Pegando carona na agenda do Dezembro Vermelho, a Festa do Indetectável promete agitar a noite de São Paulo com uma mistura de celebração e conscientização sobre o HIV. Promovido pelo Posithividades, o evento acontece no próximo dia 7 e conta com um timaço de drag queens no lineup de apresentações.

O Dezembro Vermelho é uma campanha oficial do Ministério da Saúde para a conscientização, prevenção e promoção do tratamento precoce da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) e de outras infecções sexualmente transmissíveis.

Assim, o objetivo da Festa do Indetectável é reforçar a mensagem de que ser indetectável significa risco zero de transmissão do HIV. Para isso, o evento vai contar com a ajuda especial de drags queens que fizeram sucesso nos realities da TV brasileira nos últimos anos.

Estão confirmadas no palco Hellena Malditta e Organzza, finalistas da primeira edição do Drag Race Brasil que comoveram o público quando revelaram no programa suas jornadas pessoais com o vírus do HIV. Ao lado delas, Hellena Borgys, vencedora do Caravana das Drags e Aimée Lumière, do Queen Stars Brasil, prometem enriquecer ainda mais a programação com apresentações temáticas. Mikaela Pitt e Thália Bombinha serão as responsáveis pela recepção do evento e pelo comando das atrações, respectivamente.

Nas pistas, uma seleção de DJs renomados vai garantir que ninguém fique parado: Tico Malagueta, Paola Cadillac, Miguel Vieira e Rafa Roller prometem entregar sets ecléticos que vão atravessar diferentes estilos musicais.

Além do entretenimento, a festa também vai distribuir gratuitamente autotestes de HIV, preservativos e gel lubrificante. Outro momento que promete marcar a noite é a entrega do prêmio Vozes Indetectáveis 2024, que reconhece pessoas, profissionais e coletivos de destaque na conscientização sobre o tema.

Os ingressos para a Festa do Indetectável 2024 já estão disponíveis no Sympla. O evento acontece a partir das 23h, no Augusta Hi-fi, no centro da capital paulista.

O que significa ser “indetectável” para o HIV?

Uma pessoa que vive com HIV é considerada “indetectável” quando sua carga viral é tão baixa que ela não é mais capaz de transmitir o vírus por contato sexual. De forma resumida, é o antigo bordão “indetectável = intransmissível”.

Para chegar nesse estágio, é necessário fazer o tratamento contínuo com a Terapia Antirretroviral, conhecida antigamente como “coquetel”. A medicação diminui a presença do HIV no corpo até que a carga viral seja igual ou inferior a 40 cópias/ml de sangue, limite a partir do qual fica impossível detectar a presença do vírus através de exames.

O tempo necessário para o tratamento evoluir a esse ponto pode variar de 15 dias a 4 meses, a depender do paciente. Uma vez “indetectável”, a pessoa que vive com HIV também não corre riscos de o vírus evoluir para a Aids.