A vereadora trans Larissa Bortolote foi encontrada na noite da segunda-feira (23) em um cativeiro de Anchieta, município no litoral do Espírito Santo, a cerca de 45 quilômetros de Rio Novo do Sul, onde ela foi sequestrada pela manhã. Segundo a Polícia Civil (PCES), ela foi resgatada intacta e sem lesões, enquanto duas pessoas foram detidas por envolvimento no crime.

Em suas redes sociais, Larissa, que é conhecida na região como Lari Camponesa, agradeceu as orações de amigos e familiares. “Fui resgatada! Estou em choque ainda com toda a situação! Mas quero agradecer a todos que estiveram torcendo por mim e ao lado da minha família”, escreveu.

A PCES, por meio da Superintendência de Polícia Regional Sul (SPRS) e da Delegacia de Antissequestro (DAS), informou que um homem e um rapaz menor de idade foram presos por causa do crime. No cativeiro em que Larissa estava mantida, ainda foram encontradas diversas armas, como submetralhadora e pistola, além de entorpecentes.

Mais cedo na segunda-feira, agentes da PMES foram chamados à propriedade rural Mundo Novo, onde Larissa mora em Rio Novo do Sul, para verificar a informação do seu sequestro. Em seu depoimento, o pai da vereadora disse aos policiais que “por volta das 7h, estava no curral da sua propriedade, juntamente com sua filha e um parente, quando chegaram dois indivíduos armados em um veículo”. “A partir deste momento, todos foram ameaçados”, declarou.

Em seguida, os suspeitos amarraram as mãos e os pés dos homens e levaram a vítima, de 27 anos. Os policiais militares não conseguiram rastrear o celular que ela carregava no bolso. “Os suspeitos disseram que não fariam mal à mulher, mas que manteriam contato telefônico com os familiares. Horas após o fato, o irmão da vítima recebeu uma ligação exigindo a quantia de R$ 250.000,00”, informou em nota a PMES.

Nas redes sociais, o governador Renato Casagrande (PSB) parabenizou a polícia pelo trabalho e por ter achado Larissa em menos de 15 horas. Ainda não foi divulgado se o sequestro teria sido motivado pela identidade de gênero da vereadora, retaliação política ou apenas pela ganância.