo dia 20.

A homenageada pelo prêmio Ícone Mix, que já consagrou Marina Lima, Marcia Pantera e Ney Matogrosso nas últimas edições, será Linn da Quebrada. O festival também vai contar com a presença do diretor Lukas Dhont, de Close, que faz parte da programação.

Abaixo, separamos uma lista com os principais filmes do 30º Mix Brasil. Confira as sinopses e datas com locais de exibição:

“A Filha do Palhaço” (Brasil)

De Pedro Diógenes, A Filha do Palhaço conta a história de Joana, uma adolescente de 14 anos e seu pai, Renato, um humorista que apresenta seus shows em churrascarias, bares e casas noturnas de Fortaleza interpretando a personagem Silvanelly. Apesar de mal se conhecerem, eles terão que conviver durante uma semana, vivendo novas experiências e sentimentos. Lis Sutter, Demick Lopes, Jesuíta Barbosa, Jupyra Carvalho, Ana Luiza Rios e Valéria Vitoriano no elenco. Exibição:

“Adão, Eva e o Fruto Proibido” (Brasil)

Na trama, Ashley (Danny Barbosa), uma mulher trans, finalmente tem a oportunidade de se aproximar do filho, fruto da relação com a amiga Suzana (Manoa Vitorino), após 15 anos. O curta-metragem dirigido e escrito por R.B. Lima também fez parte do 54º Festival de Brasília. Exibições:

“Antes que eu mude de ideia” (Canadá)

Ambientado em 1987, Antes que eu mude de ideia traz Vaughan Murrae como Rubin, jovem não-binárie que se muda com a família para o interior, onde tem que tentar se ajustar e enfrentar os conflitos na nova escola provocados pelo bully Carter (Dominic Lippa). Dirigido por Trevor Anderson, que faz uma ponta como professor de música, o filme estreou no Festival de Locarno, na Suíça. Exibições:

“BR Trans” (Brasil)

O documentário dirigido por Raphael Alvarez e Tatiana Issa, que já colaboraram no filme que conta a história do grupo de dança e teatro Dzi Croquettes, dá voz à população transexual através da justaposição do livro e peça de mesmo nome protagonizada e idealizada por Silvero Pereira. Exibições:

"BR Trans" traz recortes de peça de mesmo nome protagonizada por Silvero Pereira [Foto: Reprodução]
“BR Trans” traz recortes de peça de mesmo nome protagonizada por Silvero Pereira [Foto: Reprodução]

“Close” (Bélgica/França/Holanda)

Vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes, que dividiu com Stars at Noon, Close é o segundo longa de Lukas Dhont, que estreou com o elogiado O Florescer de Uma Garota (2018). Na nova trama, a amizade entre os jovens Léo (Eden Dambrine) e Rémi (Gustav de Waele) acaba de repente com a chegada do novo ano escolar, mas há algo por trás desse rompimento. O filme também foi selecionado como representante da Bélgica na próxima cerimônia do Oscar e, em breve, chega ao catálogo do Mubi. Exibições:

“Corpolítica” (Brasil)

Dirigido pelo jornalista Pedro Henrique França e produzido em parceria com o ator Marco Pigossi e Nathália Ribeiro, o documentário escancara a falta de representatividade LGBTI+ no cenário político brasileiro e as violências cometidas contra aqueles que tentaram e/ou conseguiram se eleger nas eleições de 2020. Também aborda o impacto do governo e da campanha de Jair Bolsonaro, assim como das fake news criadas especificamente contra a nossa comunidade e disseminadas à exaustão. O filme levou o troféu de Melhor Documentário no Prêmio Félix do Festival do Rio. Exibições:

O documentário “Corpolítica”, dirigido por Pedro Henrique França (dir.) e co-produzido com Marco Pigossi (esq.) traz depoimento de Erika Hilton [Foto: Divulgação]

“Filhos da Noite” (Brasil)

Neste documentário de Henrique Arruda, responsável pelo comovente curta Os Últimos Românticos do Mundo (2020), vencedor do Prêmio Híbrida no Pajubá – Festival de Cinema LGBTI+ do Rio de Janeiro, sete homens gays entre 50 e 70 anos compartilham suas memórias, vivências, e imagens noturnas, questionando-se sobre qual lugar seus corpos ocupam agora. Confira nossa entrevista com o diretor aqui. Exibições:

