No próximo dia 31, a Netflix estreia o documentário “Miss Americana”, um olhar aprofundado sobre a carreira, vida pessoal e recém-descoberta voz política de Taylor Swift. Filmado ao longo de três anos por Lana Wilson, o filme terá sua primeira exibição no Festival de Sundance uma semana antes e, de acordo com a Variety, traz momentos em que a artista desabafa sobre política, carreira e família.
Em uma das cenas, Taylor está reunida com sua equipe para debater o anúncio divulgado em 2018, no qual se declarou pela primeira vez como Democrata e criticou as leis defendidas pela candidata conservador dos Republicanos. “Por 12 anos, nós não nos envolvemos em política ou religião”, lembra um membro de seu time, avisando sobre os riscos de atacar um membro do partido de Donald Trump.
“Eu não consigo ver outro comercial dela disfarçando essas políticas como ‘Valores Cristãos do Tennessee’. Eu moro no Tennessee. Eu sou cristã. Isso não é o que defendemos”, rebate a cantora. Em entrevista à publicação, ela explicou que o comentário veio de uma “perspectiva humana” e que não liga para a repercussão que o ato pode ter causado entre o público conservador.
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À época, a candidata Marsha Blackburn, criticada por Swift, havia se oposto ao Equality Act, uma emenda ao Ato dos Direitos Civis aprovada no Congresso americano para proibir a discriminação com base em identidade de gênero ou orientação sexual. “Acho que é tão bobo e covarde da minha parte subir ao palco e gritar ‘Feliz Mês do Orgulho LGBT, galera!’ e não dizer nada sobre isso, quando tem alguém literalmente os atacando. Celebrar e não protestar me parece errado”, completa.
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“Quando você diz que certas pessoas podem ser expulsas de um restaurante por causa de quem amam ou como se identificam, e essas são medidas reais que alguns políticos endorsam disfarçadas de valores familiares, isso é bizarro. Muito, muito sombrio”, declarou a cantora, afirmando que já havia cantado sobre igualdade em músicas como “Welcome to New York”, mas que a situação chegou a um ponto em que “direitos humanos estão sendo violados”.
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Além dessa segunda parceria entre a cantora e a plataforma de streaming (o show da “Reputation Tour” foi a primeira), Taylor foi anunciada pela equipe do prêmio GLAAD como receptora do troféu Vanguarda, que homenageia os maiores aliados da comunidade LGBTQ na mídia. No ano passado, a honra foi concedida a Beyoncé e Jay-Z (assista ao discurso deles aqui) e, em edições passadas, a nomes como Britney Spears e Jennifer Lopez.
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O anúncio foi feito no último dia 7 por Kate Ellis, CEO e presidente da instituição, que destacou o impacto que o ativismo recente de Taylor Swift e da música “You need to calm down” tiveram em sua base de fãs jovens: “Ao criticar os representantes anti-LGBT do governo e trazer atenção para a urgência de proteger pessoas LGBT da discriminação, Taylor Swift usa sua habilidade única com orgulho para influenciar a cultura pop a promover a aceitação LGBT”.
Taylor Swift fará dois shows únicos em São Paulo, no Allianz Parque, nos dias 18 e 19 de julho. Confira a disponibilidade dos ingresso aqui.