Taylor Swift celebrou o início do Mês do Orgulho durante a passagem da sua The Eras Tour pela cidade de Chicago, em Illinois. Ela interrompeu o show para celebrar a comunidade LGBTQIA+ e agradecer o apoio que tem recebido ao longo dos anos.
“Estou olhando hoje à noite, vendo tantos sujeitos incríveis que estão vivendo autenticamente e de forma linda. E esse é um espaço seguro para vocês. É um espaço para celebrar vocês”, disse no último dia 2, enquanto era aplaudida pela plateia. “Uma das coisas que me faz sentir orgulhosa é estar com vocês e vê-los interagindo uns com os outros, sendo tão amorosos, atenciosos e carinhosos”, completou.
A cantora, que reuniu um elenco de personalidades e referências LGBTQIA+ no clipe de “You Need to Calm Down”, lançado em 2019, declarou que gostaria ainda que todo lugar nos Estados Unidos pudesse ser como seus shows. “Vocês estão gritando essa letra [“You Need to Calm Down”]. Há tanta solidariedade. Tanto apoio de uns aos outros e tanta aceitação, paz e segurança. Eu queria que todo espaço fosse seguro e bonito para as pessoas da comunidade LGBTQIA+”, disse.
Em seguida, Taylor aproveitou o discurso para criticar a onda de leis anti-LGBTQIA+ dos Estados Unidos, onde uma série de projetos têm sido aprovados contra a comunidade, focados especialmente na população transgênera e nas drag queens.
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“Nós não podemos falar sobre o Mês do Orgulho sem falar sobre dor. Há agora, e nos anos mais recentes, tantos projetos de lei danosos, que colocam as pessoas das comunidade LGBTQ+ e queer em risco. Isso é doloroso para todo mundo, todos os aliados, todas aqueles que amamos e todas as pessoas nessas comunidades”, afirmou.
Taylor Swift delivers Pride Month message to queer fans at her #ErasTour show in Chicago:
“I’m looking out tonight, I’m seeing so many incredible individuals who are living authentically and beautifully, and this is a safe space for you,” pic.twitter.com/N0M7RMKQPP
— Pop Crave (@PopCrave) June 3, 2023
Taylor também reforçou a importância de pesquisar sobre os candidatos das eleições primárias de meio mandato (as “midterms”), que acontecem a cada dois anos e definem os representantes para a Câmara e o Senado no país: “Eles são realmente defensores? Eles são aliados? Ele são protetores da igualdade?”.
Esta não é a primeira vez que Taylor Swift se manifesta sobre política e suas consequências para a comunidade LGBTQIA+. A loirinha, que no passado chegou a ser criticada por se abster de comentários do tipo, deu uma guinada em 2018, quando falou abertamente contra Marsha Blackburn, então candidata ao Senado pelo Partido Republicano e contrária ao Equality Act (emenda do Ato dos Direitos Civis aprovada no Congresso americano para proibir a discriminação com base em identidade de gênero ou orientação sexual).
No documentário Miss Americana (2019), a cantora declarou: “Eu não consigo ver outro comercial dela [Blackburn] disfarçando essas políticas como ‘Valores Cristãos do Tennessee’. Eu moro no Tennessee. Eu sou cristã. Isso não é o que defendemos”.
“Quando você diz que certas pessoas podem ser expulsas de um restaurante por causa de quem amam ou como se identificam, e essas são medidas reais que alguns políticos endossam disfarçadas de valores familiares, isso é bizarro. Muito, muito sombrio”, concluiu.
Taylor Swift vem ao Brasil em novembro deste ano com a The Eras Tour para shows em São Paulo e Rio de Janeiro. Depois de os ingressos terem se esgotado com poucas horas de vendas (e muitas acusações de fraude que motivaram, inclusive, uma denúncia da deputada Erika Hilton ao Ministério Público), a loirinha adicionou datas extras nas duas capitais.
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