A vereadora trans Larissa Bortolote (Republicanos) de Rio Novo do Sul, no Espírito Santo, foi sequestrada na manhã desta segunda-feira, por volta das 7h, enquanto ajudava o pai a cuidar da fazenda onde vivem, na área rural do município no sul capixaba. Durante a tarde, os sequestradores da vereadora, conhecida como Lari Camponesa, ligou para o irmão dela e exigiram R$ 250 mil para libertá-la, segundo informações da Polícia Militar (PMES).

Em nota, a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) disse que as investigações ainda estão em andamento e, até o momento, nenhum suspeito foi detido nem a vítima foi localizada. No início desta tarde, agentes da PMES foram chamados à propriedade rural Mundo Novo, para verificar a informação do sequestro.

Em seu depoimento, o pai de Larissa disse à PMES que “por volta das 7h, estava no curral da sua propriedade, juntamente com sua filha e um parente, quando chegaram dois indivíduos armados em um veículo”. “A partir deste momento, todos foram ameaçados”, declarou.

Em seguida, os suspeitos amarraram as mãos e os pés dos homens e levaram a vítima, de 27 anos. O local em que eles estariam mantendo Larissa ainda não foi encontrado e os policiais militares não conseguiram rastrear o celular que ela carregava no bolso.

“Os suspeitos disseram que não fariam mal à mulher, mas que manteriam contato telefônico com os familiares. Horas após o fato, o irmão da vítima recebeu uma ligação exigindo a quantia de R$ 250.000,00”, informou em nota a PMES.

Ainda segundo os familiares de Larissa, a família “não acionou a Polícia Militar e Civil logo após o ocorrido por receio que os indivíduos fizessem algum mal” à vereadora.

Em nota, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) informou que já acompanha o caso e tem mobilizado ações “para cobrar providências dos órgãos competentes, assim como atualizações sobre o caso e celeridades nas investigações”.

A advogada Fayda Belo também divulgou um apelo sobre o caso nas suas redes sociais.

Quem tiver notícias do paradeiro de Larissa ou souber onde ela está sendo mantida deve entrar em contato por meio do 180 ou 190. A população também pode denunciar através do Disque-denúncia (181) qualquer tipo de irregularidade, ilegalidade ou repassar informações que ajudem as polícias na elucidação de delitos ou infrações. A ligação é gratuita e pode ser realizada em qualquer município.