O efeito de Madonna e Pabllo Vittar vestidas de verde e amarelo ainda está reverberando. Depois de a Parada do Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo ter convocado o público para vestir as cores da bandeira do Brasil na próxima edição, em 2 de junho, a Marcha do Orgulho Trans fez o mesmo.

A produção da Marcha, marcada para o próximo dia 31, tradicionalmente na sexta-feira anterior à Parada, também pediu nesta quarta-feira (15) que o público troque o azul e rosa da bandeira trans pelo verde e amarelo. “A renascença de gênero também é a renascença das cores do Brasil”, publicou o perfil oficial do evento.

“Madonna e Pabllo deram a senha e nós vamos seguir nesse movimento”, complementou a organização da Marcha. A concentração do evento começa às 11h da sexta-feira, no Largo do Arouche, centro de São Paulo.

Na semana anterior, o perfil oficial da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo também creditou o momento épico na edição carioca da Celebration Tour como o pontapé inicial para o movimento de resgate da bandeira do Brasil. “Madonna e Pabllo Vittar ressignificaram o uso da bandeira do Brasil no show histórico realizado o último fim de semana nas areias de Copacabana”, diz o texto de justificativa.

“A bandeira verde-amarela havia sido apropriada pela ala mais retrógrada da sociedade, aquela que utiliza o amor à pátria como um disfarce para propagar o ódio. Lideranças nefastas têm buscado reverter os direitos civis conquistados pela comunidade LGBT+”, continuou, pedindo também que o público leve bandeiras do Brasil e do arco-íris para a Parada “para celebrar a retomada dos nossos símbolos”.

Como já dito aqui na Híbrida, o simbolismo do momento de Pabllo e Madonna dançando “Music”, de todas as trilhas possíveis, é gigante. Juntas, a Rainha do Pop e a drag queen mais perseguida do Brasil curaram tudo o que o país sofreu vendo as cores da bandeira serem raptadas pela extrema-direita nos últimos cinco ou mais anos.

“Música faz com que as pessoas se unam. Música mistura a burguesia e os rebeldes”, cantou Madonna. É como se ela olhasse para o país inteiro e dissesse: esse é o Brasil que eu amo e enxergo, essa é o Brasil que merece e deve ser celebrado.