Milhares de pessoas se reuniram neste domingo (2) na Avenida Paulista, coração da cidade de São Paulo, para a 28ª Parada do Orgulho do LGBT+. O tema deste ano foi “Basta de Negligência e Retrocesso no Legislativo – Vote consciente por direitos da população LGBT+”, visando as eleições municipais que acontecem em outubro.
Da concentração em frente ao MASP à Rua da Consolação , a Maior Parada do Mundo trouxe 16 trios e reforçou a importância da comunidade continuar lutando por seus direitos, sem permitir retrocessos. Com a presença de artistas, políticos e famílias, o público LGBTQIA+ mostrou mais uma vez sua força nas ruas paulistanas.
Aqui destacamos os 6 momentos mais icônicos da Parada de 2024!
As cores da Parada de São Paulo
Pela primeira vez, a organização da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo pediu que o dress code fosse o verde louro da nossa flâmula. A orientação resultou em um dos momentos mais lindos do evento, com as ruas e trios elétricos tomados pelas cores do Brasil, mostrando que também somos parte desse país e ele também nos pertence.
Um mar de GENTE e CORES na 28ª Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ de São Paulo 🌈#ParadaSP pic.twitter.com/lOsXCOJIbR
— Revista Híbrida 🏳️🌈 (@hibridamagazine) June 2, 2024
Pabllo Vittar canta Madonna
Pabllo Vittar, que ao lado de Madonna foi a grande responsável pelo resgate desse verde e amarelo, subiu no trio da Vivo e mostrou que também não esqueceu a passagem da Rainha do Pop por aqui. Na setlist, ela fez questão de enfiar “Nothing Really Matters” entre a seleção de hits próprios.
Vamos de palinha de Madonna #ParadaDoOrgulho 🏳️🌈 pic.twitter.com/OFvgDfzPod
— Central Pabllo Vittar (@centraldapv) June 2, 2024
A dialética de Erika Hilton
Força inegável da política, a deputada federal Erika Hilton (PSOL) subiu mais uma vez ao trio de abertura para fazer um discurso apaixonado e apaixonante de resistência da população LGBTQIA+. Além de reforçar que o Brasil também é formado por gays, travestis, sapatões etc., ela repetiu o mote do ano e perguntou ao público da Avenida Paulista: “O Brasil está pronto para ter uma presidente travesti?”. Se dependesse só do grito de quem estava por lá, sim.
O discurso potente de nossa deputada federal Erika Hilton (@ErikakHilton) na 28ª Parada do Orgulho de São Paulo. Esse é o nosso Brasil! 🇧🇷🏳️🌈#ParadaSP pic.twitter.com/T6vMXN2WOa
— Revista Híbrida 🏳️🌈 (@hibridamagazine) June 2, 2024
Feira da Diversidade
Por mais um ano, a Feira da Diversidade que antecede a Parada se mostrou um espaço para difusão de políticas públicas, ações de marketing e amplificação de vozes e negócios LGBTQIA+. No Memorial da América Latina, artistas queer dividiam o espaço com marcas como a L’Oreal, que se uniu à Saint Laurent Beauty para fazer uma ação de conscientização sobre assédio, e a Philip Morris, que realizou uma palestra sobre empregabilidade trans no mercado.
Reunião da Banda Uó
No trio do Burger King, a Banda Uó fez a maior apresentação desde que anunciou seu retorno, com a participação de Gaby Amarantos. Precursor da cena queer, o grupo empolgou o público e lembrou que faz falta no cenário nacional.
Isso foi LINDO! @BandaUo #ParadaDoOrgulho 🏳️🌈❤️ pic.twitter.com/JaGmbUj4Ng
— Gaby Amarantos (@GabyAmarantos) June 2, 2024
Amor de Famíla
Uma das ações que mais emocionou o público da Paulista foi o grupo de anjos disfarçados de gente que estavam segurando cartazes com “Abraço de Pai” e “Abraço de Mãe”. Era difícil passar por ali e não ser puxado por eles, e melhor ainda que o abraço era ver o sorriso de paz e amor das pessoas por perto.
A justificativa de uma das mães 🥲💜 https://t.co/Bzk2xS1rCu pic.twitter.com/1oNsAHMRGz
— Revista Híbrida 🏳️🌈 (@hibridamagazine) June 3, 2024
Lineup diversificado
Variando pelo menos um pouco dos mesmos nomes de sempre, alguns com mais apelo por seguidores nas redes do que músicas no catálogo, a Parada deste ano diversificou o lineup e trouxe nomes menos óbvios entre os artistas que se apresentaram nos trios. Daniel Peixoto, Filpe Catto, a própria Banda Uó e Edson Cordeiro foram alguns dos que passaram por lá. Nesse sentido, saiu vitorioso o trio do Terra com a L’Oréal, que teve a sacada genial de resgatar Sandra de Sá, um ícone da comunidade LGBTQIA+ que não é incluso nas discussões gerais nem lembrado pelas novas gerações com a frequência que merece.
Simplesmente Sandra de Sá (@sandradesa), a Rainha do Soul Brasileiro na #ParadaSP
❤️🧡💛💚💙💜 pic.twitter.com/KZXLM4tJFs
— Revista Híbrida 🏳️🌈 (@hibridamagazine) June 2, 2024
Bônus negativo: a virada da Consolação
Pela primeira vez em seus quase 30 anos, a Parada do Orgulho teve que passar pelo lado ímpar da Avenida Paulista, graças às obras do Metrô de São Paulo. Além de estranhamento, o acesso ao início da Rua da Consolação estava bloqueado, o que obrigava um público de milhões de pessoas a se espremer pela Rua Augusta, interrompendo também o fluxo dos trios elétricos e as apresentações dos artistas.
Alguns, como Pabllo, desistiram de cantar nesse trecho e esperaram a curva passar. Outros prosseguiram com a apresentação, mas sem público suficiente no chão. Mais constrangedor ainda eram os seguranças e guardas municipais que tentavam bloquear o início da Consolação em número insuficiente para dar conta da demanda.
A Avenida Paulista tomada neste 2 de junho de 2024 🌈#ParadaSP pic.twitter.com/nSglVIl5Yn
— Revista Híbrida 🏳️🌈 (@hibridamagazine) June 2, 2024