08 maio 2024
Thiago Guimarães, do canao Ora Thiago, fala sobre o impacto das redes e suas vivências como youtuber LGBTQIA+

POR TRÁS DAS CONEXÕES E INQUIETAÇÕES DE THIAGO GUIMARÃES, O ORATHIAGO

CRIADOR DO CANAL ORA THIAGO, O COMUNICADOR FALA COM A HÍBRIDA SOBRE OS BASTIDORES DE SEUS VÍDEOS, OS EFEITOS DANOSOS DOS ALGORÍTIMOS NAS REDES SOCIAIS E MAIS

por MARIA EUGÊNIA GONÇALVES

Quando decidiu abrir um canal no Youtube, Thiago Guimarães estava cansado da rotina do trabalho e buscava um projeto pelo qual pudesse nutrir paixão e chamar de seu. Graduado em Rádio e Televisão pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ele começou a carreira produzindo conteúdos para ensino à distância e agências de publicidade desde que se mudou para São Paulo, em 2011. Antes, porém, o pernambucano já exercia sua influência na internet, onde marca presença desde a era dos blogs e comunidades do finado Orkut, mantendo até hoje uma rede ativa de fãs e seguidores, especialmente no Twitter.

“No meu último emprego em agência, a pessoa me contratou por causa do vídeo que viralizou de uma versão que fiz da música ‘Lepo Lepo’ com emojis. Quando contei essa história e a pessoa lembrou que viu, falou: ‘nossa, é você’”, relembra sobre um caso que considera emblemático por ilustrar como sua presença online serviu de “cartão de visita às avessas” para o mercado tradicional de trabalho. 

Em 2016, interessado pelos ensaios produzidos por figuras como Contrapoints (Natalie Wynn), Jenny Nichols e Lindsay Ellis, que despontaram lá fora numa época em que a plataforma de vídeos ainda era conhecida como “o lugar do vlog, do tutorial de maquiagem, do ‘trollei minha vó’”, Thiago sentiu falta de algo no mesmo estilo que trouxesse a perspectiva brasileira. No entanto, ainda precisava lidar com suas próprias questões de imagem e insegurança.

“Eu falava para mim mesmo: ‘Sou uma pessoa que está nos bastidores. Jamais serei a pessoa que está diante das câmeras, isso não é para mim’. E existiu um momento em que entendi que esse gesto era uma defesa que eu tinha de encarar”, conta. “Era uma forma de diminuir o que tenho a dizer, diminuir a minha própria aparência, meu rosto, pra me esconder.”

Mesmo enfrentando o que hoje reconhece como uma forma de auto sabotagem, lançou seu primeiro vídeo no canal Ora Thiago dois anos depois, abordando grandes assuntos do momento na cultura pop, traçando paralelos entre obras aparentemente distintas e incorporando pitadas de bom humor, referências abrasileiradas e, é claro, muito deboche.

Um exemplo característico de seu trabalho durante os primeiros seis meses é o vídeo sobre Capitã Marvel. Segundo sua análise, a narrativa do filme, elaborada a partir do conflito entre dois mundos, se assemelhava à premissa de Fada Bela – atração infantil estrelada por Angélica na Rede Globo durante os anos 1990. “No começo, eu tinha o hábito de falar sobre as coisas que estavam acontecendo no momento, vez ou outra falava de alguma pauta mais fria. Escolhia um filme que estava com bastante audiência e falava, ‘tá, esse filme é o quê? O que está na essência dele? Será que tem alguma coisa que tem em outro filme, livro, quadrinho? Qual é o exemplo mais engraçado?’”.

Hoje, aos 37 anos, Thiago ainda reflete sobre muitos dos filmes, séries e quadrinhos que são discutidos exaustivamente nas redes sociais. Suas análises foram aperfeiçoadas na edição, na sagacidade e na bibliografia de apoio, mas com uma camada que agora aparece com ainda mais destaque: as dimensões sócio-políticas que inspiraram as obras abordadas e/ou são refletidas por elas. 

