Há exatos 17 anos, era criado em um 29 de janeiro o Dia Nacional da Visibilidade Trans, data em que foi lançada a campanha “Travesti e respeito”, uma parceria entre o então Ministério da Saúde e lideranças do movimento na época, com foco no enfrentamento a DSTs e ISTs. No dia, 27 travestis e transexuais foram recebidas no Congresso Nacional, para o lançamento da primeira ação oficial desenvolvida pelo governo federal do Brasil a essa população.

Apesar de ainda sermos o País que mais mata pessoas transgênero no mundo, pelo 12º ano consecutivo, alguns avanços foram feitos para a comunidade trans, como a conquista do nome social e a criminalização da LGBTIfobia.

Como indica a própria data, a Híbrida foi perguntar às pessoas trans quais transexuais e travestis merecem mais visibilidade e reconhecimento pelo trabalho, apoio e luta que desenvolveram ao longo dos anos. Abaixo, confira as respostas:

Kaíque Theodoro, músico:

  • Stefan Costa: “É um boy T, preto e influencer, que traz alguns apontamentos importantes e fora da branquitude trans que sempre ganha destaque.”
O cantor Kaique Theodoro indicou o influencer Stefan Costa
O cantor Kaique Theodoro indicou o influencer Stefan Costa

Bruna Benevides, secretária de articulação política da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra):

Bruna Benevides, secretária de articulação política da Antra e colunista da Revista Híbrida
Bruna Benevides, secretária de articulação política da Antra e colunista da Revista Híbrida
  • Gisberta Salce: “Muita gente não conhece essa história, e deveria.” Imigrante brasileira vivendo em Portugal, Gisberta foi vítima de um assassinato brutal no Porto e seu nome se transformou em sinônimo de resistência da luta LGBTI+. Saiba mais aqui.
  • Brenda Lee: “Foi uma precursora das casas de acolhimento para pessoas trans quando fundou o Palácio das Princesas, que acolhia pessoas vivendo com HIV em São Paulo, especialmente no auge da epidemia.” Conheça a história dela aqui.
  • Giovana “Baby” Cardoso: “É presidenta do Fórum Nacional de Travestis e Transexuais Negras e Negros (FonaTrans) e uma das fundadoras do movimento trans, responsável pela primeira instituição de atuação política no Rio de Janeiro, em 1992. É inaceitável pessoas LGBTGI+ não a conhecerem.”
  • Keila Simpson: “Ela é presidenta da Antra, mas é também a primeira travesti a receber o prêmio de direitos humanos da Presidência da República, uma das precursoras do movimento político.”
Gisberta Salce, Brenda Lee, Giovana Baby e Keila Simpson
Gisberta Salce, Brenda Lee, Giovana Baby e Keila Simpson

Carolina Iara, covereadora de São Paulo pelo PSOL:

A covereadora de São Paulo, Carolina Iara (PSOL)
A covereadora de São Paulo, Carolina Iara (PSOL)
  • Caê Vasconcelos: “Não só por ser um homem trans e toda a invisibilidade deles, mas pelo trabalho como jornalismo ativista. Acho muito importante que diversas áreas estejam engajadas em lutas justas.”
  • Symmy Larrat: “Ela é presidenta da ABGLT e acho que é muito importante visibilizar o trabalho que ela faz por nós.”
  • Neon Cunha: “Simplesmente porque se eu tenho um nome hoje, no registro civil, é por conta da luta intensa dela. Só isso já acho suficiente.” Leia aqui nossa entrevista com ela.
Caê Vasconcelos, Symmy Larrat e Neon Cunha
Caê Vasconcelos, Symmy Larrat e Neon Cunha

Symmy Larrat, presidenta da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT):

Symmy Larrat, presidenta da ABGLT
Symmy Larrat, presidenta da ABGLT
  • Bruna Benevides e Renata Carvalho: Elas doam suas vidas, profissão, corpo e sua história para a promoção de uma coletividade e não de uma individualidade.
Bruna Benevides e Renata Carvalho
Bruna Benevides e Renata Carvalho

Anne Celestino Mota, atriz:

Anne Celestino Mota fotografada por Ana Barbosa para a Revista Híbrida
Anne Celestino Mota fotografada por Ana Barbosa para a Revista Híbrida
  • Eu mesma: “Vou me citar! Enfim, estou começando. ‘Alice Júnior’ entrou recentemente para o catálogo da Netflix e mesmo tendo 21 prêmios, sendo um filme super aclamado pela crítica, a gente não tem todo o crédito e reconhecimento que o filme deveria ter. Então acho que eu, enquanto protagonista do filme, devia sim ser uma pessoa mais reconhecida e ter mais visibilidade.” Leia aqui a matéria exclusiva sobre os bastidores do filme.
  • Renata Carvalho: “É uma atriz foda pra caralho! Ela tem dois trabalhos que acho excelentes, ‘O Evangelho segundo Jesus, Rainha dos Céus’, que sofreu muita censura, inclusive aqui em Garanhuns. E também ‘O Manifesto Transpofágico’, que conta a história do corpo travesti e tudo que nós passamos, algo extremamente necessário e que os livros de história não contam.” Leia aqui nossa entrevista exclusiva com ela.
Anne Mota e Renata Carvalho
Anne Mota e Renata Carvalho

Renata Carvalho, atriz:

Renata Carvalho
Renata Carvalho
  • As Baías: “É só ouvi-las para entender o poder dessa banda, duas vezes indicada ao Grammy Latino.”
  • Jup do Bairro, com o álbum Corpo Sem Juízo: “Jup é amor, política e arte.” Leia aqui nossa entrevista exclusiva com ela.
As Baías e Jup do Bairro
As Baías e Jup do Bairro