Ao menos cinco pessoas morreram e outras 18 ficaram feridas no último domingo (20), durante um tiroteio no Club Q, um bar LGBT+ no Colorado, nos Estados Unidos. O ataque terrorista só foi interrompido quando um militar aposentado desarmou o responsável pelo crime, que depois foi pisoteado por uma mulher trans, segundo testemunhas ouvidas pelo New York Times.

“Eu não sei exatamente o que diz, apenas entrei em modo de combate. Só sei que tenho que matar esse cara antes de ele nos matar”, disse o veterano Richard M. Fierro, em entrevista ao jornal. Ele estava no bar com a família na hora que o homem entrou e começou a atirar nos clientes, em sua maioria LGBTI+.

O suspeito foi identificado como Anderson Lee Aldrich, um homem de 22 anos que conseguiu matar cinco pessoas apenas em alguns minutos com duas armas de fogo, incluindo um rifle. Ele foi preso após o veterano ter imobilizado seu corpo e outros clientes do bar terem tirado as armas de fora do seu alcance,  entre eles uma drag queen que pisoteou o corpo do bandido com salto alto enquanto ele se debatia tentando fugir.

Segundo a polícia, a tragédia teria sido maior se não fosse pela ação do veterano e da mulher trans e eles foram “heróis. A polícia local ainda afirmou que Anderson Aldrich foi investigado no ano passado, após ameaçar a própria mãe com uma bomba caseira.

As vítimas do tiroteio no Club Q foram identificadas como Daniel Aston, Kelly Loving, Ashely Paugh, Derrick Rump e Raymond Green Vance (Colorado Springs Police Department | Divulgação)
As vítimas do tiroteio no Club Q foram identificadas como Daniel Aston, Kelly Loving, Ashely Paugh, Derrick Rump e Raymond Green Vance
(Colorado Springs Police Department | Divulgação)

As vítimas do atentado foram identificadas como Raymond Green Vance, Kelly Loving, Daniel Aston, Derrick Rump e Ashley Paugh. Em um comunicado, os donos do Club Q se disseram “devastados por esse ataque insensível à nossa comunidade”. Segundo Matthew Haynes, um dos proprietários do bar, o atirador tinha “um olhar em seu rosto, uma determinação e raiva quando entrou no local”, como se estivesse em uma “missão”.

Várias celebridades, artistas e políticos dos Estados Unidos e do mundo condenaram o ataque terrorista motivado por homofobia e pediram por um maior controle das armas de fogo no país. Anderson Aldrich está internado em um hospital local e agora responde por dez acusações, dentre elas cinco por homicídio em primeiro grau e crime motivado por ódio.