Beyoncé prestou uma homenagem em seu site oficial a O’Shae Sibley, um homem gay de 28 anos que foi assassinado a facadas no Brooklyn, em Nova York, nos Estados Unidos, enquanto dançava voguing em um posto de gasolina ao som de uma das suas músicas no último sábado (29).

“Descanse em poder O’Shae Sibley”, escreveu a artista sobre um fundo preto no seu site oficial. A mensagem é a primeira coisa que aparece quando os fãs acessam o beyonce.com.

"Descanse em poder, O'Shae Sibley", escreveu Beyoncé em seu site oficial (Foto: Reprodução)
“Descanse em poder, O’Shae Sibley”, escreveu Beyoncé em seu site oficial (Foto: Reprodução)

O’Shae Sibley era um dançarino gay, coreógrafo e fã declarado de Beyoncé. No último sábado, ele estava acompanhado de amigos em um posto de gasolina enquanto dançava voguing ao som das músicas da artista. De acordo com as imagens da câmera de segurança obtidas pelo NY Post, um segundo grupo de homens muçulmanos se aproxima e começa uma discussão.

Após minutos de bate-boca, um dos homens do segundo grupo se aproxima e esfaqueia O’Shae. De acordo com o Departamento de Polícia de Nova York (NYPD), o suspeito disse que ele e seus amigos estavam “escandalizados com a dança”. De acordo com o Islamismo, a homossexualidade e transgeneridade são pecados e, em alguns países, como o Irã, podem ser punidos com a pena de morte por apedrejamento.

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Nas redes sociais, amigos de O’Shae reforçaram que o crime foi motivado por homofobia. “Eles nos odiavam porque somos gays. Chegaram gritando ‘Somos muçulmanos e odiamos gays’! Enquanto estávamos inocentemente abastecendo o carro e vocês decidiram esfaquear um de nós”, escreveu Otis Pena, que estava presente na hora do ocorrido. “Tive que recuperar o meu irmão de uma poça do seu próprio sangue”, completou.


O NYPD afirmou ao jornal que está investigando o assassinato como um crime de ódio anti-gay. O suspeito ainda não foi encontrado.

Como a Híbrida contou, o último álbum de Beyoncé, RENAISSANCE, é uma homenagem ao seu tio Johnny, homem gay e preto vítima da epidemia da Aids. O show da turnê é uma grande celebração às vidas pretas e queer, em um grande desfile de inspirações e códigos das culturas vogue e ballroom. Que um membro dessa comunidade tenha sido morto enquanto celebrava essa mesma cultura é uma tragédia.