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MP denuncia vereador por homofobia contra Paulo Gustavo e Thales Bretas

Paulo Gustavo e Thales Bretas foram alvo de discurso homofóbico proferido pelo vereador de Maripá-PR, Donaldo Seling (Foto: Reprodução)

Paulo Gustavo e Thales Bretas foram alvo de discurso homofóbico proferido pelo vereador de Maripá-PR, Donaldo Seling (Foto: Reprodução)

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou na última sexta-feira (9) o vereador Donaldo Seling (Cidadania), do município de Maripá, na região oeste do Estado. O parlamentar foi indiciado pelo crime de racismo previsto no artigo 20, parágrafo 2º, da Lei 7.716/1989, após discurso de ódio com teor homofóbico contra o ator Paulo Gustavo e seu viúvo, Thales Bretas

Em sessão realizada no dia 3 de maio, um dia antes da morte do ator, e transmitida ao vivo pela internet, Seling, ao mencionar o Dia das Mães, criticou a união do casal, afirmando que: “Esta coisa moderna não serve para mim: um é marido e o outro é marido também, não podemos pregar esse tipo de coisa. Tem que saber quem seria a mulher dos dois, para poder agradecer no Dia dos Pais. Quem é a mãe das duas?”. 

“Não podemos perder o que realmente há no coração de uma mãe, que há de mais bonito em uma família unida. Pai e mãe, não marido com marido, ou marida com marida. Não sei como é que fala essa porcaria de tanto que eu odeio isso. Sou da época que homem é homem, mulher é mulher”, completou.

À época, o Cidadania divulgou uma nota de repúdio, alegando que “as palavras do mandatário não refletem em nenhum aspecto a posição do partido” e que “não aprova atos homofóbicos ou qualquer outro tipo de preconceito”. Posteriormente, o vereador foi expulso da legenda, por unanimidade do diretório estadual.

Após a divulgação da denúncia nesta segunda (12), o MP do Paraná declarou que as falas de Steling possuem “conduta homofóbica e/ou transfóbica, que envolve aversão odiosa à orientação sexual ou à identidade de gênero”. Além disso, a promotoria também requereu a fixação de um valor mínimo para reparação de dano coletivo causado pelo discurso homofóbico.

O caso agora tramita na Vara Criminal de Palotina. 

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