As Paralimpíadas de Tóquio 2020 começaram nesta terça-feira (24) e, seguindo o modelo das Olímpiadas de Tóquio, também trouxeram o recorde de participações LGBTI+ na história dos jogos: 31 paratletas. Esse número também é mais do que o dobro da Rio 2016, que à época registrou a presença de 12 paratletas da comunidade.

O levantamento foi realizada pelo site OutSports, plataforma sobre a inclusão no esporte, responsável também pela pesquisa que contabilizou os números de atletas abertamente LGBTQIA+ nas Olimpíadas no último mês.

Nas Paralimpíadas, as mulheres são a maioria. O equitador britânico Lee Pearson é o único homem entre os 31 paratletas LGBTI+ selecionados pela Outsports. Há ainda três pessoas não-binárias ou neutras: os australianos Robyn Lambird e Maria “Maz” Strong, ambos do Atletismo, e a estadunidense Laura Goodkind, do Remo.

Lee Pearson (esq.) é o único homem entre os 31 paratletas LGBTI+; Maria Strong, Laura Goodkind e Robyn Lambird representam a comunidade não-binárie
Lee Pearson (esq.) é o único homem entre os 31 paratletas LGBTI+; Maria Strong, Laura Goodkind e Robyn Lambird representam a comunidade não-binárie

Os líderes em participação são os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, com nove paratletas cada. Na sequência vêm Canadá (3), Austrália (2), Alemanha (2) e o Brasil, também com duas participantes abertamente LGBTQIA+.

As nossas representantes são Josiane Lima, do Remo, e Edênia Garcia, da Natação, duas grandes figuras dos esportes paralímpicos brasileiros. A remadora Josiane já foi campeã mundial e medalhista de bronze nas Paralimpíadas de Pequim 2008. Por sua vez, Edênia é uma supercampeã das piscinas e já conquistou três medalhas em Jogos Paralímpicos, a primeira com apenas 17 anos, em Atenas 2004.

As Paralimpíadas de Tóquio vão até 5 de setembro e vamos torcer pelo sucesso de Josiane e Edênia em terras japonesas.