A Editora Record divulgou na última terça-feira (20) a capa do livro Marielle e Monica: Uma história de amor e luta, que fala sobre o relacionamento de 14 anos entre Marielle Franco e Monica Benício, interrompido tragicamente após o assassinato da ex-vereadora do PSOL, em 2018. O livro foi escrito pela viúva de Marielle durante os quatro anos que se seguiram à sua morte e revela em 240 páginas os detalhes do romance vivido por elas.
A data do anúncio foi escolhida por marcar os 20 anos desde que o casal se conheceu. “Peço licença pra falar de amor como a forma de luta incansável daqueles que se negam a aceitar o mundo tal como é. Esse livro é uma promessa pra todas as mulheres que ousam amar outra mulher e sabem que isso é revolucionário”, disse Monica, que desde 2020 atua como vereadora da cidade do Rio de Janeiro.
Essa é a capa do meu livro. Sim, finalmente! E eu estou muito emocionada em compartilhar com vocês justamente hoje.
Há 20 anos, no dia 20 de fevereiro, eu conheci Marielle. Estávamos indo, num grupo de amigas, para uma viagem de carnaval. E tudo mudou.
Agora, a pouco tempo de… pic.twitter.com/h9gzJ87zUs
— Monica Benicio 🏳️🌈 (@monica_benicio) February 20, 2024
O lançamento de “Marielle e Mônica” está marcado para o dia 1º de abril, mas o livro já está em pré-venda no site da Amazon. Em menos de 48 horas, o título entrou na lista de mais vendidos da plataforma, liderando o ranking nas categorias de Biografias de Comunidade e Cultural, Biografias Políticas e Livros e Leitura.
“Poder parir esse livro, que não é só uma história de amor, mas de amor entre duas mulheres — com todo o peso, fúria, desencontros e dores que isso gera — é um alívio e também a forma que encontrei de não morrer junto, de insistir na memória imperecível e de lutar por justiça.Não a justiça que o Estado Brasileiro deve a mim e aos familiares de Marielle.
Mas a justiça que o mundo deve a Marielles que, como ela, moveram as estruturas para construir um lugar digno pra nós mulheres, mulheres lésbicas, LGBTs, faveladas e favelados, pessoas negras, pobres. Marielle ainda representa todas essas minorias, mesmo que sua garganta tenha sido silenciada de alguma forma pela morte física”, completou Monica.
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