“Fogo-Fátuo” (Portugal/França)

Com Mauro Costa, André Cabral, Joel Branco, Oceano Cruz e Margarida Vila-Nova no elenco, a comédia de João Pedro Rodrigues se passa em 2069, ano talvez erótico, mas fatídico para um rei sem coroa. No seu leito de morte, uma canção antiga o faz rememorar árvores, um pinhal ardido e o tempo em que o desejo de ser bombeiro para libertar Portugal do flagelo dos incêndios foi também o despontar de outro desejo. Exibições:

“Não é a primeira vez que lutamos pelo nosso amor” (Brasil)

Dirigido por Luís Carlos de Alencar, o documentário aborda as histórias de perseguição e violência contra a população LGBTI+ durante a ditadura civil-militar no Brasil e como esse mesmo grupo constituiu suas resistências, transformando-se em sujeito fundamental do processo de redemocratização. O filme traz depoimentos tão emocionantes quanto aterrorizantes, contados por um time de verdadeiros ícones dos direitos LGBTI+ no Brasil, que viram, viveram e lutaram naquela época e hoje. Entre eles, nomes como João Silvério TrevisanJaqueline Gomes de Jesus, James Green e Luiz Mott. Exibições:

“Paloma” (Brasil)

Grande ganhador do Festival do Rio, Paloma venceu as categorias de Melhor Longa de Ficção e Melhor Atriz para Kika Sena na Première Brasil, competição principal do evento, além de ter levado o troféu de Melhor Filme Brasileiro no Prêmio Félix, voltado para obras com temática LGBTI+. Dirigido por Marcelo Gomes, Paloma traz a história de uma mulher trans que está decidida a realizar seu maior sonho: um casamento tradicional, na igreja, com o seu namorado, Zé (Ridson Reis). Com a recusa do padre local de celebrar a cerimônia, Paloma vai lutar para atingir seus objetivos. Exibição:

“Panteras” (Brasil)

Dirigido e escrito por Breno Baptista (O Bando Sagrado), Panteras traz a história de três amigas que precisam se despedir para se reencontrar. Renan, Noá Bonoba, Laura Fraiz, Fab Nardy e Muriel Cruz integram o elenco. O filme fez parte da última edição do Festival Queer Lisboa. Exibição:

Cena de “Panteras”, de Breno Baptista [Foto: Reprodução]

“Pornomelancolia” (Argentina/Brasil/França/México)

Em Pornomelancolia, Lalo é um influenciador sexual que posta nudes e vídeos pornôs caseiros para seus milhares de seguidores. Embora aparente ter tudo sob controle o tempo todo, no íntimo é um solitário que vive em constante estado de melancolia. O documentário de ficção foi dirigido pelo argentino Manuel Abramovich e traz Lalo Santos no papel principal. Exibições:

“Transe” (Brasil)

Com Luisa Arraes, Ravel Andrade e Johnny Massaro, Transe traz um romance entre os jovens vividos pelos três atores que, baseados no amor livre, acabam se deparando com um perigo iminente que ameaçar colocar o futuro de todos em risco: as eleições 2018. O filme foi escrito e dirigido repetindo a dobradinha de Carolina Jabor com Anne Pinheiro Guimarães, que já colaboraram juntas na série Desnude, do GNT. Exibição:

“Três Tigres Tristes” (Brasil)

Na comédia de Gustavo Vinagre, três jovens – um aspirante a artista plástico, uma mulher transsexual e uma drag queen – vagam por uma São Paulo distópica, assolada por uma pandemia cujo vírus afeta principalmente a memória. Estrelado por Jonata Vieira, Isabella Perera, Pedro Ribeiro e Filipe Rossato. Exibição:

“Uýra – A Retomada da Floresta” (Brasil/EUA)

Inspirado na criação de Emerson Pontes, o documentário de Juliana Curi mostra a jornada de Uýra, uma artista trans indígena que viaja pela Amazônia em uma jornada de autodescoberta usando a arte performática para ensinar aos jovens indígenas que eles são os guardiões das mensagens ancestrais da floresta amazônica. O filme venceu o Prêmio da Audiência de Melhor Documentário no Festival Internacional de Cinema LGBT de São Francisco. Confira nossa entrevista exclusiva com Uýra Sodoma aqui. Exibição:

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