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Polícia atira em manifestantes durante protestos pró-LGBTI+ nos EUA

Polícia atira em manifestantes durante protestos pró-LGBTI+ nos EUA (Foto: The Mega Agency)

Polícia atira em manifestantes durante protestos pró-LGBTI+ nos EUA (Foto: The Mega Agency)

No último sábado, um protesto a favor dos direitos de pessoas transexuais, realizado no bairro de Koreatown, em Los Angeles, nos Estados Unidos, terminou em violência policial contra os manifestantes e prisões arbitrárias. A manifestação, que envolveu ativistas LGBTI+ e conservadores, aconteceu em frente ao Wi SPA, palco de um vídeo que viralizou nas redes sociais. Nele, uma cliente nervosa reclama com a equipe do estabelecimento sobre a suposta presença de uma mulher trans, nua, na seção feminina do recinto, ao que uma funcionária alega estar em conformidade com a lei.

Este foi o segundo protesto realizado no local e motivado pelo vídeo. No último mês, as imagens responsáveis pelo confronto foram amplamente divulgadas por pessoas e meios de comunicação ligados à extrema-direita, gerando controvérsia após integrantes da comunidade transexual dos EUA terem questionado sua veracidade, já que ninguém apareceu posteriormente para corroborar a história.

Além disso, em declaração enviada à Los Angeles Magazine no final de junho, o SPA responsável alegou que nenhuma cliente trans havia marcado horário no dia em que o incidente teria supostamente acontecido, além de reforçar que o estabelecimento possui uma política de respeito à inclusão.

“Como muitas outras áreas metropolitanas, Los Angeles possui uma população transgênera, e alguns gostam de visitar um SPA. O Wi SPA busca atender as necessidades de todos os nossos clientes”, disseram.

A manifestação do final de semana anterior foi dominada pelo movimento conservador, que àquela altura pediu boicote ao estabelecimento. Porém, neste último sábado, pessoas a favor dos direitos trans compareceram ao local para um contraprotesto e o episódio terminou em violência, com a polícia de Los Angeles agindo de forma truculenta e arbitrária contra os ativistas pró-LGBTI+.

Em vídeos postados no Twitter, é possível observar agentes policiais atirando com balas de borracha e batendo em manifestantes. Lois Beckett, jornalista do The Guardian, tentou entrevistar os integrantes da extrema-direita no local, mas foi perseguida e jogada no chão. “Eles jogaram água em mim e gritaram sobre Jesus e falaram que pegariam meu celular”, escreveu.

Para o movimento conservador, a presença de mulheres trans nos banheiros femininos é considerada uma ofensa por, segundo eles, colocar em risco a vida de outras mulheres e das crianças. Muitos dos projetos de lei introduzidos nos Estados Unidos em 2021 possuem o intuito de limitar o acesso de pessoas trans aos banheiros, além de bani-las de esportes, negar assistência médica, dentre outros.

De acordo com a polícia, pelo menos 40 pessoas teriam sido presas durante os protestos, a maioria delas pró-LGBTI+. Abaixo, veja o vídeo original que motivou as manifestações:

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