“Tenho mais inquietações políticas, então presto muito mais atenção nas reflexões do tipo ‘por que que esse filme ou essa série tiveram um impacto maior ou menor? Será que tem algo no imaginário coletivo, uma narrativa que a gente pode investigar de onde vem?’”, explica, revelando que tem até “uma crise de identidade” para saber se seu trabalho pode ser descrito como “nichado” no universo da cultura pop.

Com mais de 115 mil inscritos e vídeos que ultrapassam 200 mil visualizações, o Ora Thiago conta com um público fiel, que é levado em consideração pelo criador até mesmo na hora de colaborar com alguma marca. “Eu não posso ter um posicionamento num vídeo específico e no próximo estar endossando uma marca que tenha posicionamento exatamente oposto. Preciso ter uma certa coerência e devo uma certa satisfação à minha audiência”, ressalta.

À Híbrida, Thiago relembra sua trajetória online e offline, conta os bastidores de seus vídeos, aponta os efeitos danosos dos algoritmos nas principais plataformas da internet e mais. Confira a entrevista completa abaixo.

HÍBRIDA: Quando você se formou, esperava trabalhar com o que está trabalhando agora?

 

THIAGO GUIMARÃES: Quando me formei, sequer passava pela cabeça a remota possibilidade de trabalhar como criador de conteúdo, embora tenha sido um pouco da minha profissão, mas não exatamente do jeito que faço hoje. Fiz bastante coisa que, hoje, a gente pode chamar de conteúdo, mas variava um pouco a terminologia na época.

O meu plano nesse período era estar nos bastidores. Eu não pensava em ir para a frente da câmera, em ser protagonista de alguma coisa. Foi só entre 2018 e 2019 que comecei a fazer essa transição.

H: E isso já morando em São Paulo…

 

TG: Já morando em São Paulo. Eu me mudei para São Paulo em 2011, trabalhando mesmo. Segui durante quase uma década fazendo conteúdo para marcas, não para mim.

H: Mesmo diante do seu histórico trabalhando com publicidade, você sempre teve uma presença na internet, mexendo com blogs, como usuário ativo do Twitter… Como foi esse processo, desde aquela época até os dias de hoje?

 

TG: Tive blog, comunidades no Orkut – uma coisa que revela a idade mesmo -, e que não eram exatamente coisas profissionais. Eram um exercício criativo, talvez uma forma de conseguir uma certa mídia e que funcionou por um tempo, porque meus primeiros trabalhos foram através dos contatos que fiz nesse ecossistema da internet. Foi uma espécie de cartão de visita às avessas, principalmente naquele começo da internet, onde tinha essa coisa de subversão, de a gente fazer piada a torto e a direita sobre qualquer coisa – algo que não faço mais hoje, pois tenho esse cuidado.

H: Essa questão de estar inserido numa linguagem das redes sociais se reflete nos seus vídeos, tanto pelos tópicos que explora, quanto pela maneira como vai abordá-los. Você mencionou que já estava trabalhando com questões de vídeo, mas por que exatamente escolheu o formato de vídeo-ensaios?

 

TG: Sempre fui muito apaixonado por cinema, produção de audiovisual e TV. Também estudei muito novelas e quadrinhos na faculdade. A abordagem mais acadêmica, de entendermos como as obras se encaixam nos contextos históricos em que elas surgem e o que dizem sobre a sociedade, sempre me interessou muito e despertou paixão. Cheguei a escrever artigos acadêmicos e a estudar a possibilidade de seguir carreira nesta área, mas mudei de ideia porque estava com ânsia e necessidade de trabalhar para ter renda, e isso fez com que eu me distanciasse desse lado. Fui cansando também da vida de agência, de trabalhar para marcas, de produzir conteúdo para outras figuras e sentindo falta de ter uma paixão por aquilo que eu precisava produzir.

