Anitta segue colhendo os frutos de sua carreira internacional. A cantora, que recentemente se apresentou no palco principal do VMAs e ganhou mais um astronauta de prata para a coleção (ela venceu o prêmio de Melhor Videoclipe Latino, pelo segundo ano consecutivo), é a nova capa de setembro da revista americana InStyle.

Na entrevista, a Girl From Rio comentou sobre sua trajetória, pessoal e artística, e entrou em detalhes sobre sua identificação como LGBTQIA+, revelada pela primeira vez durante a série documental Vai, Anitta, lançada pela Netflix em 2018. “A razão para eu ter falado sobre isso é porque no Brasil há muitas críticas e muito tabu sobre o assunto”, explicou.

À época da declaração, Anitta beijou uma mulher em uma festa na frente de todos, o que fez com que seus seguranças ficassem preocupados com a possibilidade de a cena ter sido registrada por terceiros. Isso fez com que ela falasse com sua assessora de que deveria vir a público comentar abertamente sobre sua orientação sexual.

“Algumas pessoas falam que eu sou ‘bi fake’ porque eu nunca estive com uma mulher num relacionamento de longo prazo. Mas vamos lá, até meus relacionamentos com homens não duram mais de três meses”, disse.

Esta não é a primeira vez que a cantora rebate as acusações de ser “bissexual de fachada”. Em 2021, para a revista britânica Gay Times, ela comentou sobre o apagamento que pessoas como ela sofrem dentro e fora da comunidade LGBTQIA+.

“As pessoas às vezes dizem: ‘Oh, então você não é realmente bissexual – você só namora homens’. Eu não acho que isso signifique que eu não seja. Imagine se eu disser que sou heterossexual e então alguém me flagra beijando ou flertando com uma mulher, eles diriam ‘meu deus, você é tão mentirosa!’. Então eu acho que devíamos ser honestos e as pessoas – até mesmo aquelas da comunidade – não deveriam julgar ou esperar que alguém aja do jeito que elas querem. É um tópico bastante delicado e nós deveríamos respeitar as formas de cada um de encontrar a si mesmo. Nós deveríamos ser livres para fazer o que quisermos”, afirmou.

Ainda este ano, em entrevista ao radialista Howard Stern, Anitta havia dito que, apesar de se considerar bi, não se imagina apaixonada por uma mulher: “Não fico com uma mulher faz tempo. Mas não acho que me apaixonaria por uma. Sempre foi uma coisa de diversão. Mas eu não digo ‘nunca’. Não estou procurando agora, estou adorando estar sozinha”.

À InStyle, Anitta também revelou que seu próximo disco já tem 60 músicas prontas e que está em processo de curadoria, incluindo duas colaborações: “Where I Want To Be”, com Sam Smith e  “A Girl Like Me”, com Chlöe Bailey.