Em sua esperada 8ª edição, o Rio Festival de Gênero & Sexualidade no Cinema (antigo Rio Festival Gay) invade as salas cariocas entre os dias 5 e 11 de julho, com uma seleção extensa de filmes, animações, curtas, documentários, debates e oficinas sobre o universo LGBTQI+. .

A programação já começa nesta quinta, com exibições do documentário Chega de Fiu Fiu” (Amanda Kamanchek e Fernanda Frazão) no Instituto Cervantes, e do longa venezuelano “Barbara” (John Petrizzelli), no Estação NET, também em Botafogo. Ao longo de sete dias, o festival ainda contará com a presença do diretor francês Antony Hickling, apresentando dois de seus projetos; a estreia de um curta produzido por Pedro Almodóvar; retrospectivas de longas premiados, performance do Le Circo de La Drag e mostras especiais dedicadas ao terror (“Sombria”) e à infância (“#ACriançaLGBTExiste”).

Apesar de a tarefa ser quase impossível, nós aqui da Híbrida selecionamos alguns dos momentos mais imperdíveis que vão rolar pelo festival. Confira abaixo:

“CHEGA DE FIU FIU” (Brasil, 2018)

“As cidades foram feitas para as mulheres?”, questionam Amanda Kamanchek e Fernanda Frazão, diretoras do longa que abre esta edição. Inspirado na pesquisa “Chega de Fiu Fiu”, feita pelo Huffington Post Brasil e na qual mais de 81% das mulheres brasileiras afirmam que já deixaram de sair na rua por meio de assédio. O documentário é elucidativo ao tratar e combater o assédio sexual no cotidiano e, mais do que nunca, levanta uma discussão necessária para todos.

“MOCHA” (Argentina, 2018)

Documentário sobre a escola Mocha Cellis, em Buenos Aires, a primeira instituição de ensino médio do mundo focada na educação e ensino de pessoas transsexuais, transgêneras e travestis. A sessão também traz uma mesa de debate com os realizadores, Francisco Quiñones e Rayan Hindi, além de convidadas da Casa Nem. No Instituto Cervantes, sábado, às 18h30.

Pôster do documentário argentino "Mocha" (Foto: Divulgação)
Pôster do documentário argentino “Mocha” (Foto: Divulgação)

“GENDERBENDE” (Holanda, 2017)

O documentário holandês, de Sophie Dros, trata sobre as dificuldades e as aceitações na história de cinco jovens que não se sentem como homens e nem como mulheres, mas que se identificam como algo presente num meio termo. Com depoimentos e cenas

https://www.youtube.com/watch?v=z9L50imu0mg

COPA 181″ (Brasil, 2017)

O longa nacional dirigido por Dannon Lacerda entrelaça a história de seus protagonistas, uma saúna, os significados subjetivos de felicidade e a universalidade do respeito. Estrelado por Simone Mazzer, Carlos Takeshi e Silvero Pereira (leia aqui nossa entrevista exclusiva com ele),“Copa 181” chega ao Festival de Gênero e Sexualidade em duas exibições. Nós já o conferimos em sua estréia pela última edição do Festival do Rio e indicamos forte!

Silvero Pereira em “Copa 181”

LES INVISIBLES” (França, 2012)

Vencedor do prêmio de Melhor Documentário no prestigiado César (o equivalente ao Oscar francês) em 2013, “Les Invisibles”, de Sébastien Lifshitz, é uma tocante história com homens e mulheres idosos e LGBTs, falando sobre suas vidas e sobre a decisão de viverem abertamente numa época em que a sociedade os rejeitava.

ALASKA IS A DRAG (EUA, 2017)

Dirigido por Shaz Bennett, o longa é focado na figura de Alaska, uma drag queen que se divide entre os palcos, os ringues de boxe e o serviço diurno em uma fábrica de conservas de peixes, onde trabalha com o irmão. A história mostra a dualidade de sua rotina, enquanto ela tenta abandonar o emprego de operária e encontrar a mãe.

“MENINOS DO ORIENTE” (França, 2013)

Dirigido e escrito por Robin Campillo, o mesmo responsável pelo aclamado e tocante “120 Batimentos por Minuto”, o longa aborda as consequências do relacionamento entre o mais velho Daniel (interpretado por Olivier Rabourdi) e o ucraniano Marek (Kirill Emelyanov), que está disposto a fazer qualquer coisa por dinheiro. O longa foi vitorioso no Festival de Veneza e indicado ao César nas categorias de FIlme, Direção e Ator Mais Promissor.

A MOSTRA ESPECIAL DE CURTAS “A CRIANÇA LGBT EXISTE”

Dia 8, no Cine Odeon, a sessão de “#ACRIANÇALGBTEXISTE” contará com seis curtas, sendo eles: o brasileiro “Xavier” (de Ricky Mastro),  o holandês “Nasser” (de Melissa Martens), o britânico “Take Your Partners” (de Sin Rodnes), o grego “Goldfish” (de Yorgos Angelopoulos) e os espanhóis “La Pureza” (de Pedro Vikingo) e “Princesa de Hielo” (de Pablo Guerrero e produzido por Pedro Almodóvar). Além disso,  o evento também terá uma mesa de debate com o grupo Mães Pela Diversidade e outros convidados.

 

Confira no site do Rio Festival de Gênero e Sexualidade no Cinema a programação completa.