Em 2016, estavam explodindo alguns vídeo-ensaístas no YouTube. Fui conhecendo esse trabalho e ficando muito apaixonado. Achei interessante como essa linguagem foi construída num espaço conhecido por outras coisas – naquela época, o Youtube era o lugar do vlog, do tutorial de maquiagem, do ‘trollei minha vó’ – por pessoas que estavam discutindo coisas muito interessantes com um novo formato. Como consumia muito conteúdo “de fora”, sentia falta de algo desse tipo com a perspectiva brasileira.

H: Hoje em dia, falar com o público diante das câmeras é algo que você navega com mais naturalidade?

 

TG: Hoje estou mais acostumado. E tem a técnica, né?! Existem ferramentas que a gente usa, pequenas coisinhas que vamos aprendendo com o tempo. O jeito de projetar a voz, a dicção… Eu treino muito a dicção antes de gravar, faço um monte de exercício. Fui aprendendo com o tempo e trabalhando a autoimagem, o meu primeiro desafio.

Quando comecei, usava muita edição na minha cara, no texto. Fazia uso desse artifício pra me esconder enquanto desenvolvia intimidade com a tela. 

Hoje em dia, me sinto mais seguro. Não totalmente – e acho que nunca vai ser e tudo bem também, contanto que eu continue nesse processo de aprendizado

H: E a sua vivência como sujeito LGBTQIA+ faz parte dessa insegurança?

 

TG: São vários fatores de autoimagem. Tem essa coisa de “quem são as pessoas que têm esse lugar considerado natural, que aparecem na câmera? Quais os rostos delas? Qual a cor da pele? Qual o cabelo?”. A gente vai sendo empurrado por alguns lugares ou sendo retirado deles pela sociedade e pelas estruturas.

E eu não posso simplesmente falar o que acho. Tenho que falar baseado em alguma coisa, saber do que estou falando. Porque o meu erro vai ser encarado com muito mais rigidez dependendo do lugar onde estou e de quem está ouvindo. É um processo de entender as duas coisas – o que é um problema da sociedade, mas também que preciso buscar alguma coisa. 

H: Quais são suas grandes inspirações?

 

TG: Eu tinha algumas grandes inspirações, como a Contrapoints; a Jenny Nicolson, especialmente no começo do meu canal, porque os vídeos dela eram muito simples e ela tinha um jeito engraçado de falar que era meio casual, além de um certo desconforto com a câmera, que era usado a favor do humor; e, principalmente, a Lindsay Ellis, que fazia muito conteúdo sobre cinema e cultura pop com muito contexto histórico, referências da literatura e de mitos, relacionando coisas aparentemente distantes. Foi assistindo aos seus vídeos que fiquei com vontade de fazer o mesmo.

Hoje, acho que é outra coisa. Não sinto que esteja mais tão perto desses criadores. O processo foi se transformando e virou outro bichinho, que continua se transformando. Todo ano, faço uma avaliação interna e externa, do tipo “o que está dando certo e o que quero a partir daqui”. No ano seguinte, vou testando coisas novas e vendo o que funciona.

H: Você tem interesse em fazer mais conteúdo sobre novelas, outras obras brasileiras…?

 

TG: Tenho, mas acaba sendo espinhoso mexer com novela. Eu tinha a ideia de um vídeo sobre Pantanal, que seria bem difícil e que acabei não fazendo; e também o sonho de fazer um sobre VAMP. O problema das novelas, na verdade, é que é mais trabalhoso porque são muitos capítulos. Quando fiz os vídeos sobre O Clone, por exemplo, tinha uma pessoa me ajudando a coletar o conteúdo, onde estão as falas mais proeminentes e tudo. Quando acabou, não queria mais ouvir falar na novela (risos). A grande questão é que demanda uma imersão durante muito tempo, mais do que o que estou acostumado. 

