Mesmo antes de começar, as Olimpíadas de Tóquio já entraram na história pelo desafio de serem realizadas um ano depois do previsto, em plena pandemia do coronavírus. Mas há também recordes positivos nesta edição dos jogos, e um dos principais é ter o maior número de atletas abertamente LGBTI+.
Um levantamento realizado pelo site OutSports indicou que são 168 atletas lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer ou não binários. Esse número é maior do que nos Jogos de Londres 2012 e na Rio 2016, que juntos somaram 79 atletas de acordo com a publicação.
Alguns destaques são as participações inéditas de atletas trans e não-binários. A neozelandesa Laurel Hubbard vai disputar o levantamento de peso na categoria de 87kg. Aos 43 anos, ela será a primeira trans a participar de uma Olimpíada. Já a canadense Quinn, de 25 anos, é a primeira jogadora de futebol que se identifica como tran e não-binária a competir nos jogos.
Outra personagem é Alana Smith, que disputou com a bandeira dos Estados Unidos a modalidade Skate Street, a mesma que deu a medalha de prata à nossa fadinha Rayssa Leal. Apesar de ter competido no Feminino, ela se identifica como não-binária e trouxe um debate sobre o uso de pronomes, tanto em inglês quanto em português.
Também no skate, a filipina Margielyn Didal conquistou o coração dos brasileiros durante a competição, principalmente pela simpatia, carisma e parceria com Rayssa. Aos 21 anos, ela namora desde os 15 com a universitária Jozel Manzanares.
É importante lembrar também do saltador Tom Daley. Desde 2013, quando se declarou publicamente como homossexual, o britânico se tornou um ícone da comunidade. E, em Tóquio 2021, ele finalmente realizou o sonho do ouro olímpico, vencendo a prova da Plataforma de 10 metros Sincronizado, ao lado de Matty Lee. Foi a terceira medalha de Daley, que conquistou bronzes em Londres e no Rio.
O Time Brasil se sobressai entre os países com mais representantes LGBTQ+ com 14 atletas, atrás somente de EUA (35), Canadá (17), Grã-Bretanha (16) e Países Baixos (16). Um dos destaques é ele: Douglas Souza. O ponteiro da seleção de vôlei se tornou o queridinho dos brasileiros nas últimas semanas, graças ao seu bom humor e espontaneidade nas redes sociais, mostrando os bastidores da vida de um atleta olímpico.
Quem também merece um aplausos é a rainha Marta. Eleita seis vezes a melhor jogadora de futebol do mundo, ela já conquistou duas pratas olímpicas e vai atrás de sua terceira medalha em Tóquio.
As outras atletas brasileiras abertamente da comunidade LGBTQ+ são: Aline Reis (Futebol), Ana Carolina (Vôlei), Ana Marcela Cunha (Natação), Andressa Alves (Futebol), Babi Arenhart (Handebol), Bárbara Barbosa (Futebol), Carol Gattaz (Vôlei), Formiga (Futebol), Geisa Arcanjo (Arremesso de Peso), Izabela da Silva (Disco), Letícia Izidoro (Futebol) e Silvana Lima (Surfe). Confira na galeria abaixo: