As Olimpíadas de PyeongChang chegaram ao fim hoje, trazendo consigo um enorme progresso para a visibilidade LGBT. Após jogos de tensão em Sochi, em 2014, a comunidade pode respirar com tranquilidade na Coreia do Sul e, principalmente, enriquecer as competições esportivas. Ao todo, 15 atletas LGBTs estiveram em PyeongChang e protagonizaram momentos históricos, tanto para o esporte, quanto para os direitos civis. Confira alguns abaixo:
O canadense já havia conquistado uma prata nos jogos de Sochi quando revelou ao mundo sua orientação sexual em dezembro de 2014. Agora, quatro anos depois, ele se tornou o primeiro atleta homem abertamente homossexual a conquistar o ouro em uma Olimpíada de Inverno na patinação artística. Ele e sua parceira Meagan Duhamel colocaram o Canadá no lugar mais alto do pódio, após vencerem a competição em duplas da patinação artística.
O esquiador Gus Kenworthy revelou sua orientação em 2015, mas a imagem do selinho no namorado, o ator Matthew Wilkas, rodou o mundo esta semana. Afinal, era a primeira vez que um beijo gay era transmitido ao vivo durante uma Olimpíada. O americano garante que não sabia que estava sendo filmado, mas mesmo assim fez questão de rebater os críticos em suas redes sociais.
O patinador artístico Adam Rippon conquistou a medalha de bronze em PyeongChang após criticar duramente a escolha do vice-presidente Mike Pence como chefe da delegação dos EUA: “O mesmo Mike Pence que financiou a terapia de conversão homossexual? Eu não acredito nisso”, desabafou Rippon, que também deu um show de close e bom humor durante os Jogos.
A holandesa Ireen Wüst é a atleta LGBT mais bem sucedida na história das Olimpíadas. Aos 31 anos, ela já participou de quatro edições dos jogos e conquistou 11 medalhas na Patinação de Velocidade no gelo, sendo cinco ouros, cinco pratas e um bronze.
Em 2018, a britânica Lizzy Yarnold conquistou seu bicampeonato olímpico com uma performance arrepiante no skeleton. E para receber seu ouro no pódio, Lizzy usou cadarços com as cores da bandeira LGBT: “É uma coisa simples, mas muito representativa. Isso pode abrir o esporte e mostrar que o movimento olímpico está aberto a todos”, comentou.