H: Você sente que sofre algum tipo de preconceito com a visão da sociedade sobre ser um criador de conteúdo digital, algo como quem acha que é só gravar um videozinho e pronto, lançar na internet? (risos)

 

TG: (risos) Pessoalmente, não sofro tanto isso hoje em dia, pelo menos não do meu círculo direto. Claro que sempre tem alguém falando alguma coisa. Mas a minha audiência, as pessoas que estão mais próximas e assistem tudo, são pessoas com uma noção de que é um trabalhão, que demanda tempo e que merece ser remunerado.

Ainda existe um pouco desse imaginário de achar que é só ligar a câmera e falar. E isso está na forma como crio um roteiro, por exemplo. Às vezes, escrevo uma frase de forma casual para criar a ideia de que aquilo é uma conversa e não um roteiro sendo lido. E não é só eu que faço isso, muita gente faz. A gente usa esse imaginário que existe sobre a criação de conteúdo, sobre YouTube, sobre vlog, e usa como parte da estética. Quando tem um erro, às vezes dou risada e aparece no vídeo. ‘Ah, não precisava aparecer’, mas aparece porque cria proximidade com quem está assistindo.

H: Enquanto criador de conteúdo para a internet, as marcas costumam te procurar?

 

TG: Tenho muito critério na hora de escolher com quais marcas quero trabalhar. Se alguma quiser trabalhar comigo, não considero uma grande honra como se tivesse sido “escolhido”, como um grande presente porque querem me pagar pra alguma coisa. Eu vejo como um trabalho, uma transação. Então, aquilo tem que estar dentro de uma estratégia de comunicação coerente com o meu trabalho – não só o que faço no YouTube, mas nos outros lugares também. Tenho esse privilégio de poder escolher. E não vai ser com qualquer segmento, até por causa do meu conteúdo político. Geralmente, trabalho com marcas que têm a ver com educação, como editoras de livros e streaming. Já fiz outras coisas, em outros segmentos, mas geralmente tento ficar dentro do meu universo pra não destoar muito. Não vou ficar falando de amaciante de roupa (risos). E isso é uma parte considerável do meu orçamento, mas também tenho o Apoia-se, que é a minha principal fonte de renda hoje, e o AdSense, do Youtube. Quando precisa e faz sentido, trabalho com marcas. 

H: E como são escolhidos os temas dos vídeos? Como é a produção deles?

 

TG: Não sei se tem um método exatamente, mas tenho um documento em que vou anotando coisas, aí vou buscando e voltando nele. Às vezes, é o que está acontecendo no mundo; outras, é um dia no Twitter, um comentário específico que surge…

Por exemplo, um vídeo que fiz no começo do ano, sobre o imaginário fascista na cultura pop, surgiu por causa de uma entrevista do Neil Gaiman, o criador de Sandman. Ele falou: “Vocês não entenderam que Sandman é progressista, que tem uma orientação política”, rebatendo os comentários de alguns fãs racistas que não gostaram da troca de etnia de certos personagens. E fiquei “nossa, mas esse argumento sempre aparece, né?!”. Então, por que as pessoas acham que é de outro jeito? Por que uma galera não entende nada? É porque as pessoas são burras, ignorantes ou tem algo nessas obras que impulsiona um certo entendimento? E fui atrás de entender. São perguntinhas, na verdade.

H: Como usuário ativo do Twitter, tem sentido alguma diferença na plataforma, especialmente nos últimos meses, com a chegada do Elon Musk?

 

TG: Dá pra sentir várias coisas, né?! A gente sente mais discurso de ódio, mais coisa ruim. Já não era superlegal antes e muita coisa que já não era superlegal, piorou bastante. 

Antigamente, pelo menos na minha experiência, quase sempre que denunciava algum conteúdo de ódio, havia um tipo de feedback, mesmo que insuficiente. Hoje em dia, não acontece nada. 

