O ministro da Educação Milton Ribeiro atribuiu a homossexualidade de jovens a “famílias desajustadas”, disse que sexualidade é uma “opção” e confessou ter “certas reservas” contra professores transexuais em sala de aula, em entrevista publicada na manhã desta quinta-feira, pelo Estadão. “O adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo (sic) tem um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe”, afirmou.
Apesar de declarar que “respeita, mas não concorda” com a “opção” de quem é homossexual, o responsável pelo MEC disse ser a favor de levar essa discussão para a escola como forma de prevenir o bullying, mas classificou o problema como “opinião”. “Por esse viés, é claro que é importante mostrar que há tolerância, mas normalizar isso, e achar que está tudo certo, é uma questão de opinião.”
Milton Ribeiro tomou posse no governo de Jair Bolsonaro em 16 de julho e, em menos de dois meses, disse que os jovens do Brasil estavam se tornando “zumbis existenciais” por não acreditarem mais em deus nem na política. Ex-vice-reitor na Universidade Mackenzie e pastor da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração, em Santos, o ministro também comentou a presença de professores transexuais em sala de aula. “Se ele não fizer uma propaganda aberta com relação a isso e incentivar meninos e meninas para andarem por esse caminho…. Tenho certas reservas.”