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Federação Internacional de Xadrez proíbe mulheres trans em competições

Federal Internacional de Xadrez proíbe participação de mulheres trans em competições (Foto: Pexels)

Federal Internacional de Xadrez proíbe participação de mulheres trans em competições (Foto: Pexels)

A Federação Internacional de Xadrez (Fide) decidiu vetar a participação de mulheres transexuais em seus torneios oficiais que sejam exclusivamente femininos. A nova diretriz foi divulgada durante a Copa do Mundo de Xadrez, que acontece até o próximo dia 25 em Baku, no Azerbaijão.

De acordo com o documento, a Fide estabelece que a alteração do gênero deve ser solicitada pelo enxadrista cadastrado junto com a sua certidão de nascimento, passaporte e outros documentos de identificação, além de provas em conformidade com o país de origem.

No entanto, a entidade máxima do Xadrez frisa que “caso o gênero tenha sido alterado de masculino para feminino, o jogador não tem direito de participar de eventos oficiais da Fide para mulheres antes de uma nova decisão da entidade”, o que pode levar até dois anos. Outro ponto do documento diz que caso o enxadrista mude o gênero de feminino para masculino, deverá perder todos os títulos conquistados anteriormente nos torneios femininos.

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Alguns nomes importante do Xadrez criticaram a decisão da Fide, como a bicampeã dos EUA, Jennifer Shahade: “A política da Fide para transgêneros é ridícula e perigosa. É óbvio que eles não consultaram nenhum enxadrista transgênero para construir essa regulamentação. Também é uma hora sinistra que isso apareça apenas quando o xadrez está finalmente avaliando agressão e assédio sexual na modalidade, destacando as ligações entre misoginia e transfobia. Eu recomendo veementemente que a Fide reverta a decisão e comece do zero com melhores consultores.”

O Xadrez é classificado como esporte pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), que determinou em 2021 que cada modalidade deve definir seus próprios critérios quanto à elegibilidade de pessoas transexuais e intersexuais para suas disputas internas.

Segundo a Fide, muitas pessoas transexuais têm entrado em contato com a entidade buscando se inscreverem em competições oficiais. O que a federação não explicou, entretanto, é qual seria a suposta vantagem cognitiva ou intelectual que poderia dar alguma vantagem a pessoas transexuais e o por quê da diferenciação entre homens e mulheres que transicionam de gênero.

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