Sinto um alastramento do discurso de ódio e uma conivência com esse tipo de coisa. Acho que o Twitter deu uma calada e baixou a régua, o que acabou baixando o parâmetro das outras plataformas também. A gente vive num mundo em que o parâmetro já é muito baixo e só é considerado ódio quando chega ao extremo. A parte limítrofe nem passa como discurso de ódio, se torna normal.

H: Vendido como liberdade de expressão…

 

TG: Sim. Até o discurso extremo é entendido como liberdade de expressão. Sinto uma hostilidade muito grande, mas, ao mesmo tempo, um isolamento muito grande. Acho que é mais fácil ficarmos isolados nas nossas bolhas e isso é um grande problema, porque não vemos o mundo à nossa volta. Acredito que essa é a tendência da internet hoje.

Eu me isolo como técnica de proteção, porque sou uma pessoa que se expõe, que faz mídia, faz vídeo sobre política, fala sobre questões polêmicas. Não posso ficar lendo o que as pessoas estão falando sobre mim o tempo inteiro. Preciso me proteger, tenho uma saúde a preservar, contas a pagar e sou uma pessoa só, não dou conta de tudo sozinho. 

As plataformas estão nos empurrando a ficarmos isolados, sem vermos o que acontece ao redor. Não temos noção do estado que estão as coisas, do estrago que elas causam no imaginário coletivo, no ecossistema político. Quando percebemos, levamos um susto

A internet está indo pra essa coisa do grupo de WhatsApp, do grupo fechado do Telegram, do servidor do Discord, do Reddit, dos círculos do Twitter, dos melhores amigos do Instagram… Tudo está tendendo a essas bolhas. Os algoritmos jogam coisas muito específicas que até o seu amigo próximo não viu e nem vai ver.

Quando rolou a compra do Elon Musk no Twitter, teve um dia fatídico que o pessoal ficou falando que a plataforma iria acabar. Eu acho que meio que acabou. Pelo menos foi o último lastro de uma configuração de internet que não é mais a que a gente vivia, que era a do feed. O Twitter ainda fingia que era esse lugar onde as coisas estão acontecendo, onde as pessoas dão opiniões, essa grande ágora – tinha essa metáfora antigamente da internet como ágora onde as pessoas vão para debater. Acredito que essa fachada está acabando. Isso é muito ruim pra gente enquanto sociedade, porque dificulta nos organizarmos politicamente, que a nossa mensagem seja ouvida e sabermos o que está circulando. Tem alguém incentivando massacre em escolas num servidor fechado e não ficamos sabendo. Só descobrimos quando acontece. É muito ruim e está sendo muito danoso. 

H: Acredita que o mesmo se aplica pro YouTube? Você aprendeu a lidar com o algoritmo da plataforma?

 

TG: Claro que, no YouTube, tenho que lidar com mais gente desconhecida. Quando posto lá, nos primeiros dois dias, geralmente quem aparece é quem acompanha. O terceiro, quarto, quinto dia, se o vídeo está indo bem, chega em todo tipo de gente. E aí eu me protejo, não leio. Chega uma hora em que não sei o que as pessoas estão falando e não quero saber, senão enlouqueço. Em algum momento, quando tiver um certo nível de tamanho, talvez contrate uma pessoa para cuidar disso. Se eu clicar ali algum dia, a qualquer momento, e ver um comentáriozinho, fico doente por uns dois dias. Aquilo ali acaba comigo. Não dá. É muita exposição. E não tem muito como proteger. Não tem terapia que dê jogo pra isso. A gente é humano e a gente vai ficar vulnerável. E temos que respeitar as nossas vulnerabilidades e usar o recurso que a gente tem pra se proteger.

Maria Eugênia Gonçalves

MARIA EUGÊNIA GONÇALVES

Maria Eugênia (Jeane, para os íntimos) é Bacharel em Ciências Humanas pela UFJF. Fã de cultura pop desde criança, sua grande paixão é a sétima arte e tudo que envolve o mundo audiovisual: da produção até a forma que reflete o mais íntimo de nosso cotidiano.

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