Em um raro aceno de aceitação à comunidade LGBTI+, o Papa Francisco declarou nesta quarta-feira (26) que pais não devem condenar os filhos por causa de sua orientação sexual. “Apioiem seus filhos se eles forem gays”, disse durante uma audiência semanal no Vaticano, na qual fala sobre as dificuldades de criar uma família.

Os assuntos da audiência incluiram também “pais que veem orientações sexuais diferentes em seus filhos e como lidar com isso, como acompanhar seus filhos e não se esconder por trás de uma atitude de discriminação”, de acordo com o Papa.

Os comentários do pontífice vêm menos de uma semana após o surgimento de acusações sobre seu antecessor, Papa Bento XVI, que teria acobertado crimes de pedofilia na Igreja Católica, quando ainda era arcebispo na Alemanha.

A fala de Francisco, entretanto, segue a linha de morde e assopra destinada à comunidade LGBTI+ desde que o argentino se tornou o líder máximo da Igreja Católica. No último ano, o Papa já defendeu a união entre casais homoafetivos, afirmando que estes também são “filhos de Deus”, ao mesmo tempo em que proibiu a bênção a essas mesmas pessoas, afirmando que “Deus não abençoa o pecado”.

No início da pandemia do coronavírus, a Híbrida mostrou aqui que o Papa Francisco ajudou um grupo de travestis e transexuais brasileiras que estavam passando dificuldades financeiras em Roma.