As Olimpíadas de Inverno de Pequim 2022 começaram na última sexta-feira (4) com um grupo recorde de 35 atletas abertamente LGBTQIA+, segundo levantamento do site Outsports. Esse número é mais que o dobro dos últimos jogos de inverno, PyeongChang 2018, quando apenas 15 atletas da comunidade competiram.
O Brasil está representado por Nicole Silveira. Aos 27 anos, a gaúcha de Rio Grande do Sul é atleta do skeleton e entende a importância da representatividade para os brasileiros.
“Saber que posso pisar em um grande palco, as Olimpíadas, como um membro LGBTQ, e poder trazer mais visibilidade e ajudar os atletas a serem quem eles querem ser, me traz muita alegria. Espero poder ser aquela pessoa que ajuda a tirar esse peso do ombro de outra pessoa”, disse Nicole, que namora a também atleta do skeleton Kim Meylemans, da Bélgica.
O Canadá é o país com mais representantes LGBTQIA+ em Pequim, com 10 atletas, seguido dos EUA (6), Grã-Bretanha (4), Suécia (3), França (2) e República Tcheca (2).
Apesar do número recorde, o palco não é dos melhores, já que a China não reconhece o casamento entre pessoas do mesmo sexo e considera a transexualidade como uma doença mental. Poucos dias antes do início dos jogos, as autoridades locais baniram o Grindr, famoso aplicativo de relacionamento gay.