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Parada do Orgulho LGBTQIA+ do Rio: saiba os detalhes da edição de 2024

Parada do Orgulho LGBTQIA+ do Rio de Janeiro divulga detalhes da edição de 2024 (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A Praia de Copacabana será mais uma vez o cenário da Parada do Orgulho LGBTI+ do Rio de Janeiro, um dos eventos mais tradicionais e importantes na agenda da nossa comunidade. Em 2024, a Parada chega à sua 29ª edição, com o tema “Somar Para Fortalecer”, que pretende abordar questões relacionadas à cidadania, sustentabilidade ambiental e responsabilidade social.

A edição deste ano vai contar com 15 trios elétricos, o que lhe garantiu o posto de terceiro maior evento no calendário da cidade do Rio de Janeiro. A organização pretende garantir a segurança do público com 25 torres de segurança espalhadas pela orla de Copacabana, além de postos de atendimento do Tribunal de Justiça, do Ministério Público Estadual, da Polícia Civil e da Defensoria Pública do Rio de Janeiro.

O reforço da segurança é similar ao que tem sido feito no último Réveillon. A Parada também terá 10 tendas de educação ambiental.

O pioneirismo da Parada do Orgulho LGBTQIA+ do Rio

Fundada há 29 anos pelo Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, a Parada do Rio é a primeira do Brasil e um símbolo de resistência e visibilidade para a comunidade LGBTI+. Cláudio Nascimento, presidente do grupo e coordenador geral do evento, ressalta a importância do evento na luta contra a intolerância e o preconceito. “Sempre levamos temas politizados para mobilizar a comunidade e cobrar ações dos governos em prol dos direitos LGBTI+”, afirma, em comunicado.

Nascimento recorda como a Parada surgiu em um contexto de medo e invisibilidade para a população LGBTQIA+ do Brasil. “Nos anos 90, as pessoas tinham receio de expressar afeto publicamente. Precisávamos romper com esse silêncio e ocupar as ruas, mostrando nosso amor e nossa identidade”, aponta. Essa luta por visibilidade continua sendo essencial, não apenas para a comunidade como um todo, mas para toda a sociedade.

Presidente do Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, Cláudio Nascimento se reuniu com as autoridade do Rio para garantir uma Parada do Orgulho LGBTQIA+ segura (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
Presidente do Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, Cláudio Nascimento se reuniu com as autoridade do Rio para garantir uma Parada do Orgulho LGBTQIA+ segura (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Mesmo com todo esse legado e histórico de ativismo em prol da comunidade, o Grupo Arco-Íris enfrentou desafios para colocar os trios em Copacabana na sua edição anterior, principalmente pela falta de grandes patrocinadores.

“A gente pode fazer luta com muita garra, mas com alegria e celebração junta; pode combinar celebração com manifestação. A gente pode ter uma fala bem dura e cuidar do irmão e da irmã que estão do lado. Somos singulares, é nosso modo de construir a política pública, com amor e luta”, comentou Cláudio à época. “Se a gente não reconhece o que produzimos, a gente se perde. É fundamental reconhecer nosso legado.”

Com o apoio do governo federal, através da Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional ao Turismo), e da Coordenadoria de Diversidade Sexual do Município (CEDS-Rio), o coletivo enfim conseguiu estender a bandeira do arco-íris novamente na Avenida Atlântica.

Este ano, o evento também destaca a importância de pensarmos na sustentabilidade, especialmente em face dos desastres ambientais recentes, como as cheias no Rio Grande do Sul e as queimadas na Amazônia e no Pantanal. O Grupo Arco-Íris enfatiza ainda a necessidade de engajamento social para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas, que buscam promover tanto a proteção ambiental quanto o desenvolvimento social.

Os ODS consistem em 17 objetivos e 169 metas acordados em 2015 por países membros da ONU, visando a construção de um futuro mais sustentável e igualitário. A inclusão desse tema na Parada reflete a intersecção entre direitos humanos e questões ambientais.

Os organizadores da 29ª Parada do Orgulho LGBTI+ no Rio destacam que o evento não tem apenas um caráter festivo, mas é também uma manifestação de direitos civis conquistados a duras penas e uma chamada à ação em prol de um mundo mais justo e sustentável, e que a união de todos é o caminho para garantir direitos permanentes e uma cidadania plena.

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