O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) anunciou a inauguração da primeira casa de acolhimento LGBTQIA+ pública, no Norte do Brasil. Localizada em Belém, capital paraense, a casa foi batizada em homenagem à ativista paraense Darlah Farias, que morreu no início de junho.

A iniciativa faz parte dos esforços do governo federal para oferecer apoio e proteção a pessoas LGBTQIA+, especialmente em uma região onde esses recursos são escassos. A casa oferecerá abrigo, apoio psicológico e assistência jurídica, refletindo o legado de luta de Darlah pelos direitos humanos.

“A memória é fundamental para termos uma política de direitos humanos. Esses eventos são importantes porque eles são um ato iniciático. Hoje nós iniciamos esse momento que junta passado, presente e futuro. Estão também aqui aqueles que ainda virão, porque nós estamos construindo um caminho para que as pessoas que ainda virão possam ter uma vida digna, uma vida melhor”, declarou Silvio de Almeida, ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania.

O ministro Silvio de Almeida durante anúncio da primeira casa de acolhimento LGBTQIA+ do Norte (Foto: Gustavo Gloria - Ascom/MDHC)
O ministro Silvio de Almeida durante anúncio da primeira casa de acolhimento LGBTQIA+ do Norte (Foto: Gustavo Gloria – Ascom/MDHC)

O governo federal pretende destinar R$ 611 mil para a nova casa de acolhimento pública modelo de Belém. A verba será destinada através do Acolher+, um Programa Nacional de Fortalecimento das Casas de Acolhimento LGBTQIA+, idealizado para fortalecer o acolhimento de pessoas da comunidade em situação de rua ou recém-abandonadas pela família.

Ainda no mês passado, o governo federal anunciou o repasse de R$ 1,4 milhão para 12 casas que já atuam no acolhimento à população LGBT+ em situação de vulnerabilidade, em decorrência da discriminação por conta da sua identidade de gênero e/ou sexualidade

Além do ministro Silvio de Almeida, quem também esteve presente na solenidade para assinatura do convênio foram o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues; e a secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, que fez uma declaração à própria mãe durante um discurso emocionado.

“A gente precisa de acolhimento, de trabalho digno, de acesso à rede de garantias de direitos, para que esta jornada seja diferente. Eu estou muito emocionada porque estou com a minha mãe aqui. Tenho muito orgulho de ser a sua filha. Não queria que ninguém mais passasse pelo que a gente passou. Todo dia, ela me dá bom dia e boa noite, pois ela tem medo do que pode acontecer comigo”, disse Symmy.

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