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Festival do Rio: 15 filmes LGBTI+ imperdíveis na programação

"Transe" de Carolina Jabor, "My Policeman" com Harry Styles e "Regra 34", vencedor do Festival de Locarno, são alguns dos filmes LGBTI+ de destaque na programação do Festival do Rio 2022 (Fotos: Divulgação)

Neste mês, uma das principais vitrines do audiovisual brasileiro está de volta para sua 24ª edição. O já tradicional Festival do Rio ocupa as salas de cinema da capital carioca até o próximo dia 16, trazendo alguns dos principais filmes nacionais e internacionais que foram premiados mundo afora ou começam agora seus ciclos de exibição, além de estreias nacionais e uma seleção especial de longas com temática LGBTI+ que concorrem ao Prêmio Félix.

Abaixo, a equipe da Híbrida selecionou 10 destaques de filmes LGBTI+ para assistir no festival. Confira aqui:

“My Policeman” (Reino Unido / Estados Unidos)

O romance gay, que traz Harry Styles no papel principal, conta a história de um policial na Grã-Bretanha dos anos 1950 que se apaixona pela professora na costa de Brighton. No entanto, ele logo começa um caso com um curador de museu, apesar de a homossexualidade ser ilegal no país.

My Policeman já causou polêmica antes mesmo de estrear, quando Styles revelou à edição britânica da Rolling Stone que, diferentemente de outras produções que trazem cenas de sexo quentes entre casais gays, o longa dirigido por Michael Grandage irá abordar a relação de forma terna e sensível. Ainda assim, o hype em torno do filme tem sido grande desde que o cantor e agora ator revelou ter gravado cenas em que aparecia parcialmente nu.

A expectativa em torno de My Policeman é tão grande que as três sessões previstas inicialmente no Festival do Rio esgotaram rápido e a produção abriu uma data extra nesta quarta-feira (12), Dia das Crianças, às 14h15, no Cinema São Luiz 2, no Largo do Machado.

Para quem ainda assim não conseguiu comprar seu ingresso, o filme já chega ao catálogo do Amazon Prime no próximo mês, em 4 de novembro. Exibições:

“Corpolítica” (Brasil)

Dirigido pelo jornalista Pedro Henrique França e produzido em parceria com o ator Marco Pigossi e Nathália Ribeiro, o documentário escancara a falta de representatividade LGBTI+ no cenário político brasileiro e as violências cometidas contra aqueles que tentaram e/ou conseguiram se eleger nas eleições de 2020. Também aborda o impacto do governo e da campanha de Jair Bolsonaro, assim como das fake news criadas especificamente contra a nossa comunidade e disseminadas à exaustão.

Corpolítica traz depoimentos de nomes como Erika Hilton, Monica Benício e William de Lucca. O documentário faz parte da Première Brasil no Festival e ainda concorre ao Prêmio Félix. Exibições:

O documentário "Corpolítica", dirigido por Pedro Henrique França (dir.) e co-produzido com Marco Pigossi (esq.) traz depoimento de Erika Hilton [Foto: Divulgação]
O documentário “Corpolítica”, dirigido por Pedro Henrique França (dir.) e co-produzido com Marco Pigossi (esq.) traz depoimento de Erika Hilton [Foto: Divulgação]

“Blue Jean” (Reino Unido)

Eleito o Melhor Filme pelo público na mostra paralela Gionarta degli Autori, dedicada ao cinema autoral no Festival de Veneza, Blue Jean é ambientado na Inglaterra do final da década de 1980, período em que o governo conservador de Margaret Thatcher realizou uma campanha contra a população LGBTI+ do País. Na história, Jean (Rosy Mcewen), uma professora de educação física, é obrigada a levar uma vida dupla, até conhecer uma nova aluna. Exibições:

O britânico “Blue Jean” foi um dos destaques no Festival de Veneza (Foto: Divulgação)

“Close” (Bélgica / Países Baixos / França)

Vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes, que dividiu com Stars at Noon, Close é o segundo longa de Lukas Dhont, que estreou com o elogiado O Florescer de Uma Garota (2018). Na nova trama, a amizade entre os jovens Léo (Eden Dambrine) e Rémi (Gustav de Waele) acaba de repente com a chegada do novo ano escolar, mas há algo por trás desse rompimento.

O filme também foi selecionado como representante da Bélgica na próxima cerimônia do Oscar e, em breve, chega ao catálogo do Mubi. Exibições:

“Não é a primeira vez que lutamos pelo nosso amor” (Brasil)

Dirigido por Luís Carlos de Alencar, o documentário aborda as histórias de perseguição e violência contra a população LGBTI+ durante a ditadura civil-militar no Brasil e como esse mesmo grupo constituiu suas resistências, transformando-se em sujeito fundamental do processo de redemocratização.

