Híbrida
MUNDO

George Santos confessa crimes de fraude nos EUA

George Santos se declara culpado de acusações de fraude nos EUA (Foto: Reprodução Twitter / @MrSantosNY)

George Santos se declara culpado de acusações de fraude nos EUA (Foto: Reprodução Twitter / @MrSantosNY)

O ex-deputado George Santos, filho de brasileiros, pode pegar até 22 anos de cadeia após ter confessado crimes de fraude nos EUA. Durante uma audiência judicial realizada em Nova York nesta segunda-feira (19), ele assumiu duas das 23 acusações a qual foi indiciado em maio de 2023: responsabilidade perante as denúncias de fraude eletrônica e roubo de identidade.

“Entendo que minhas ações traíram meus apoiadores. Estou comprometido em fazer reparações e aprender com esta experiência”, disse, lamentando a conduta fraudulenta.

A confissão de culpa vem após uma série de negociações com os promotores de Justiça do país. As tratativas começaram quando Santos perdeu seu mandato, em dezembro de 2023. Inicialmente, ele havia declarado que era inocente de todas as acusações.

“O que a ‘comissão de ética’ fez hoje não faz parte do devido processo, o que fizeram foi envenenar o grupo de jurados da minha investigação em andamento com o Departamento de Justiça. Esse foi um ato sujo e parcial que pisoteia sobre os meus direitos”, afirmou George Santos à época, em suas redes sociais. “Vou continuar lutando por aquilo que acredito e não vou desistir nunca!”, acrescentou, alegando que teve “um ano de inferno”.

Quem é George Santos?

A carreira política e pública de George Santos se iniciou em 2022, quando ele se tornou o primeiro congressista abertamente gay eleito para um primeiro mandato pelo Partido Republicano dos Estados Unidos.

Pouco depois, diversos escândalos envolvendo seu nome começaram a tomar espaço nas imprensas estadunidense e brasileira, incluindo as mentiras sustentadas por ele sobre sua origem acadêmica, experiência profissional e até mesmo a identidade escondida como a drag queen Kitara Ravache.

No final do ano passado, George Santos foi expulso do cargo de deputado pela Câmara de Representantes dos EUA, após enfrentar uma série de acusações. Segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, George Santos teria cometido um total de 23 crimes no total, entre eles conspiração, lavagem de dinheiro, falso testemunho, falsificação de documentos, roubo de identidade agravado, fraude de cartão de crédito e roubo de verba pública.

“Santos supostamente liderou múltiplos esquemas criminosos adicionais, mentindo para o povo americano ao longo do processo. O FBI está comprometido em seguir as leis do nosso processo eleitoral. Qualquer um que tentar violar a lei como parte de uma campanha política vai encarar a punição no sistema criminal de justiça”, disse James Smith, diretor do FBI.

Agora, de acordo com a juíza Joanna Seybert, Santos pode ser condenado a mais de seis anos de prisão. A sentença será deliberada por ela, no dia 7 de fevereiro de 2025.

Entenda as duas acusações contra o ex-congressista abaixo:

Roubo de dinheiro de campanha

Antes de sua eleição para a Câmara dos Deputados dos EUA, George Santos contratou um consultor político para estabelecer contato com possíveis doadores e pedir fundos para a campanha. De acordo com as investigações, duas doações, estimadas em US$ 50 mil (em torno de R$ 272.115), foram arrecadadas e posteriormente transferidas para as contas pessoais de Santos. Ele utilizou o dinheiro para adquirir itens de luxo de marcas como Hermès e Ferragamo, realizar compras na Sephora, pagar tratamentos de botox e assinar serviços no OnlyFans.

Fraude de auxílio-desemprego 

Em 2020, Santos solicitou e obteve um auxílio governamental destinado a pessoas desempregadas devido à pandemia de Covid-19 nos EUA. No entanto, na época, ele estava empregado e acabou recebendo indevidamente mais de US$ 20 mil em benefícios.

LEIA TAMBÉM:

Notícias relacionadas

Canibalismo: homem é acusado de matar e comer parceiro após encontro

Revista Híbrida
3 anos atrás

George Santos confessa crimes de fraude nos EUA

Revista Híbrida
4 meses atrás

População LGBTQIA+ sob ataque nos Estados Unidos

Pedro Paiva
2 anos atrás
Sair da versão mobile