Revista Híbrida
Esportes

Olimpíadas da Diversidade: os melhores momentos LGBTI+ em Tóquio

Tom Daley tricotando, a medalha de Ana Marcela Cunha e os stories de Douglas Souza foram destaques nas Olimpíadas 2020

Os Jogos Olímpicos de 2020/21 chegaram ao fim, mas como contamos aqui, uma das principais vitórias dessa edição foi o recorde de mais de 180 atletas abertamente LGBTI+ que competiram, marcando essas como as “Olimpíadas da Diversidade“.

Um levantamento feito pela Thomson Reuters Foundation aponta que, se formassem um país, os atletas LGBTI+ teriam ficado na 7ª posição durante as Olimpíadas, acima da Holanda e abaixo da Austrália. Ao todo, eles conseguiram 32 medalhas: 11 de ouro, 12 de prata e nove de bronze.

Abaixo, nós selecionamos os melhores momentos para a comunidade LGBTI+ durante as Olimpíadas, reunindo visibilidade, representatividade e, claro, memes e diversão porque ninguém é de ferro. Confira abaixo:

Tom Daley tricotando na arquibancada

Não bastasse ter levado a medalha de ouro no salto sincronizado de 10 m, o atleta britânico conquistou o mundo inteiro quando apareceu tricotando um cardigan nas arquibancadas. O resultado rendeu um perfil à parte no Instagram (sigam o @madewithlovebytomdaley) e o título de “Rodrigo Hilbert das gays”.

Laurel Hubbard recebe apoio das competidoras 

Apesar de ter enfrentado notícias e discursos transfóbicos antes mesmo de competir (inclusive nas nossas redes sociais), Laurel Hubbart foi parte importante desta primeira onda de atletas trans nas Olimpíadas. Mesmo que não tenha levado nenhuma medalha para casa e anunciado a sua aposentadoria após a edição, a neozelandesa de 43 anos recebeu o apoio das competidoras, que celebraram a visibilidade que ela trouxe para o halterofilismo.

Laurel Hubbard, halterofilista da Nova Zelândia, é a primeira atleta trans a competir nos jogos olímpicos (Foto: Reprodução)
Laurel Hubbard, halterofilista da Nova Zelândia, é a primeira atleta trans a competir nos jogos olímpicos (Foto: Reprodução)

Dougla Souza conquista o Brasil

Antes mesmo de os Jogos começaram, o Brasil já tinha eleito Douglas Souza como a nova suprema das redes sociais, graças à forma dvertida e despreocupada com que ele apresentou os colchões, a comida, “coletou veneno” para os testes de covid e perturbou a vida de Jooorgess na Vila Olímpica. Mais do que isso, o ponteiro reanimou a nossa paixão e torcida pelo voleibol masculino, que andava em frangalhos nos últimos anos.

Quinn se torna a primeira pessoa trans, não-binárie e com medalha de ouro 

Quinn se tornou a primeira pessoa trans e não-binária a ganhar uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos, após a seleção feminina do Canadá ter vencido a Suécia na disputa pelo pódio. “O esporte é a parte mais animadora da minha vida e a que me traz mais alegria. Se eu puder permitir que crianças disputem o esporte que amam, então esse é o meu legado e o porquê de eu estar aqui”, disse.

Marta cantando “Não deixe o samba morrer”

A maior artilheira do Brasil não conseguiu conter a emoção ao cantar esse clássico do samba após a Seleção Feminina ter sido eliminada da disputa. “Não deixa morrer, dentro nem fora de campo”, cantou. Se depender dela, não deixaremos.

As meninas da Seleção Feminina de Vôlei

Seja pelo semblante concentrado de Fe Garay, o sangue nos olhos de Pinkmary Rosamaria ou até o suposto “rebuceteio” entre as jogadoras, a Seleção Feminina de Vôlei conquistou a torcida, as redes e o mundo lésbico, antes mesmo de conseguirem a medalha de prata para o Brasil.

A trilha da ginástica rítmica

De Pabllo Vittar e Billie Eilish a Britney Spears e Beyoncé, a ginástica rítmica trouxe apresentações lindas e com trilhas sonoras que parecem ter vindo direto de uma baladinha pop.

Pabllo Vittar, mais uma vez longe demais

Falando em Pabllo, a drag brasileira marcou presença ao longo de todas as Olimpíadas, sendo uma das artistas mais tocadas nos intervalo. Teve “Zap Zum”, “Triste com T”, “Amor de Que” e tantos hits que teve quem chamasse a cantora de “MC Olimpíadas”.

Margie Didal é brasileira honorária

O País inteirou vibrou, torceu e se emocionou quando Rayssa Leal levou a medalha de prata no skate, mas a amizade da brasileira com a filipina Margie Didal também rendeu um dos melhores momentos do verdadeiro “espírito olímpico” na disputa. Margie, que namora uma garota há seis anos, recebeu o título de brasileira honorária pelo seu bom humor, humildade e empolgação ao longo das provas.

O ouro de Ana Marcela

Não bastasse conseguir o almejado ouro na Maratona Aquática, Ana Marcela Cunha ainda dedicou a vitória aos pais e à namorada, Maria Clara Fontoura, a qual vibrou tanto que seus vizinhos chegaram a chamar a polícia, preocupados com a gritaria. “No sprint final, a gente começou a gritar enlouquecidamente. E, logo depois, a campainha começou a tocar loucamente. Eram cinco moradores, a síndica e a polícia perguntando o que estava acontecendo”, contou em entrevista à TV Globo.

O manifesto da Holanda

Além de quebrarem o recorde com sua quarta medalha de ouro, o time feminino de Hóquei também fez em seu Instagram uma declaração pública de apoio à diversidade: “Respeito e aceitação são dois dos valores principais do nosso time, respeitando e aceitando pessoas de todas as raças, gênero, etnicidade, sexualidade, capacidade e idade.”

A homenagem de Nesthy Petecio no boxe feminino

Nesthy Petecio fez história ao se tornar a primeira filipina medalhista no boxe feminino e não segurou as lágrimas durante seu discurso de vitória: “Tenho orgulho de ser parte da comunidade LGBTQ”, disse a atleta, que é abertamente lésbica. “Vá em frente, lute! Essa vitória também é para você. Seja qual for o seu gênero, continue lutando.”

Com a prata, Nesthy Petecio se torna a primeira filipina a vencer uma medalha pelo boxe nos Jogos Olímpicos (Foto: AP | Luis Robayo)

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