O filme traz depoimentos tão emocionantes quanto aterrorizantes, contados por um time de verdadeiros ícones dos direitos LGBTI+ no Brasil, que viram, viveram e lutaram naquela época e hoje. Entre eles, nomes como João Silvério TrevisanJaqueline Gomes de Jesus, James Green e Luiz Mott. Exibições:

“Transe” (Brasil)

Com Luisa Arraes, Ravel Andrade e Johnny Massaro, Transe traz um romance entre os jovens vividos pelos três atores que, baseados no amor livre, acabam se deparando com um perigo iminente que ameaçar colocar o futuro de todos em risco: as eleições 2018. O filme foi escrito e dirigido repetindo a dobradinha de Carolina Jabor (dos ótimos Boa Sorte, de 2014, e Aos Teus Olhos, de 2017) com Anne Pinheiro Guimarães, que já colaboraram juntas na série Desnude, do GNT. Exibições:

“Regra 34” (Brasil)

Em Regra 34, Simone (Sol Miranda) é uma jovem advogada negra que passou anos fazendo performances online de sexo para pagar a faculdade de Direito. Após ser admitida em um concurso para defensora pública, ela tenta reviver seu desejo sexual através do conhecimento pelas práticas BDSM. O filme é dirigido por Julia Murat, que assina também o roteiro com Gabriela Capello, Rafael Lessa e Roberto Winter. O longa venceu o Leopardo de Ouro, prêmio máximo no 75º Festival Internacional de Cinema de Locarno, na Suíça. Exibições:

“Três Tigres Tristes” (Brasil)

Na comédia de Gustavo Vinagre, três jovens – um aspirante a artista plástico, uma mulher transsexual e uma drag queen – vagam por uma São Paulo distópica, assolada por uma pandemia cujo vírus afeta principalmente a memória. Estrelado por Jonata Vieira, Isabella Perera, Pedro Ribeiro e Filipe Rossato. Exibições:

“A Cozinha” (Brasil)

Fãs de Johnny Massaro têm também a chance de ver a estreia do ator na direção com a adaptação cinematográfica de A Cozinha. O longa é inspirado na peça de mesmo nome criada por Felipe Haiut, que também atua e assina o roteiro do filme.

Na trama, Miguel (Haiut) convida Rodrigo (Saulo Arcoverde) para jantar em sua casa após 15 anos sem contato. No dia, Letícia (Julia Stockler), ex de Miguel, aparece sem ser convidada. A atmosfera desagradável se intensifica quando Rodrigo chega acompanhado de Carla (Catharina Caiado), sua noiva. Ao longo da noite, antigas memórias são revividas, redefinindo a vida do quarteto. Exibições:

“O Senhor das Formigas” (Itália)

O Senhor das Formigas, dirigido por Gianni Amelio, traz a história do poeta e dramaturgo Aldo Barbieri (Luigi Lo Cascio). Em um julgamento na década de 1960, ele foi condenado a nove anos de prisão, por submeter outra pessoa, física e psicologicamente, à sua própria vontade, segundo o processo.

Inspirado em fatos reais, este é um filme sobre a violência e a obtusidade do preconceito, sobre o amor submetido ao conformismo e à hipocrisia. O longa também participou da última edição do Festival de Veneza, onde chamou a atenção do público. Exibições:

“O Senhor das Formigas” integrou o line-up do Fesitval de Veneza 2022 [Foto: Reprodução]

“Cidadãos Preocupados” (Israel)

Ben vive num bairro repleto de imigrantes em Tel Aviv com seu namorado, Raz. Eles pensam em conseguir uma mãe de aluguel para o primeiro filho do casal e Ben busca alegrar a vizinhança plantando uma árvore na rua. Sua boa ação, no entanto, gera uma sequência de eventos que culminam numa ação violenta da polícia, o enchendo de culpa. Exibido no Festival de Berlim, o filme também integra a mostra Expectativas no Rio. Exibições:

“Priscila, a Rainha do Deserto” (Austrália)

Um dos maiores clássicos do cinema LGBTI+, Priscila, A Rainha do Deserto é um road movie dirigido e escrito por Stephan Elliott e lançado em 1994, que segue três drag queens em uma viagem de ônibus pelo interior da Austrália. Com prêmios, aclamações e adaptações para os palcos, ele firmou-se como título imprescindível na lista do cinema queer.

Aqui, listamos cinco motivos pelos quais o filme continua icônico quase 30 anos depois de chegar aos cinemas. No Festival do Rio, entretanto, ele terá uma exibição única como parte da mostra Midnight Movies. Confira a data e o horário:

“Mato Seco em Chamas” (Brasil / Portugal)

O brasileiro Adirley Queirós, crescido na Ceilândia, assina com a portuguesa Joana Pimenta a direção desse filme sobre o grupo ficcional Gasolineiras de Kebradas, tal como ecoa pelas paredes da Colméia, a Prisão Feminina de Brasília. O título concorre também na Première Brasil. Exibições:

“Mônica” (Estados Unidos / Itália)

Dirigido pelo italiano Andrea Pallaoro, o filme é o retrato íntimo de uma mulher trans que volta ao lar e revisita o doloroso passado para cuidar da mãe adoecida. Mônica, vivida por Trace Lysette (da série Tranparent e do filme As Golpistas), reencontra a família pela primeira vez desde a adolescência e experimenta uma jornada que envolve cura, perdão, aceitação, medo, abandono e desejo.

O filme entrou para a seleção oficial do Festival de Veneza e ainda tem Patricia Clarkson no elenco. Exibições:

https://www.youtube.com/watch?v=dP5ksZ6UE-8

“Pornomelancolia” (Argentina / França / Brasil / México)

O documentário do argentino Manuel Abramovich segue a rotina de Lalo, um influenciador sexual que posta nudes e vídeos pornôs caseiros para seus milhares de seguidores, mas apesar da atenção online e do aparente controle, no íntimo é um solitário que vive em constante estado de melancolia. Exibições:

Confira a programação completa dos filmes que concorrem ao Prêmio Félix.

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