O IMS Paulista recebe nos próximos sábado e domingo (2 e 3) a 9ª edição do Festival ZUM, que terá uma programação gratuita ao longo de todo o fim de semana, com destaque para dois expoentes da arte queer.
No primeiro dia do evento, a sul-africana Zanele Muholi participa de um debate aberto ao público, a partir das 19h. Artista e ativista visual, ela tem um trabalho pautado pelas interseções entre raça, gênero e sexualidade. Seu principal foco são as pessoas negras lésbicas, gays, transgêneros e intersexuais que retrata com imagens cruas, intimistas e sensíveis, inclusive através de autorretratos hipnotizantes.
Nascida em Umlazi, no interior da África do Sul, Zanele usa suas lentes para retratar e defender a comunidade negra e queer do seu país de origem. A artista, que é não-binária, também pretende aproveitar sua vinda ao Brasil para produzir novos trabalhos por aqui (que já prometem ser imperdíveis).
Em fevereiro de 2025, Zanele ganhará sua própria retrospectiva no IMS Paulista. Considerada um dos principais expoentes da arte contemporânea, ela também já expôs seu portfólio no icônico Tate Modern, em Londres.
No domingo, é a vez de Rico Dalasam brilhar. O rapper paulista, que é um dos primeiros nomes abertamente queer na cena do hip hop brasileiro, comanda um debate a partir das 16h, no qual pretende discutir seu disco mais recente, Escuro brilhante, último dia no orfanato Tia Guga.
Precedido pelo EP Fim das Tentativas, que inclusive entrou para a nossa lista dos melhores lançamentos de 2022, o álbum foi lançado integralmente no ano passado e agora é tema de um podcast, no qual Rico reflete sobre suas experiências de orfandade, a importância do amor próprio, a maturidade, entre outros temas.
O Festival ZUM é organizado pela revista de fotografia do Instituto Moreira Salles, que terá sua próxima edição lançada durante o evento. Confira a programação completa e as informações sobre ingresso aqui.